Como o mercado de cruzeiros de luxo se comporta na crise
Levantamento feito pela Pier 1 mostra o impacto da pandemia nos resultados da empresa em 2020
Assim como ocorreu nas mais diferentes atividades de Viagens e Turismo, o setor de cruzeiros de alto padrão também teve um 2020 de resultados negativos em virtude da pandemia. É o que mostra um relatório recentemente divulgado pela Pier 1 Cruise Experts, especialista em cruzeiros de luxo. De acordo com o relatório da empresa, as vendas chegaram a cair 82,5% no auge da crise, em maio, e o tipo de destino buscado mudou.
Segundo aponta a pesquisa Brazil´s Luxury Cruise Market Report, os índices alcançados ao longo do ano frustraram os planos estabelecidos no início dele. “As expectativas para o setor de cruzeiros de luxo no início de 2020 eram as melhores, com a economia brasileira aquecida, previsão de crescimento do PIB de 2%, além da expectativa de lançamento de diversos novos navios – sendo cinco embarcações de luxo, que somam aproximadamente três mil leitos, que foram lançadas e aguardam inauguração oficial”, contextualiza a nota divulgada pela empresa.
A perspectiva otimista foi fortalecida pelo mês de janeiro de 2020, que no balanço final teve crescimento de vendas 29,1% superior ao mesmo período de 2019.
Os índices, contudo, passaram a cair conforme as notícias de contaminações se expandiam. De acordo com o relatório, o pior mês de 2020 foi maio - com os mais de 80% de queda em comercializações -, que também pode ser considerado o primeiro ato de uma movimento de oscilação em direção à retomada, já que os meses seguintes foram marcados por uma gradativa recuperação do volume de vendas.
A pesquisa aponta que o auge da recuperação aconteceu em outubro, quando, pela primeira vez desde o início da pandemia, a Pier 1 apresentou uma performance 24,1% superior ao ano anterior. Novos casos de covid, contudo, fizeram com que os dois últimos meses do ano voltassem a apresentar resultados negativos.
DESTINOS
A pesquisa também demostra que a pandemia também trouxe mudanças entre os destinos mais procurados, muito por conta da oscilação de possibilidade de navegação em diversos pontos.
A Europa Fluvial, com share de 20,1%, passou a ocupar a segunda posição, no lugar do Mar Báltico & Norte da Europa. Já a Ásia & Oriente Médio, que apresentava um share de 12,6% em 2019, teve o percentual reduzido para 3,8%.
ANTECIPAÇÃO
Outro dado que sofreu grande variação em relação ao ano anterior foi o de antecipação da data da compra do cruzeiro. Já no final do 1° semestre de 2020, a empresa observou que esse quesito havia ultrapassado, também pela primeira vez, a marca de 200 dias antes da data de embarque.
À medida que os cruzeiros ao longo do 2° semestre eram cancelados, as remarcações começaram a ser feitas para datas cada vez mais distantes, chegando à marca dos 265 dias, um aumento de 33,8% em relação a 2019.
TICKET MÉDIO
Entre os dados relevantes de 2020, a empresa ressalta que o valor do ticket médio por hóspede, no fim das contas, subiu. A viagem ultrapassou o patamar de US$ 7 mil, apesar de todas as adversidades e da desvalorização do real.
Esse movimento pode ser consequência, conforme aponta a empresa, dos bônus em créditos futuros oferecidos pelas companhias aos hóspedes que tiveram seus cruzeiros suspensos. Em alguns casos, chegaram a ser 25% além do valor originalmente pago.
PERSPECTIVAS
Mesmo com o salde de adversidades deixado por 2020, a Pier 1 lembra alguns aspectos positivos do período como o lançamento de 16 novos navios, cinco deles das companhias de luxo. Para 2021, o planejamento é para o lançamento de outras nove embarcações.
