Artur Luiz Andrade   |   06/06/2022 18:05
Atualizada em 07/06/2022 00:36

EUA não têm data para retirar exigência de teste de turistas

Presidente da US Travel Association, Roger Dow, acredita em uma recuperação a níveis de 2019 antes de 2024

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
Grant Harris, secretário adjunto de Comércio
Grant Harris, secretário adjunto de Comércio
ORLANDO – O ex-presidente Barack Obama chegou a estipular meta de 100 milhões de turistas estrangeiros para os Estados Unidos, que deveria ser alcançada em 2021. Em 2018, a data foi esticada para 2023, e com a pandemia o governo americano trabalha agora com a meta mais realista de 90 milhões de visitantes internacionais em 2027, com gastos de US$ 257 bilhões. O número foi anunciado pelo secretário adjunto de Comércio, Grant Harris, durante o IPW 2022, em Orlando.
O presidente da US Travel Association, Roger Dow, acredita em uma recuperação a níveis de 2019 (quase 80 milhões de turistas) mais cedo do que as previsões, que apontam para 2024/25, e disse acreditar que o número de chegadas de estrangeiros irá surpreender, especialmente se for retirada a exigência de teste negativo para entrar nos Estados Unidos.
Tanto Harris como Chris Thompson, da Brand USA, dizem que não há uma data para que isso ocorra, mas Thompson afirmou que as entidades de Turismo, lideradas pela US Travel, que coordena as ações do setor em Washington, estão em contato constante e em conversações com as autoridades.
O atual governo foi elogiado no diálogo com o Turismo, que conquistou avanços, também no Congresso, como o fundo emergencial de US$ 250 milhões para a Brand USA, entre outras medidas.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
Estimativa da recuperação das chegadas internacionais a níveis de 2019
Estimativa da recuperação das chegadas internacionais a níveis de 2019
ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O TURISMO
Pela segunda vez o governo federal apresentou uma Estratégia Nacional para Viagens e Turismo (a primeira, de dez anos, foi em 2010), lançada hoje pela secretária Gina Raimondo. A estratégia, que projeta ações para cinco anos, focará em quatro pontos para garantir sustentabilidade, para reduzir a pegada de carbono do setor; criar pontos de entrada seguros; e desenvolver Viagens e Turismo especialmente nas comunidades pouco servidas e representadas.

Mais especificamente a estratégica visa: 1) promover os Estados Unidos como destino prioritário, incluindo ações de marketing para aumentar a visitação e produtos nas comunidades poucos representadas; 2) Facilitar viagens seguras para e dentro dos Estados Unidos e seus territórios; 3) garantir experiências de viagens diversas e acessíveis, com foco em mostrar os recursos naturais e garantir sua proteção para as futuras gerações; e 4) incentivar e garantir viagens sustentáveis com metas de redução o impacto do setor nas mudanças climáticas, ao mesmo tempo reconstruindo setores que protegem os recursos naturais, apoiam a economia do Turismo e garantem desenvolvimento equitativo.

Acesse o documento na íntegra aqui.

“As comunidades dos Estados Unidos estão recebendo novamente, com segurança, visitantes internacionais. Das joias da coroa que são nossos parques nacionais e florestas à diversidade de lugares históricos que contam a história de nosso povo e cultura, os Estados Unidos oferecem destinos para viajantes internacionais como nenhum outro país”, disse a secretária Gina Raimondo. “O impacto da covid-19 foi grande em nossas economias locais e nacional, mas também nos apresentou uma oportunidade única para moldar uma indústria de Viagens e Turismo mais inclusiva, equitativa, sustentável e resiliente, como nunca antes. Nossa estratégia apresenta o melhor que os setores público e privado têm a oferecer, que é promover empregos, recuperar receitas perdidas e inspirar experiências inesquecíveis.”

Em abril deste ano, as visitas internacionais para os Estados Unidos subiram para mais de 2 milhões, com o Brasil no Top 4 globais no primeiro trimestre. Veja os dados completos.

SEGURANÇA NOS EUA
Os jornalistas quiseram saber de Tompson e Harris, na coletiva de imprensa desta segunda-feira, sobre a questão de segurança no país, especialmente depois de massacres seguidos com arma de fogo. O secretário enfatizou que os americanos são hospitaleiros e recebem bem os visitantes e que o governo Biden está sensível e preocupado com esse tema do acesso às armas. Tanto ele quanto Thompson disseram que sabem que esse ponto é uma preocupação, que está sendo tratada, com muito ser feito, mas que é preciso também contar as histórias boas e a focar na imagem de um país hospitaleiro.

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 Chris Thompson, da Brand USA
Chris Thompson, da Brand USA
O Brasil apareceu na apresentação do Brand USA como um dos mercados prioritários, inclusive para o novo trabalho com os operadores de viagens.


A PANROTAS viaja a convite do IPW 2022, voando American Airlines, com hospedagem no Cabana Bay Beach Resort, e proteção GTA, incluindo cobertura para covid-19

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