Fernando de Noronha vai à WTM desfazer fake news: aeroporto está aberto
Muitos agentes de viagens e clientes acreditam que os voos foram suspensos, mas o que há é uma limitação
O diretor da Atalaia Turismo e membro do Conselho de Turismo de Fernando de Noronha, Hayrton Almeida, e a presidente da Associação de Pousadas de Fernando de Noronha, Lúcia Smith Costa, do Grupo Noronhar Pousadas, passaram dois dias de WTM Latin American respondendo à pergunta: “quando o aeroporto de Fernando de Noronha vai reabrir?”.
O que houve, e afeta até hoje a imagem do destino, foi a proibição pela Anac, por causa de problemas de infraestrutura, de voos em jatos, como o Boeing 737, que era usado pela Gol, ou o A320 e o Embraer 195, que estão na frota da Azul. A Latam ganhou permissão de operar na ilha, mas não chegou a inaugurar seus voos.
As obras ainda nem começaram na pista do aeroporto para resolver o problema e liberar a volta dos jatos, então a previsão é da continuação dos aviões menores durante todo o ano.
Some-se a isso a mudança de governo em Pernambuco (novas regras de visitação estão sendo estudadas e até lá, tudo está congelado em relação a projetos), dúvidas em relação à limitação do número de visitantes na ilha, o fim do boom da pandemia, quando os brasileiros escolheram Noronha como destino de alto padrão substituindo as viagens ao Exterior, e a imagem de um destino muito caro para o turista classe média.
Outros fatores que têm feito a ocupação em Fernando de Noronha estar bem abaixo do esperado são o excesso de oferta hoteleira na ilha e o “sumiço” das operadoras, já que os Boeing da Gol eram o principal canal para esses players enviarem seus clientes.
Almeida e Lúcia conversaram com a PANROTAS sobre esses gargalos, mas o principal recado é: Fernando de Noronha está aberto, com preços de diárias de R$ 400 a R$ 4 mil, e com passagens aéreas tão caras quanto as de outros destinos nacionais – um problema que ainda se arrastará por alguns meses, apesar dos indícios de queda nos últimos relatórios da aviação.
Nos restaurantes, há preços equivalentes a São Paulo (mais de R$ 200 por pessoa em um jantar), mas também restaurantes onde se gasta R$ 80 ou R$ 100.
Para Guilherme Luck, do Grupo EcoCharme, é o aéreo que faz de Noronha um destino mais caro. É o único acesso à ilha e a passagem aérea está mais cara em relação ao pré-pandemia em todo o País.
O que o trade de Noronha está negociando com o governo é o entendimento da sazonalidade do destino. “Na baixa temporada não teremos 11 mil turistas por mês em Noronha. Mas na alta isso pode passar. Então esse limite de 132 mil teriam de levar em conta essa questão”, diz Almeida. Lúcia Costa concorda e destaca também que os profissionais que chegam à ilha para fazer serviços de manutenção e reparos, entre outros, não devem ser contados como turistas. “Às vezes não temos tempo de pedir a isenção de taxa de entrada (TPA) e eles acabam sendo contados como visitantes.”
A taxa, aliás, sofreu reajuste em janeiro passado.
Como o governo atual liderado por Raquel Lyra congelou projetos como inaugurações de novas pousadas ou ampliações, para aguardar o estudo que está fazendo sobre o destino, esse número deve continuar assim por todo o ano pelo menos. Uma regulação pode vir depois desse estudo, além de novas regras de visitação.
Até lá, Noronha segue aberta com suas belezas naturais imbatíveis e o trade local promete muitas visitas a agentes de viagens e operadores, em eventos como a WTM Latin America, para esclarecer essas dúvidas sobre aeroporto e visitação.
A resposta é: ele nunca fechou. O Aeroporto está aberto e recebendo voos diários de Recife da Azul (com os ATR com 70 lugares) e VoePass, em codeshare com a Gol Linhas Aéreas e a Latam Airlines. São 35 voos por semana da Azul e 14 da VoePass.
