Brasil é o 3º maior emissor para a Flórida, mas tem a retomada mais lenta
Cerca de 709 mil brasileiros foram ao Estado norte-americano em 2022, 46% a menos do que em 2019
WEST PALM BEACH - O Brasil é o terceiro maior emissor de visitantes internacionais para a Flórida, atrás apenas do vizinho norte-americano Canadá e do Reino Unido. Em 2022, 709 mil turistas embarcaram de aeroportos brasileiros rumo ao Estado de Miami, Orlando, Fort Lauderdale, Kissimmee, Palm Beaches, Tampa e outras cidades com tanta vocação para o Turismo e hospitalidade nos Estados Unidos.
MAIORES EMISSORES DE VISITANTES INTERNACIONAIS PARA A FLÓRIDA (EUA) EM 2022
1. Canadá | 2,79 milhões | -32% (vs. 2019) |
2. Reino Unido | 1,1 milhão | -17% (vs. 2019) |
3. Brasil | 709 mil | -46% (vs. 2019) |
4. Colômbia | 560 mil | +2% (vs. 2019) |
5. México | 443 mil | -11% (vs. 2019) |
6. Argentina | 354 mil | -37% (vs. 2019) |
7. Alemanha | 259 mil | -32% (vs. 2019) |
8. Chile | 240 mil | +16% (vs. 2019) |
9. Equador | 196 mil | -20% (vs. 2019) |
10. Peru | 188 mil | +3% (vs. 2019) |
Fonte: Visit Florida
Apesar de figurar em uma posição relevante globalmente, o Brasil é o país do top 10 com a recuperação mais lenta na Flórida em relação ao ano imediatamente pré-pandemia. Em 2022, foram 46% visitantes brasileiros a menos do que em 2019. Para efeito de comparação, o país com a segunda maior queda antes 2019 foi o líder Canadá, com 32%. Por outro lado, alguns países latinos até apresentaram alta na comparação com o pré-pandemia, como Chile (+16%), Peru (+3%) e Colômbia (+2%).
O tempo de espera para poder emitir um visto estadunidense no Brasil é o principal motivo avaliado pelo Visit Florida, entidade responsável pelo Turismo do Estado, para o País ser o de mais lenta recuperação. Segundo o diretor de Análise de Consumo do órgão, Jacob Pewitt Yancey, Miami, Orlando e outras cidades da Flórida são, geralmente, destinos onde brasileiros fazem suas estreias, as primeiras viagens de suas vidas, quando o assunto é Estados Unidos.
Desde que a covid-19 foi declarada pandemia, a fila para emitir o visto estadunidense no Brasil é um dos grandes desafios do país da América do Norte. Desde o ano passado, o tempo de espera pode chegar a 500 dias.
Todos esses dados foram compartilhados em primeira mão durante o Florida Huddle 2023, realizado em West Palm Beach com a presença de dez operadores brasileiros, que nos próximos dias farão reuniões com fornecedores do Estado.
A América Latina teve um desempenho histórico em 2022 em termos de emissão de visitantes para a Flórida. A região somou um share global de 44,6%. Ainda em relação ao Brasil, a Flórida segue como o Estado mais procurado pelos nossos turistas, à frente de Nova York e Califórnia, respectivamente.
CENÁRIO GLOBAL
No cenário global, a Flórida se aproxima do número de visitantes internacionais em relação ao período pré-pandemia, mas em 2022 essa retomada plena não foi alcançada em números. No ano passado, 9,81 milhões de estrangeiros visitaram o Estado norte-americano, enquanto em 2019 este número fechou em 13,89 milhões.
Desconsiderando o Canadá, vizinho e principal mercado emissor dos Estados Unidos, foram 7,02 milhões em 2022 contra 9,8 milhões no ano imediatamente pré-pandemia.
A considerar que 2022 ainda contou com um início receoso em relação à covid-19, o Visit Florida tem motivos para comemorar os resultados e confiar em finalmente ultrapassar os números pré-pandemia em 2023.
A entidade que promove o Estado de Miami, Orlando, Kissimmee, Tampa, The Palm Beaches e outros destinos ainda considera relevantes algumas dificuldades enfrentadas em 2022. As principais são, além do tempo de espera para emitir visto (não foi só no Brasil), a competitividade com outros destinos internacionais e norte-americanos, que se acirrou em 2022, e o cenário econômico global.
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