São Paulo descarta medidas restritivas para conter covid-19 e gripe
Mas pede que população evite aglomerações e não esqueça da máscara
AGÊNCIA BRASIL
Mesmo com a alta de casos e de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nos últimos dias, o Centro de Contingenciamento do Coronavírus em São Paulo não acha necessário voltar a fechar o comércio e endurecer as medidas restritivas contra o novo coronavírus (covid-19) no momento.
“O comitê científico não vê, neste momento, a implementação de novas medidas restritivas. Entendemos que o aumento de casos não está sendo acompanhado de forma que cause preocupação nas internações. E as orientações continuam as mesmas: evitar aglomerações, seja em ambiente fechado ou aberto. Essa variante [a Ômicron] tem capacidade de transmissibilidade muito alta”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.
“Mesmo que a gente tenha percebido uma movimentação maior nas internações, um aumento de 30% na última semana, estamos partindo de um patamar que estava muito baixo”, explicou. Segundo ele, apesar de percentualmente representar um grande aumento, isso não vai colocar em risco a capacidade de atendimento das redes de hospitais do estado.
A taxa de internação em todo o Estado ainda é baixa e está em torno de 27,7% neste momento, informou Gabbardo. Mas o aumento observado nos últimos dias e, principalmente, as notícias de explosão de casos em outros países da Europa e também nos Estados Unidos, já vem acendendo um alerta nas autoridades de São Paulo.
Desde dezembro, apesar de problemas no sistema Sivep-Gripe estarem dificultando a contabilização de casos, o estado vem observando um aumento de casos e de internações por síndrome respiratória aguda grave. Esses casos, segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, englobam não só as confirmações de covid-19, mas também de H3N2 e de outros vírus respiratórios. Só de ontem (4) para hoje (5), as internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) passaram de 1.163 para 1.281 em todo o estado de São Paulo. Já na enfermaria, o aumento foi maior, passou de 1.881 ontem para 2.123 hoje.
“Tivemos um leve incremento hoje de 26,66 % [em UTIs) e, nas enfermarias, esse incremento acabou sendo maior”, informou o secretário. “O maior aporte de internação acaba sendo em enfermaria”, acrescentou.
De acordo com Jean Gorinchteyn, uma das explicações para o aumento de casos é que as pessoas relaxaram no uso da máscara. "Nós tivemos um aumento de síndromes respiratórias especialmente nos prontos-socorros. Isso se deve à covid-19, à própria Influenza, especialmente a H3N2, a mais prevalente, e a outros vírus respiratórios, como o resfriado comum. Portanto, esses quadros denotam claramente que as pessoas retiraram as máscaras de forma muito abrupta, especialmente nos ambientes de confraternização e nos ambientes sociais, favorecendo dessa forma a transmissão", disse o secretário.
“E vimos o aparecimento de uma nova variante [do coronavírus], a Ômicron, que hoje corresponde a 66% de todos os casos de covid-19 detectados. É uma cepa mais infectante, o que faz com que tenhamos aumento na assistência. Mas felizmente temos a vacina [contra a covid-19], que faz com que o impacto de pessoas graves fosse muito reduzido e estivesse muito mais relacionado à gripe do que à covid-19”, acrescentou.
"Temos que achar uma solução para isso. O aumento da testagem em locais diferentes e de mais fácil acesso da população é fundamental para não ter acúmulo nas unidades de saúde”, disse.
O infectologista Ésper Kallas, também integrante do comitê, disse que os médicos têm notado um aumento expressivo de casos de covid-19 com quadros mais leves em pessoas que tomaram duas ou três doses da vacina.
Mesmo com a alta de casos e de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nos últimos dias, o Centro de Contingenciamento do Coronavírus em São Paulo não acha necessário voltar a fechar o comércio e endurecer as medidas restritivas contra o novo coronavírus (covid-19) no momento.
