Especial Suíça - parte 3: as exclusivas cidades-boutique
Maiores centros urbanos da Suíça (Zurique, Genebra e Lucerna) tem menos habitantes que Ribeirão Preto e são garantia de cultura com exclusividade e sem estresse
Encerramos o Especial Suíça com os grandes centros urbanos no país. Grandes, porém, apenas no nome: Zurique, a cidade mais populosa de lá, conta com pouco mais de 400 mil habitantes em seu território, bem menos do que cidades do interior de São Paulo, como Ribeirão Preto, com quase 600 mil.
O termo cidades-boutique, criado pelo turismo do país, vem da sensação criada por essa exclusividade dentro delas - trânsito, multidões e filas, algo comum em diversos destinos turísticos, são problemas quase inexistentes na Suíça.
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Cidades como Genebra, Lucerna, Berna e Zurique formam um grande mix, onde o charme da arquitetura, a gastronomia local e o grande número de museus podem ser apreciados sem estresse..
O Portal PANROTAS participou da imersão Suíça na última semana, e traz agora a última etapa do especial do destino; confira abaixo:
- Genebra
“Um local perfeito para passar duas ou três noites antes de seguir viagem para as montanhas de esqui”, resume a gerente internacional de RP do Turismo de Genebra, Julia Cuenod. Mesmo com menos de 200 mil habitantes, Genebra, localizada no oeste do país, é a segunda cidade mais populosa da Suíça. Ela beira o Lac Léman, lago onde fica o Jet d’eau, um jato d’água que atinge 140 metros de altura e é um dos principais marcos da cidade.
Entre as opções do que conhecer dentro dela, reinam as atrações culturais. Uma delas é o Muro dos Reformadores - esculpido pelo francês Paul Landowski (o mesmo do Cristo Redentor), o monumento homenageia os 400 anos de João Calvino, pensador fundamental no processo da Reforma Protestante e que faleceu em Genebra em 1564.
Calvino tem influência também em um dos maiores símbolos da cidade (e da Suíça): os relógios. O teólogo proibiu joias no país, o que levou os joalheiros a produzirem relógios refinados, e Genebra, com as maiores casas de relojoaria de luxo do mundo, é um dos principais exemplos disso. Diversas fábricas de relógios da cidade abrem as portas para visitação, mas quem quiser conhecer as maiores e melhores marcas, vale uma passada pela rue de Rhône.
Lembrando que turistas não pagam pelo transporte público na cidade - você solicita no aeroporto um cartão especial turístico, uma prática comum na Suíça para atrair visitantes.
- Lucerna
Localizada praticamente no centro geométrico da Suíça, é uma das cidades mais convenientes para combinar com outros destinos suíços. “É o melhor lugar para ter uma base, já que em uma hora você chega em boa parte das cidades, vilas e montanhas suíças”, explica a gerente regional de Lucerna para a América Latina, Vanda Catão, que exemplifica com a montanha Titlis.
Com traços medievais em sua arquitetura,o destaque vai para as charmosas pontes que cruzam o Reuss, rio que cruza a cidade e deságua no Lago Lucerna. A mais famosa delas é a Kapellbrücke (Ponte da Capela), uma das mais antigas pontes de madeira da Europa e que foi restaurada após um incêndio, mas mantendo seus traços principais.
Catão destaca ainda a cultura e arte na cidade, como o Museu de Arte Moderna, com obras de Picasso, e o museu do transporte suíço, um meio de mostrar de forma lúdica porque que a Suíça é tão eficiente no transporte público.
- Zurique
Destino suíço mais visitado por brasileiros - 70 mil em 2018, um aumento de 2% -, Zurique, na parte norte do país (alemã), é a cidade “mais completa” pensando e arte e vida urbana (e noturna), conta a gerente do Turismo de Zurique para as Américas, Aurelia Carlen. São mais de 50 opções de museus por exemplo - ou seja, os amantes de arte poderão passar dias no destino sem se entediar.
Entre as alternativas de passeios está o cruzeiro para o vilarejo de Rapperswil, uma espécie de cidade medieval. Fortalezas e muralhas com séculos de idade rodeiam o Lago de Zurique, fazendo do local uma boa opção para sair do comum na cidade.
“Mas um lugar legal, que poucos conhecem e que eu sempre vou é o Einsiedeln”, conta Aurelia. Trata-se de um mosteiro barroco do século XVIII e o principal local de peregrinação dedicado à Virgem Maria na Suíça. A 45 minutos de carro de Zurique, o local destaca-se por uma atividade inusitada: fazer seu próprio queijo. No local é possível praticar esqui e snowboard, nas áreas Einsiedeln, Hoch Ybrig e Brunni-Mythen.
- Montreaux Riviera
Completa a lista Montreaux Riviera, pequena cidade com pouco mais de 80 mil habitantes na região do Lago de Genebra, oeste da Suíça. Rodeado pelas montanhas dos Alpes de um lado e três lagos por outro, o destino se destaca por outro ponto: 10% dos habitantes falam português, fruto de uma intensa imigração de brasileiros para a região em gerações passadas - o clima tropical, que foge do comum na Suíça, destaca-se como um dos motivos para isso.
Para este ano, o destaque é o Montreax Jazz Festival, marcado entre os dias 28 de junho e 13 de julho. Além do jazz e dos ritmos musicais blues, soul e rock, música popular brasileira é um dos gêneros mais tocados no festival, com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cláudia Leitte e Ivete Sangalo entre os nomes que já se apresentaram por lá - Elis Regina foi a primeira.
Os vinhedos do Lavaux, Patrimônio Mundial da Unesco, surgem como alternativa de passeio. Além dos belos campos, os admiradores da enogastronomia poderão experimentar o vinho branco suíço, de produção nacional e artesanal - não é produzido para exportação.
Lembrando que, assim como em Genebra, o transporte na cidade é gratuito.