Nathalia Ribeiro   |   22/03/2022 10:06

Hong Kong: reabertura terá pouco impacto na propagação da covid

Pesquisadores apresentaram duas opções no planejamento futuro após a quinta onda de ômicron BA.2

Xaume Olleros/Bloomberg via Getty Images
Estudo de Hong Kong diz que reabertura de viagens internacionais terá pouco impacto na propagação de covid
Estudo de Hong Kong diz que reabertura de viagens internacionais terá pouco impacto na propagação de covid
A reabertura total das viagens internacionais em Hong Kong terá "pouco impacto" na disseminação da covid-19, disse um estudo acadêmico nesta terça-feira (22), à medida que o centro financeiro começa a eliminar medidas estritas de coronavírus.

A equipe de pesquisa liderada pelo professor e reitor de medicina da Universidade de Hong Kong, Gabriel Leung, desenvolveu um estudo intitulado "Planejamento futuro, após a quinta onda de HK de Omicron BA.2". O levantamento aponta que uma sexta onda pode começar em junho, à medida que restrições para controlar a propagação da doença são relaxadas nos próximos meses e a cidade aumenta as taxas de vacinação.

Os pesquisadores apresentaram duas opções no planejamento futuro após a quinta onda de ômicron BA.2, que ocorreu em Hong Kong, e sugerem que uma transição controlada para o modo endêmico pode ser a melhor estratégia para viver com o vírus na sociedade.

Desde que as pessoas que chegam sejam totalmente vacinadas e testem negativo ao embarcar em um voo para o território governado pela China, elas teriam um impacto insignificante, segundo os especialistas da Universidade, da Organização Mundial da Saúde e do Laboratório de Descoberta de Dados para Saúde.

O estudo revelou ainda que uma transição para permitir que a doença seja endêmica colocaria em exposição cerca de 40% da população que ainda não foi infectada de maneira controlada, podendo desenvolver "imunidade híbrida" por meio de uma combinação de infecção natural e vacinações. Pelo menos 90% das pessoas com mais de 70 anos precisariam ter duas doses de vacinação, contra cerca de 70% agora.

A líder Carrie Lam disse ontem (21) que Hong Kong facilitaria algumas medidas de distanciamento social em abril, incluindo a suspensão da proibição de voos de nove países, após uma reação às medidas rígidas da cidade em um momento em que o resto do mundo estava mudando para viver com o vírus.

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