“O comitê científico não vê, neste momento, a implementação de novas medidas restritivas. Entendemos que o aumento de casos não está sendo acompanhado de forma que cause preocupação nas internações. E as orientações continuam as mesmas: evitar aglomerações, seja em ambiente fechado ou aberto. Essa variante [a Ômicron] tem capacidade de transmissibilidade muito alta”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.
“Mesmo que a gente tenha percebido uma movimentação maior nas internações, um aumento de 30% na última semana, estamos partindo de um patamar que estava muito baixo”, explicou. Segundo ele, apesar de percentualmente representar um grande aumento, isso não vai colocar em risco a capacidade de atendimento das redes de hospitais do estado.
A taxa de internação em todo o Estado ainda é baixa e está em torno de 27,7% neste momento, informou Gabbardo. Mas o aumento observado nos últimos dias e, principalmente, as notícias de explosão de casos em outros países da Europa e também nos Estados Unidos, já vem acendendo um alerta nas autoridades de São Paulo.
Desde dezembro, apesar de problemas no sistema Sivep-Gripe estarem dificultando a contabilização de casos, o estado vem observando um aumento de casos e de internações por síndrome respiratória aguda grave. Esses casos, segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, englobam não só as confirmações de covid-19, mas também de H3N2 e de outros vírus respiratórios. Só de ontem (4) para hoje (5), as internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) passaram de 1.163 para 1.281 em todo o estado de São Paulo. Já na enfermaria, o aumento foi maior, passou de 1.881 ontem para 2.123 hoje.
“Tivemos um leve incremento hoje de 26,66 % [em UTIs) e, nas enfermarias, esse incremento acabou sendo maior”, informou o secretário. “O maior aporte de internação acaba sendo em enfermaria”, acrescentou.
Vacinação
Até então, o avanço da vacinação fez os casos e internações despencarem em São Paulo. Mas com o surgimento de uma nova variante, a Ômicron, que é mais transmissível, e com o aparecimento de uma nova variante do vírus Influenza H3N2, chamada Darwin, o Brasil vem enfrentando um novo aumento de casos, de procura por testes e de internações. Especialistas têm apontado que o país deve enfrentar novamente um momento difícil da pandemia já nas próximas semanas.De acordo com Jean Gorinchteyn, uma das explicações para o aumento de casos é que as pessoas relaxaram no uso da máscara. "Nós tivemos um aumento de síndromes respiratórias especialmente nos prontos-socorros. Isso se deve à covid-19, à própria Influenza, especialmente a H3N2, a mais prevalente, e a outros vírus respiratórios, como o resfriado comum. Portanto, esses quadros denotam claramente que as pessoas retiraram as máscaras de forma muito abrupta, especialmente nos ambientes de confraternização e nos ambientes sociais, favorecendo dessa forma a transmissão", disse o secretário.
“E vimos o aparecimento de uma nova variante [do coronavírus], a Ômicron, que hoje corresponde a 66% de todos os casos de covid-19 detectados. É uma cepa mais infectante, o que faz com que tenhamos aumento na assistência. Mas felizmente temos a vacina [contra a covid-19], que faz com que o impacto de pessoas graves fosse muito reduzido e estivesse muito mais relacionado à gripe do que à covid-19”, acrescentou.
Postos de saúde
Além do aumento de internações, o estado de São Paulo vem observando um grande aumento na procura por postos de saúde, com grandes filas de espera por atendimento. Para Gabbardo, uma das explicações para essa grande procura é o fato de haver poucos lugares fazendo testes."Temos que achar uma solução para isso. O aumento da testagem em locais diferentes e de mais fácil acesso da população é fundamental para não ter acúmulo nas unidades de saúde”, disse.
O infectologista Ésper Kallas, também integrante do comitê, disse que os médicos têm notado um aumento expressivo de casos de covid-19 com quadros mais leves em pessoas que tomaram duas ou três doses da vacina.