Energisa lança Rota Caminhos da Zona da Mata para fomentar Turismo de Minas Gerais
Iniciativa conecta cidades da região e tem como objetivo valorizar a identidade cultural local

Em 2025, a Energisa celebra 120 anos de história, e as comemorações marcam um novo momento para o Turismo regional. Com o apoio do Governo Federal e da Secretaria de Turismo do Estado de Minas Gerais, foi assinado, em fevereiro, o termo de intenção para a criação da "Rota Caminhos da Zona da Mata”, iniciativa que conecta cidades da região e tem como objetivo valorizar a identidade cultural local.
Entre os novos atrativos estão o Museu Parque Usina Maurício e a Casa da Memória de Leopoldina, ambos patrocinados pelo Grupo Energisa e em processo de readequação. Desde sua fundação, em 1905, o Grupo Energisa tem se dedicado ao desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais, investindo em infraestrutura, geração de empregos e em projetos culturais e sociais que beneficiam as comunidades.
Rota Caminhos da Zona da Mata
A "Rota Caminhos da Zona da Mata Mineira", com aproximadamente 50 quilômetros de extensão, conecta Cataguases, Leopoldina, Piacatuba e Itamarati de Minas. O percurso pode ser feito em cerca de duas horas de carro, mas para aproveitar plenamente cada cidade, é recomendado dedicar de um a dois dias para imersão nas belezas e cultura locais. Além do patrimônio histórico e cultural, a região também oferece opções para o Turismo ecológico e de aventura.
Em Itamarati de Minas, a uma hora de Leopoldina, encontra-se a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Usina Maurício, que preserva 303,75 hectares de Mata Atlântica e abriga espécies raras da fauna brasileira, como a onça-parda e o papagaio-do-peito-roxo. A reserva é um refúgio para quem busca contato com a natureza, com trilhas ecológicas e observação de aves. Criada em 1999, a RPPN foi estabelecida para proteger uma área que sofria com a degradação provocada por turismo inadequado e desmatamento. Em 2023, o Grupo Energisa elaborou um novo plano de manejo para garantir a conservação desse valioso fragmento da Mata Atlântica.
Cataguases: História e Cultura
Cataguases, com sua história que remonta ao período colonial, é um ponto indicado para os apreciadores de cultura e arquitetura. No início do século XX, a cidade passou por uma transformação, deixando a economia cafeeira para abraçar a industrialização. A instalação da Fábrica de Fiação e Tecelagem e a criação da Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (hoje Energisa) foram marcos nesse processo.
Cataguases também se destaca como berço do cineasta Humberto Mauro, considerado o pai do cinema nacional. Foi lá que ele iniciou sua trajetória cinematográfica, e a cidade permanece como um centro para a indústria do cinema. Nos anos 2000, foi criado o Polo Audiovisual de Cataguases, reconhecendo o impacto da cidade na história do cinema brasileiro. O Memorial Humberto Mauro, que preserva a memória desse cineasta, é um ponto de visitação para quem deseja conhecer mais sobre a história do cinema nacional.
Arquitetura Modernista
Além de sua importância no cinema, Cataguases é também se destaca por sua arquitetura modernista, abrigando obras de Oscar Niemeyer, como a Residência Francisco Inácio Peixoto (1940) e o Colégio Cataguases (1949), com paisagismo de Roberto Burle Marx. A cidade também possui obras de Djanira, Portinari e Jan Zach, atraindo turistas e estudiosos da arte e arquitetura.

Entre 1927 e 1929, Cataguases foi palco do movimento modernista dos "Verdes", um grupo de jovens que lançou a Revista Verde, considerada um marco do modernismo no Brasil. Esse legado cultural segue vivo e inspira visitantes interessados em entender o impacto da cidade no cenário artístico e intelectual brasileiro.
Valorização da Cultura e Potencial Turístico
Criado em 2002 pela Fundação Ormeo Junqueira Botelho e atualmente vinculado ao Instituto Energisa, o Centro Cultural Humberto Mauro (CCHM) abriga o Memorial Humberto Mauro e oferece uma programação cultural com ênfase no audiovisual. O centro se consolidou como um polo de produção e formação audiovisual, mantendo viva a tradição cinematográfica da cidade. Com uma agenda de cursos, exibições e festivais, atrai profissionais da área e visitantes interessados nos bastidores do cinema brasileiro. A visitação é gratuita.
Desde 2010, grandes produções têm sido realizadas no Polo Audiovisual de Cataguases, com destaque para “Meu Pé de Laranja Lima”, que atraiu grandes produtoras para a cidade. "Predestinado – Arigó e o espírito do Doutor Fritz", patrocinado pela Energisa, também é um exemplo do impacto da cidade na indústria do cinema, chegando ao topo da bilheteira na Netflix. Desde 2019, 30 produções de cinema e TV foram realizadas na cidade, incluindo séries e longas-metragens.
Em 2023, Cataguases também passou a abrigar o Animaparque, o maior estúdio-escola de animação da América do Sul. Localizado no Polo Audiovisual da Zona da Mata, o Animaparque é um centro de cultura e criatividade, com mais de 10 mil metros quadrados dedicados à animação, teatro, dança, artes visuais e audiovisual. Em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), o espaço oferece formação profissional e abre suas portas para a cidade, promovendo eventos culturais.
Leopoldina: A Princesa Mineira
Leopoldina, cidade vizinha de Cataguases, é uma atração à parte. Fundada em homenagem à princesa Leopoldina, filha de D. Pedro II, a cidade possui pontos turísticos como a Catedral de São Sebastião, de estilo românico, e o Museu Espaço dos Anjos, dedicado ao escritor Augusto dos Anjos, natural da região.
“Acreditamos que a cultura é um motor de desenvolvimento social e econômico. Ao investir em projetos como o Museu Parque Usina Maurício e a Casa da Memória Leopoldina, queremos fortalecer a economia criativa local, gerar novas oportunidades de trabalho e contribuir para a construção de um futuro mais próspero e sustentável para as comunidades onde atuamos”, afirma Delânia Cavalcante, coordenadora de Investimento Social do Grupo Energisa.