Beatrice Teizen   |   21/07/2020 12:35
Atualizada em 21/07/2020 12:43

Clia crê na retomada de cruzeiros em 30/9 e trabalha por protocolo global

Entidade deseja implementar medidas para todas as armadoras membros, assim como para a indústria

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Clia espera implementar medidas únicas para todas as armadoras membros, assim como para a indústria
Clia espera implementar medidas únicas para todas as armadoras membros, assim como para a indústria
Afetada fortemente desde o início da pandemia do novo coronavírus, a indústria de cruzeiros vem encontrando maneiras de continuar resiliente e mitigar os impactos causados pela crise. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciou uma extensão adicional à sua "ordem de não-embarque" – que estava prevista para expirar em 24 de julho – até o dia 30 de setembro. A Clia, por sua vez, havia estendido voluntariamente a suspensão das operações nos portos norte-americanos até 15 de setembro.

Já na Alemanha, por exemplo, cruzeiros bastante restritivos, saindo e voltando para o país, sem paradas e aceitando somente alemães, retornaram, assim como na Noruega, mostrando um grande avanço no setor, mesmo que existam ainda diversas limitações. Na França, já há sinal verde para os cruzeiros fluviais e mais à frente para os demais.

“A União Europeia tem trabalhado com regulamentações, há muito diálogo na Europa, com isso estamos otimistas que os países europeus vão iniciar os cruzeiros limitados. Eles começarão de uma maneira sequencial, diferentemente em cada região, com velocidades diversificadas, enquanto cada região do mundo se torna mais confiante, mas vão recomeçar”, diz o presidente da Clia Global, Adam Goldstein, em uma live da associação realizada hoje (21).

De acordo com Goldstein, a entidade espera nas próximas semanas criar políticas unificadas e consistentes para todas as armadoras membros da associação, assim como para a indústria. A Clia está também tentando engajar em nível estratégico com o CDC para que as empresas voltem a operar assim que for possível e o presidente global acredita que na data estipulada pelo órgão (30 de setembro) a retomada com segurança poderá ser feita.
Reprodução
Adam Goldstein e Kelly Craighead, da Clia
Adam Goldstein e Kelly Craighead, da Clia

“Este é um fenômeno e desafio global, cruzeiros não são a fonte nem a causa da covid-19. No entanto, essa modalidade reúne pessoas em um local, um espaço. Por isso, o que precisamos fazer é saber os protocolos e medidas e criar técnicas para diminuir a exposição do vírus e entregar a melhor experiência possível para passageiros e tripulação. Agora que sabemos muito mais do que sabíamos em março, estou confiante de que a indústria conseguirá fazer os ajustes necessários e entregar viagens com segurança”, afirma.

BRASIL
Quanto ao Brasil, a Clia enfatizou a importância do mercado como portão de entrada para a América do Sul e que está analisando e entendendo como a pandemia de covid-19 está sendo gerenciada no País para que a temporada de cruzeiros possa acontecer.

“Estamos muito orgulhosos do trabalho que está sendo feito pela Clia Brasil. E estamos trabalhando por lá para sermos capazes de mostrar a confiança que a indústria tem de colocar a saúde pública como prioridade principal. Haverá muitas mudanças e sei que eles estão engajados nessa discussão assim como o resto do mundo”, pontua a presidente e CEO da entidade, Kelly Craighead.

PORTOS E DESTINOS

Segundo a associação, portos e destinos são dois componentes críticos para o setor. Assim como todas as outras indústrias, o aprendizado está acontecendo ao mesmo tempo e não há como ter previsibilidade. O que a Clia está fazendo na Europa, Caribe, Ásia e América do Norte é se comunicar com os portos sobre o que sabem de recomendações, mantendo uma troca de ambos os lados e engajamento para trabalhar em conjunto.

“Há vários aspectos em relação ao destino. As instalações, processo de embarcar e desembarcar passageiros, o entendimento médico e como o destino será capaz de responder, as operações governamentais... Há múltiplos aspectos diferentes entre o relacionamento de navios com portos e destinos e precisamos trabalhar juntos para operar no retorno seguro”, explica Goldstein.

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