Brand USA está otimista com recuperação e mostra diferenciais dos EUA

O momento positivo para as chegadas internacionais aos Estados Unidos chegou. Desde novembro, quando as fronteiras reabriram com os países que estavam na lista de restrições, as conquistas vieram mês a mês, mesmo em um ritmo mais lento que o desejado por entidades como a Brand USA, que, ao lado da US Travel Association, luta pela melhoria dos processos de visita aos Estados Unidos.

Uma das vitórias, comemoradas pelo CMO da Brand USA, Thomas Garzilli, foi o fundo aprovado pelo Congresso de US$ 250 milhões para a entidade, que está garantida para os próximos sete anos.

Segundo o CMO da Brand USA, houve uma diminuição drástica de atividades, algumas por motivos óbvios, durante a pandemia, mas o órgão não parou. O contato com os distribuidores do mundo inteiro continuou por meio digital e o Brasil sempre esteve entre os mercados prioritários. Em nosso mercado, a Brand USA é representada pela Aviareps.

Durante o IPW 2022, em Orlando, Garzilli falou com exclusividade à PANROTAS:

PANROTAS – Qual a mensagem que os Estados Unidos mandam ao mundo atualmente em relação às viagens ao país?
TOM GARZILLI – As viagens ainda trazem certas preocupações e até medo e nosso papel é inspirar e lembrar aos viajantes por que gostam de viajar. Para o trade de Viagens e Turismo, investir em educação e apoio às vendas. Para os consumidores, mostrar que eles podem voltar a viajar. Não é uma questão de demanda, pois as pessoas querem viajar, querem voltar aos Estados Unidos. Nos últimos dez anos vimos que há o desejo de visitar os Estados Unidos e temos de trabalhar para tirar da frente as barreiras. Quando eles puderam eles virão.

PANROTAS – Os Estados Unidos entram mais competitivos nessa retomada, em que todos os países estão atrás dos mercados perdidos?
GARZILLI – Todo país tem suas maravilhas e experiências únicas, não há dúvida disso. Mas os Estados Unidos oferecem todas elas em uma só viagem. Nossa diversidade de experiências se reflete também na hospitalidade das pessoas, história, gastronomia, cultura...

PANROTAS – E nesse retorno os viajantes vão apostar na nostalgia, e visitar destinos velhos conhecidos, ou há espaço para o novo, o ainda desconhecido, nesse momento de incertezas?
GARZILLI – Algumas pessoas sempre quiserem vir aos Estados uma primeira vez, vieram uma segunda. E esses viajantes vêm agora atrás desses lugares familiares, icônicos. Mas quanto mais você vem, mais quer explorar. Então há um mix desses que querem os destinos icônicos e outros que vão sim explorar coisas novas e o bom dos Estados Unidos é que temos algo para cada um, falamos com todos, do outdoor ao urbano, da música à exploração da natureza, aos diversos nichos, como os esportes, algo novo para o mercado internacional.

PANROTAS – As últimas grandes campanha atreladas a um filme Imax abordaram os parques nacionais e a música. Como foi a repercussão e o que vem por aí?
GARZILLI – Os parques naturais e a música estão no centro das experiências. Mas um terceiro filme foi lançado logo antes da pandemia, Into America’s Wild, falando de experiências diferenciadas e dos outdoors. Vamos fazer o relançamento desse filme. Temos também nosso canal de TV, com diferentes programas para inspirar os viajantes.

PANROTAS – Uma das novidades da Brand USA é um trabalho mais próximo com os operadores. Como está funcionando isso?
GARZILLI – Uma das prioridades de nossa estratégia pós-pandemia inclui atrair e converter e decidimos acrescentar esse passo a mais nas nossas ações, para a conversão em vendas. Por isso estamos apoiando as operadoras e agências de viagens nesse projeto. Estamos testando e aprendendo o que fazer. O projeto ainda não chegou no Brasil, mas com certeza irá.

PANROTAS / Artur Luiz Andrade

PANROTAS – Como está a recuperação dos mercados e como é viver temporariamente sem a Ásia?
GARZILLI – O Brasil está se recuperando rapidamente. A China era nosso quarto maior mercado e vai ser mais difícil de se recuperar.

PANROTAS – E quais os maiores gargalos agora? O que é prioritário para acelerar essa recuperação?
GARZILLI – Acabar com a necessidade de testes para entrar nos Estados Unidos (o que ocorreu dias depois de nossa entrevista); recuperar a capacidade aérea; e promover que está na hora de voltar aos Estados Unidos. Estamos indo bem. Estamos prontos e estou extremamente otimista.

NÚMEROS

Este ano, os Estados Unidos esperam 858 mil visitantes do Brasil, contra 2,2 milhões em 2018 e 2,1 milhões em 2019. Para 2013 a previsão é de 1,3 milhão e para 2024, 1,5 milhão.

A PANROTAS viajou a convite da US Travel Association, com proteção GTA, incluindo contra covid-19, e voando American Airlines