Rodrigo Vieira   |   25/06/2019 11:23
Atualizada em 16/12/2020 15:51

Bolsonaro sobre F1: Melhor no Rio do que em lugar nenhum

Presidente afirma que há 99% de chances de a prova mais nobre do automobilismo sair de SP


Valter Campanato/Agência Brasil
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, com o presidente da República Jair Bolsonaro, senador Flavio Bolsonaro, e Chase Carrey, CEO da Fórmula 1
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, com o presidente da República Jair Bolsonaro, senador Flavio Bolsonaro, e Chase Carrey, CEO da Fórmula 1

Iniciado em maio, o debate da mudança do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 para o Rio de Janeiro em caso de descontinuidade de contrato com São Paulo, segue acontecendo. Essa transferência entre os destinos é 99% certa, a partir de 2021, afirmou o presidente Jair Bolsonaro ontem, em Brasília, com o CEO do Liberty Media, grupo que controla a Fórmula 1, Chase Carey; e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

“Nós não perderemos a Fórmula 1. O contrato vence ano que vem com São Paulo e eles resolveram voltar ao Rio de Janeiro. [São] 99% de chance, de termos a Fórmula 1 a partir de 2021 no Rio de Janeiro. Obviamente, as consequências positivas da Fórmula 1 aqui são muito boas”, disse o presidente.

Vale lembrar que o Rio de Janeiro não tem hoje um autódromo que atenda às exigências da prova. Segundo Bolsonaro, o autódromo que estaria por vir comportaria 130 mil pessoas, contra o público máximo de 60 mil em Interlagos. Ele afirmou ainda que o autódromo projetado para o Rio seria uma pista multiuso. Nela, também poderia ser disputada a Fórmula E, categoria de automobilismo com carros elétricos, dentre outros eventos.

O presidente disse ainda que ou a Fórmula 1 vai para o Rio de Janeiro ou sairá do Brasil. “Eu tenho que pensar no Brasil e não no seu Estado. […] A área é muito mais ampla no Rio de Janeiro. […] Melhor ficar no Rio do que não ficar em lugar nenhum”.

Quando o primeiro anúncio foi feito, Jair Bolsonaro previa já para 2020 o retorno da F1 ao Rio de Janeiro. Na ocasião, a direção da competição assegurou que a capital paulista continuaria como anfitriã da prova naquele ano. O governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou, também na época, que a prova não deixará Interlagos.

MTUR APOIA IDA AO RIO

Chase Carey também foi recebido pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Segundo o MTur, todos os presentes na reunião foram unânimes em afirmar que a capital fluminense reúne todas as condições de realizar uma etapa da competição a partir de 2021.

“Estamos falando da principal porta de entrada para o Turismo de lazer do Brasil. O turista que vier para a Fórmula 1 vai ter a oportunidade de conhecer uma das cidades mais bonitas do Brasil”, comentou o ministro. A capacidade da cidade de sediar grandes eventos como o carnaval, réveillon, Olimpíada, Jornada Mundial da Juventude e o Rock in Rio também foi enaltecida na reunião.

SITUAÇÃO INDEFINIDA


Valter Campanato/Agência Brasil
Já o CEO da Fórmula 1 disse que as negociações com os dois Estados ainda estão ocorrendo e que a melhor decisão será tomada: “Não temos nada fechado. Estamos empenhados nas discussões no Rio de Janeiro e em São Paulo. Não queremos eliminar nenhuma possibilidade”, afirmou Chase Carey na sequência da fala do presidente.

O mandatário informou que quer proporcionar aos fãs brasileiros uma experiência semelhante à da final do futebol americano nos Estados Unidos, o Superbowl. “O que queremos procurar é a melhor experiência geral para os fãs. Como é feito com o Superbowl. Também tem música, comida, exibições, experiências.”

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que os grandes eventos na capital do estado têm sido bem-sucedidos e negou que a violência na cidade seja um problema. Segundo ele, o índice de criminalidade é baixo nas áreas turísticas da cidade.

“Estamos enfrentando o crime organizado com muita contundência para poder reduzir os índices de criminalidade que são elevados na Baixada Fluminense, em comunidades. No grande cinturão cultural e turístico do Rio de Janeiro os índices são muito baixos e tem permitido um turismo cada vez mais crescente.”

*Com colaboração da Agência Brasil
** Alterada às 12h09 com trecho que reforça apoio do MTur

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