Laura Enchioglo   |   21/11/2023 17:07
Atualizada em 21/11/2023 17:14

Após famtour, o desafio agora é: como vender o interior paraibano

Operadoras conheceram Campina Grande e região em um convite do Governo do Estado

PANROTAS / Laura Enchioglo
Cabaceiras - A Roliúde Nordestina
Cabaceiras - A Roliúde Nordestina

Nesta última semana, entre 15 e 19 de novembro, as operadoras Abreu, Ambiental, Azul Viagens, Cativa, CVC Corp, Diversa, Frt, New It, Orinter, Trend e Visual conheceram Campina Grande e região em um famtour promovido pelo Governo da Paraíba.

Após uma imersão pelas cidades de Cabaceiras, Areia, Bananeiras e Araruna, além de Campina Grande, a pergunta que fica aos operadores é: como vender o interior paraibano?

Para Andréa Pereira, a ideia é integrar o produto ao portfólio de Turismo de experiência da Visual. “Estamos retornando ao mercado e queremos coisas novas, produtos mais personalizados." Mas, por se tratar de um roteiro com destinos novos, as operadoras também têm a missão de capacitar agências de viagens. “A expectativa é que a gente consiga o engajamento das agências. É claro que pode haver um pouco de resistência no começo, principalmente por ser um destino novo e não ter uma venda orgânica. Então vamos ter de desenhar eventos, treinamentos”, afirma Andréa Pereira, executiva desta que é uma das operadoras da CVC Corp.

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Chris Teixeira, da Luck Receptivo, uma das parceiras do famtour
Chris Teixeira, da Luck Receptivo, uma das parceiras do famtour

Neste sentido, a Luck Receptivo, uma das parceiras do famtour, já está se preparando.

“Sabemos que esse é um roteiro viável, agora precisamos convencer, e essa pode ser a parte mais difícil. Vamos fazer produtos de capacitação e também podemos marcar treinamentos com clientes"

Chris Teixeira, da Luck Receptivo

Múltiplos roteiros na Paraíba

O roteiro pode ser moldado de diversas formas, partindo de Campina Grande ou de João Pessoa.

A Orinter agora está estudando como conseguir fazer a venda desse novo produto. “Esse roteiro que fizemos vale muito para grupos. A ideia é fazer a base em Campina Grande primeiramente, para ter passeios de forma regular para todos os cantos que visitamos. Mas também podemos combinar com João Pessoa, para aqueles que gostam de praia”, disse o gerente comercial da Orinter, Eduardo Vansan.

E por falar em praia, esse pode ser um outro desafio na adesão do roteiro, já que o grande forte da Paraíba ainda é sua capital. “Acho que o pessoal que faz ecoturismo vai abraçar a ideia. Mas, para o público que está mais acostumado com praia, é nosso trabalho começar a mostrar as belezas do interior”, comentou Vansan.

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Última parada da trilha antes do pêndulo da Pedra da Boca, em Araruna
Última parada da trilha antes do pêndulo da Pedra da Boca, em Araruna

No caso da Ambiental Turismo, uma operadora especialista em viagens em ambientes naturais, a pegada será na experiência, cultura e natureza. Segundo Socorro Melo, a ideia é estender o roteiro, que pode ser feito em até dez dias, para dar ao cliente mais tempo de conhecer os atrativos e até se hospedar em mais cidades.

“E colocar a hospedagem mais próxima dos atrativos é também mais sustentável, porque você incentiva o uso da mão de obra local, do guia local, do condutor local e das pousadas que estão no entorno”, afirma ela.

O que fazer no interior Paraibano:

Cabaceiras - a Roliúde Nordestina: Visitar o centro e a placa digna de estrelas de Hollywood; Conhecer a Saca de Lã e o Portal da Luz - neste último, vá preparado para uma foto daquelas; Apreciar a paisagem digna de cinema do Lajedo de Pai Mateus

Um segundo passo: investimento

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Rosália Lucas, secretária de Turismo da Paraíba
Rosália Lucas, secretária de Turismo da Paraíba

Para todo destino novo, precisa- de uma coisa: investimento, desde governamental até as próprias operadoras. A Azul Viagens, por exemplo, irá inaugurar em Campina Grande sua segunda loja no Estado; a primeira fica em João Pessoa, também recém inaugurada. A Azul Linhas Aéreas é uma das grandes parceiras do famtour.

“Sabemos o quão importante é criar essa demanda. A Azul Viagens vai tentar buscar oportunidades para todos os operadores. Ninguém faz nada sozinho, principalmente em um destino novo”

Giulliana Mesquita, gerente sênior de Produtos da Azul Viagens

Segundo a secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba, Rosália Lucas, o Estado vem trabalhando no aprimoramento e já tem planos para outros famtours, com o objetivo de desenvolver o destino.

“Na nossa malha rodoviária, o governo da Paraíba investiu em asfalto em toda a conexão desses destinos. No início do ano, fizemos um trabalho para expansão da malha aérea, com benefício fiscal, alcançando quase 440 operações mensais no aeroporto de Campina Grande”, afirma Rosália.

A ampliação também foi, em boa parte, numa parceria com a Azul. A companhia aérea tem voos, partindo do Aeroporto Presidente João Suassuna, para Maceió, Fortaleza, Recife, Salvador, Galeão e Confins. A Gol já tem operação em Campina Grande, e Latam e Voepass também farão parte da malha aérea a partir de janeiro.

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