“Trabalhamos para oferecer a melhor matéria-prima para a retomada dos agentes, nosso principal canal de vendas: novos roteiros, navios e destinos, além de ações promocionais e ferramentas facilitadoras”, pontua o diretor executivo da Pier 1, Thiago Vasconcelos. “Acreditamos que a vacinação em massa da população e a exigência das companhias de cruzeiros de embarcar apenas hóspedes vacinados sejam importantes passos para alcançarmos patamares atingidos antes da pandemia”, finaliza.
Segundo aponta a pesquisa Brazil´s Luxury Cruise Market Report, os índices alcançados ao longo do ano frustraram os planos estabelecidos no início dele. “As expectativas para o setor de cruzeiros de luxo no início de 2020 eram as melhores, com a economia brasileira aquecida, previsão de crescimento do PIB de 2%, além da expectativa de lançamento de diversos novos navios – sendo cinco embarcações de luxo, que somam aproximadamente três mil leitos, que foram lançadas e aguardam inauguração oficial”, contextualiza a nota divulgada pela empresa.
A perspectiva otimista foi fortalecida pelo mês de janeiro de 2020, que no balanço final teve crescimento de vendas 29,1% superior ao mesmo período de 2019.
Os índices, contudo, passaram a cair conforme as notícias de contaminações se expandiam. De acordo com o relatório, o pior mês de 2020 foi maio - com os mais de 80% de queda em comercializações -, que também pode ser considerado o primeiro ato de uma movimento de oscilação em direção à retomada, já que os meses seguintes foram marcados por uma gradativa recuperação do volume de vendas.
A pesquisa aponta que o auge da recuperação aconteceu em outubro, quando, pela primeira vez desde o início da pandemia, a Pier 1 apresentou uma performance 24,1% superior ao ano anterior. Novos casos de covid, contudo, fizeram com que os dois últimos meses do ano voltassem a apresentar resultados negativos.
DESTINOS
A pesquisa também demostra que a pandemia também trouxe mudanças entre os destinos mais procurados, muito por conta da oscilação de possibilidade de navegação em diversos pontos.
A Europa Fluvial, com share de 20,1%, passou a ocupar a segunda posição, no lugar do Mar Báltico & Norte da Europa. Já a Ásia & Oriente Médio, que apresentava um share de 12,6% em 2019, teve o percentual reduzido para 3,8%.
ANTECIPAÇÃO
Outro dado que sofreu grande variação em relação ao ano anterior foi o de antecipação da data da compra do cruzeiro. Já no final do 1° semestre de 2020, a empresa observou que esse quesito havia ultrapassado, também pela primeira vez, a marca de 200 dias antes da data de embarque.
À medida que os cruzeiros ao longo do 2° semestre eram cancelados, as remarcações começaram a ser feitas para datas cada vez mais distantes, chegando à marca dos 265 dias, um aumento de 33,8% em relação a 2019.
TICKET MÉDIO
Entre os dados relevantes de 2020, a empresa ressalta que o valor do ticket médio por hóspede, no fim das contas, subiu. A viagem ultrapassou o patamar de US$ 7 mil, apesar de todas as adversidades e da desvalorização do real.
Esse movimento pode ser consequência, conforme aponta a empresa, dos bônus em créditos futuros oferecidos pelas companhias aos hóspedes que tiveram seus cruzeiros suspensos. Em alguns casos, chegaram a ser 25% além do valor originalmente pago.
PERSPECTIVAS
Mesmo com o salde de adversidades deixado por 2020, a Pier 1 lembra alguns aspectos positivos do período como o lançamento de 16 novos navios, cinco deles das companhias de luxo. Para 2021, o planejamento é para o lançamento de outras nove embarcações.
“Trabalhamos para oferecer a melhor matéria-prima para a retomada dos agentes, nosso principal canal de vendas: novos roteiros, navios e destinos, além de ações promocionais e ferramentas facilitadoras”, pontua o diretor executivo da Pier 1, Thiago Vasconcelos. “Acreditamos que a vacinação em massa da população e a exigência das companhias de cruzeiros de embarcar apenas hóspedes vacinados sejam importantes passos para alcançarmos patamares atingidos antes da pandemia”, finaliza.