WTM: Turismo Indígena é positivo para economia e valoriza povos originários
Especialistas no segmento compartilharam suas experiências com participantes da feira
Durante o terceiro dia de WTM Latin America 2024, o Transformation Theatre recebeu especialistas em Turismo Indígena e Turismo Comunitário para debaterem os avanços desses segmentos e a importância de atrelar desenvolvimento e preservação cultural.
O painel teve participação de Eduardo Cordeiro, da ONG Garupa, Viviana Bacigalupo, do Instituto Indígena Raúl Karai (Argentina), e Yesica Huenten, da Budi Lafken (Chile), que compartilharam suas experiências com os presentes.
"O Turismo Indígena oferece um impacto econômico positivo e uma contribuição significativa para todo o setor mundial. Realizamos um verdadeiro diálogo intercultural, com participação das comunidades, preservação do meio ambiente e valorização da identidade. Esse segmento ainda permite que os povos indígenas sejam vistos", demonstrou Yesica.
A gerente comercial da Budi Lafken ainda apresentou algumas das rotas turísticas voltadas para a cultura mapuche oferecidas pela agência. Nelas, os viajantes conhecem um pouco mais da culinária, artesanatos e natureza da região. A Budi Lafken foi vencedora do Prêmio de Turismo Responsável da WTM.
Atuando diretamente com comunidades indígenas do Brasil, principalmente na Amazônia e no Mato Grosso, a Garupa lançou, em outubro do ano passado, um livro baseado nas experiências da ONG, com roteiros, capacitações e sugestões de como atuar respeitosamente com os povos originários. O livro pode ser baixado gratuitamente aqui.
"Devemos lembrar que o protagonismo é deles. Nosso papel é escutar a comunidade e proteger seu território, porque são eles que comandam a parceria", destacou Cordeiro.
Viviana Bacigalupo, responsável pela mediação do painel, ressaltou o trabalho do Instituto Indígena Raúl Karai, que atua nas cidades argentinas de Misiones e Puerto Iguazú, e disponibiliza um curso superior sobre Turismo Comunitário Indígena.