De carona com Orlando, Travel South USA comemora alta no Brasil
Allan Colen, representante do Travel South USA no Brasil, vê Orlando como aliado na alta de visitantes
São Estados ainda pouco populares pelos brasileiros. Tennessee, Georgia, Alabama, Mississipi, Louisiana, Kentucky... Todos eles, porém, tem um ponto particular em comum: rodeiam um dos destinos mais conhecidos por nossos turistas nos Estados Unidos. Sim, Orlando, a capital dos parques temáticos e que apenas em 2017 atraiu 826 mil viajantes do Brasil, mais da metade do nosso emissivo aos EUA no ano passado.
Com características que fogem das atrações de diversão da cidade da Flórida, principalmente na parte cultural, os destinos representados pelo Travel South USA veem assim um benefício em tal proximidade. Na visão do representante da entidade de promoção no Brasil, Allan Colen, o caminho natural de brasileiros que estão saturados de Orlando - não dos parques apenas, mas do restante das opções que o destino oferece - é migrar, enfim, para esses Estados vizinhos.
"Boa parte dos brasileiros que vão para Orlando já foi lá uma, duas, dez vezes que seja... Cada atração nova é um motivo para ir novamente. Muitos têm até casa lá, ou alugam para temporadas inteiras, um mercado que tem crescido nos últimos dois anos. Queremos agora atrair esses visitantes! Em algum momento eles vão atrás de algo diferente, e temos muito a oferecer, basta os clientes nos descobrirem melhor", resumiu Colen ao Portal PANROTAS.
É papel do Travel South USA fazer com que turistas (e mercado) conheçam melhor seus atrativos. Segundo Colen, eles variam de acordo com o Estado: a música em Tennessee e Louisiana, o cinema na Geórgia (o segundo neste mercado, atrás apenas de Hollywood), bebidas como uísque bourbon do Kentucky... Todas opções que são "muito mais a cara dos Estados Unidos, aquele de filme mesmo", resume o representante do Travel South USA.
ORLANDO: CONCORRENTE OU ALIADO?
Ainda de acordo com o executivo resultados iniciais já estão sendo sentidos, embora ainda sejam limitados, com alta da vinda de brasileiros já no início deste semestre. Quanto mais popular fica Orlando para os brasileiros, mais sobe os visitantes nos Estados vizinhos - o que torna a cidade não um concorrente, mas um aliado neste crescimento.
Tal proximidade - em pouco mais de três horas de carro de Orlando se chega no Estado de Geórgia, por exemplo - é inclusive um detalhe que pode ser usado como diferencial por agências e operadoras que vendem a cidade dos parques. Oferecer esse "algo a mais" poderia fazer a diferença na hora de conquistar um cliente.
DÓLAR NÃO ASSUSTA
A alta recente do dólar pode deixar muitos agentes e operadores com um pé atrás, mas para Allan Colen é apenas um caminho natural, recorrente a cada quatro anos - os períodos de eleição presidencial.
"Já vi isso tantas vezes, sobe, sobe e finalmente cai após as eleições. Claro que gera um impacto, principalmente na metade do ano, mas é algo que confio que vai reduzir após um presidente ser eleito, e quem sabe até criar uma alavanca para compras de viagens no final do ano", concluiu Colen, que representa o Travel South USA por meio da River Global.