O que houve, e afeta até hoje a imagem do destino, foi a proibição pela Anac, por causa de problemas de infraestrutura, de voos em jatos, como o Boeing 737, que era usado pela Gol, ou o A320 e o Embraer 195, que estão na frota da Azul. A Latam ganhou permissão de operar na ilha, mas não chegou a inaugurar seus voos.
As obras ainda nem começaram na pista do aeroporto para resolver o problema e liberar a volta dos jatos, então a previsão é da continuação dos aviões menores durante todo o ano.
Some-se a isso a mudança de governo em Pernambuco (novas regras de visitação estão sendo estudadas e até lá, tudo está congelado em relação a projetos), dúvidas em relação à limitação do número de visitantes na ilha, o fim do boom da pandemia, quando os brasileiros escolheram Noronha como destino de alto padrão substituindo as viagens ao Exterior, e a imagem de um destino muito caro para o turista classe média.
Outros fatores que têm feito a ocupação em Fernando de Noronha estar bem abaixo do esperado são o excesso de oferta hoteleira na ilha e o “sumiço” das operadoras, já que os Boeing da Gol eram o principal canal para esses players enviarem seus clientes.
Almeida e Lúcia conversaram com a PANROTAS sobre esses gargalos, mas o principal recado é: Fernando de Noronha está aberto, com preços de diárias de R$ 400 a R$ 4 mil, e com passagens aéreas tão caras quanto as de outros destinos nacionais – um problema que ainda se arrastará por alguns meses, apesar dos indícios de queda nos últimos relatórios da aviação.
PREÇOS EM NORONHA
Para Hayrton Almeida, os preços de hospedagem em Noronha atendem todos os bolsos. “Há diárias de R$ 400, que são compatíveis com o que se acha em Porto de Galinhas. E também de R$ 4 mil, pois houve um investimento em produtos melhores no destino”, explica.Nos restaurantes, há preços equivalentes a São Paulo (mais de R$ 200 por pessoa em um jantar), mas também restaurantes onde se gasta R$ 80 ou R$ 100.
Para Guilherme Luck, do Grupo EcoCharme, é o aéreo que faz de Noronha um destino mais caro. É o único acesso à ilha e a passagem aérea está mais cara em relação ao pré-pandemia em todo o País.
LIMITAÇÃO DE VISITANTES
Há uma lei bastante antiga que limita a visitação a Noronha a 420 passageiros por dia. Acordo recente entre o governo de Pernambuco e o governo federal estabeleceu um teto de 132 mil por ano (cerca de 370 por dia), enquanto o estudo de capacidade de carga da ilha não é apresentado. Ele está em andamento, em uma parceria do ICMBio com o CPRH, a Agência de Meio Ambiente de Pernambuco.O que o trade de Noronha está negociando com o governo é o entendimento da sazonalidade do destino. “Na baixa temporada não teremos 11 mil turistas por mês em Noronha. Mas na alta isso pode passar. Então esse limite de 132 mil teriam de levar em conta essa questão”, diz Almeida. Lúcia Costa concorda e destaca também que os profissionais que chegam à ilha para fazer serviços de manutenção e reparos, entre outros, não devem ser contados como turistas. “Às vezes não temos tempo de pedir a isenção de taxa de entrada (TPA) e eles acabam sendo contados como visitantes.”
A taxa, aliás, sofreu reajuste em janeiro passado.
HOSPEDAGEM EM NORONHA
Hoje também há uma superoferta de leitos no destino. São 140 pousadas oficializadas e, segundo estimativas, de 80 a 160 extraoficiais, com um total de 4 mil a 5 mil leitos.Como o governo atual liderado por Raquel Lyra congelou projetos como inaugurações de novas pousadas ou ampliações, para aguardar o estudo que está fazendo sobre o destino, esse número deve continuar assim por todo o ano pelo menos. Uma regulação pode vir depois desse estudo, além de novas regras de visitação.
Até lá, Noronha segue aberta com suas belezas naturais imbatíveis e o trade local promete muitas visitas a agentes de viagens e operadores, em eventos como a WTM Latin America, para esclarecer essas dúvidas sobre aeroporto e visitação.