Leonardo Ramos   |   06/06/2018 13:55

MTur defende PPPs para "resgatar" cidades históricas e propõe parcerias

MTur defende uso do novo Prodetur, com R$ 5 bilhões em financiamento, para PPPs na exploração turística de patrimônios culturais e em sua conservação


Emerson Souza
Neusvaldo Ferreira Lima, do MTur, defende parcerias com empresários por meio de novo Prodetur
Neusvaldo Ferreira Lima, do MTur, defende parcerias com empresários por meio de novo Prodetur

Cidades históricas mal exploradas turisticamente e a resultante decadência de seus patrimônios devido à falta de investimento em sua manutenção: o tema foi tratado no segundo painel do Seminário Investe Turismo - Segurança Jurídica Gera Empregos, em São Paulo.

Um exemplo lembrado pelo diretor de Planejamento e Gestão estratégica do Ministério do Turismo, Neusvaldo Ferreira Lima, é o centro histórico de São Luís, no Maranhão, que estaria “em ruínas”, em suas palavras. “Então tem os dois pontos de saída para isso: tornar viável economicamente para conseguir manter esses patrimônios sem

Emerson Souza
Marcelo Brito, da Iphan, destaca papel do Estado como fomentador
Marcelo Brito, da Iphan, destaca papel do Estado como fomentador
desrespeitar seu lado social e não-renovável."


O caminho, as PPPs, as parcerias público-privadas. Não apenas para receber os investimentos necessários, mas para criar meios de se aproveitar o patrimônio histórico.

“Não basta ter o patrimônio, a construção; ela sozinha não é suficiente para fazer a promoção turística”, ressalta diretor de Cooperação e Fomento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Marcelo Brito. Em sua visão, mais que o local, precisa-se criar atividades, experiências que cerquem a cultura e façam o turista realmente imergir no local e em seu potencial histórico e cultural, de forma inteligente e sensível.

R$ 5 BILHÕES EM PARCERIAS

Para não ficar apenas na teoria, Lima levantou a bola do novo Prodetur, o Programa de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo lançado pelo MTur em abril. A ideia é apoiar Estados e municípios no acesso a linhas de financiamento com prazos e juros diferenciados de instituições parcerias como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

São R$ 5 bilhões disponíveis para investimentos, e propostas para obtenção de financiamento já podem ser realizadas - contemplando, inclusive, o desenvolvimento de atividades turísticas em cidades históricas e em patrimônios culturais do País, desde que seguindo algumas obrigatoriedades: atuar na área de infraestrutura turística, saneamento básico, gestão e avaliação ambiental, transporte e mobilidade urbana.


“Precisamos traduzir o funcionamento disso da melhor maneira para nossos empresários. Venham, se associem a nós. As oportunidades não faltam, e o financiamento está aí”, clamou Neusvaldo para o trade presente.


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