Acordo põe fim à cobrança de roaming entre Brasil e Chile
Cerca de meio milhão de brasileiros visita o Chile anualmente. Acordo comercial ainda prevê compromissos em comércio eletrônico e outras questões
Um acordo de livre comércio assinado em Santiago entre os presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Chile, Sebastián Piñera, entre outros itens, põe fim à cobrança de roaming internacional para dados e telefonia móvel entre os dois países. Isso fará com que os visitantes brasileiros utilizem seus próprios chips telefônicos para se comunicar no Chile, sem necessidade de comprar pacotes adicionais. Os mesmos com os chilenos no País.
A previsão é de que não haja mais cobrança no prazo de um ano. Operadoras como Claro e Vivo saem em vantagem por contar com parceria em território chileno, no caso a Claro Chile e a Movistar, respectivamente.
Piñera classificou o acordo assinado como “moderno e de última geração”. Segundo ele, o documento apresenta “muitos conteúdos importantes” tanto para o povo chileno como para o brasileiro. “Portanto vemos a eliminação do roaming, o que fará com que os cerca de 500 mil brasileiros que vem ao Chile, e os cerca 300 mil chilenos que visitam o Brasil possam se comunicar melhor”, disse o presidente chileno, ao destacar que micro e pequenas dos dois países terão papel de destaque na integração que será promovida pelo acordo.
O acordo de livre comércio reúne 17 itens e ainda prevê que, além do fim da cobrança de roaming internacional entre os dois países, haja ainda compromissos em comércio eletrônico, práticas regulatórias, medidas de combate à corrupção, meio ambiente e questões trabalhistas.
O presidente chileno disse que o Brasil não é apenas principal parceiro comercial de seu país, mas também o principal destino em termos de investimentos chilenos. “Esse acordo de livre comércio vem aprofundar o comércio de bens e serviços e a integração. Portanto é um grande passo adiante que estabelecemos nessa relação”, disse. “Temos também novos capítulos no que diz respeito a tecnologia, cibersegurança, negociação com relação à Região Antártica e vários outros aspectos que evidenciam a firme vontade de avançarmos em questões como a do corredor bioceânico, que atravessará o Chile”.
*Fonte: Agência Brasil