IGLTA lança guia para viajantes LGBTQIA+ soropositivos
O guia contém dicas para o planejamento pré-viagem, bem como conselhos práticos para usar na chegada
Na última quarta-feira (1º), foi o Dia Mundial da AIDS. Em função disso, a IGLTA e sua instituição de caridade, IGLTA Foundation, lançaram um guia chamado “Como viajantes LGBTQIA+ com HIV podem navegar pelo mundo com segurança”, especificamente para viajantes soropositivos, em colaboração com a Gilead. Assim como muitos países apresentam considerações adicionais para viajantes LGBTQIA+, outros também exigem precauções exclusivas para viajantes com HIV. O material contém dicas para o planejamento pré-viagem, bem como conselhos práticos para usar na chegada.
Segundo o guia, muitos países suspenderam tais restrições, como é o caso dos Estados Unidos. Porém, ainda assim, alguns são muito restritivos em relação a viajantes LGBTs e soropositivos. A Jordânia é um dos exemplos citados, pois nega expressamente a entrada de qualquer estrangeiro com HIV. Outros, como Butão, Iraque e Ilhas Salomão permitem a entrada para a maioria das estadas curtas, mas requer um teste de HIV para estadas ligeiramente prolongadas (mais de dez dias no Iraque e nas Ilhas Salomão, ou mais de 14 no Butão).
Em países como Guiné Equatorial e Papua Nova Guiné, as regras que regem o teste de HIV para viajantes de curto prazo não são totalmente claras e podem ser diferentes dependendo da idade, do país de origem e local de obtenção do visto.
O guia esclarece que a permissão para entrar em um país não significa necessariamente que seu status de HIV não se tornará um problema enquanto você estiver lá e também ressalta que o fato de um viajante ser abertamente LGBTQIA+ pode ainda colocá-lo em risco. Quase 20 países são conhecidos por deportar viajantes se os funcionários ficarem cientes de seu status positivo para o HIV.
Os viajantes devem lembrar que a orientação homossexual e trans ainda é criminalizada em mais de 70 países ao redor do mundo, como é o caso do Qatar, Iraque, Egito, Ilhas Salomão, Arábia Saudita, Síria, entre outros. Vale destacar que o guia aponta que 12 países ao redor do mundo punem pessoas homossexuais ou trans com a sentença de morte.
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