Grupo Costa movimenta 12,6 bilhões de euros na Europa; veja números
Grupo tem forte impacto na indústria de cruzeiros europeia e, em 2018, foi responsável por criar mais de 63 mil empregos, segundo levantamento da Deloitte & Touche
O Grupo Costa, com 3,2 milhões de hóspedes em seus navios em 2018, gerou um impacto econômico total de 12,6 bilhões de euros na Europa no ano passado, criando mais de 63 mil empregos. Os números fazem parte de um levantamento realizado pela consultoria Deloitte & Touche, em parceria com a Universidade de Gênova e a Universidade de Hamburgo.
O estudo considerou três principais tipos de impacto econômico. O direto, que engloba despesas da empresa, seus passageiros e sua tripulação, e representa 38% do total, o impacto indireto, que corresponde às despesas de dez mil fornecedores e parceiros (36% do total) e o impacto sobre as atividades como os gastos e o consumo dos colaboradores, fornecedores e parceiros. Este último impacto inclui gastos com bens e serviços nos locais onde vivem e passam os navios da companhia.
Atividade de forte impacto econômico na Europa, a construção naval movimentou cerca de 4,5 bilhões de euros e gerou mais de 20 mil postos de trabalho. Os números são consequência de um plano de expansão da companhia, que terá, até 2023, sete novos navios em sua frota (dois já estão em operação).
Os gastos realizados pelos hóspedes também foram expressivos. Somando todas as visitas realizadas pelos navios da companhia, cada passageiro gastou, em média, 74,60 euros por escala. Além disso, 60% dos turistas embarcados afirmaram querer retornar aos destinos visitados, confirmando a importância do setor de cruzeiros marítimos na promoção do turismo local.
"Os cruzeiros são sinônimo de valor e riqueza para as cidades e países onde operam e cada euro gasto pelo nosso grupo, pelos nossos hóspedes ou pela nossa tripulação, tem um efeito multiplicador. Esse círculo virtuoso criado pode transformar positivamente a economia local, garantindo sua continuidade e reforçando sua estabilidade econômica", afirma o presidente da Costa Cruzeiros, Neil Palomba.
Para o executivo, o objetivo do estudo é justamente quantificar esse valor na Europa, especialmente na Itália, onde a companhia é líder e possui uma presença histórica estabelecida. “Esses números podem servir de base para que, de posse de mais informações, programas de desenvolvimento possam ser implementados com as comunidades dos portos que visitamos.”
IMPACTO POR PAÍS
Entre os países em que o Grupo Costa gera maior valor, incluindo a Costa Cruzeiros e a Aida Cruises, estão a Itália e a Alemanha. Na Itália, pátria da companhia e sua casa há mais de 71 anos, o impacto econômico foi de 3,5 bilhões de euros em 2018, com cerca de 17 mil empregos gerados. Somente na Ligúria, a presença do Grupo Costa representa 511 milhões de euros e mais de 3,2 mil empregos, sendo 1,1 mil diretos, na sede da Costa Cruzeiros e em seus três portos de embarque na região: Gênova, Savona e La Spezia.
O número de fornecedores locais também é bastante significativo. São mais de 4,7 mil empresas, incluindo o estaleiro Fincantieri e grandes marcas italianas nos setores de design, alimentos e bebidas. A Itália também está entre os principais destinos dos navios do Grupo Costa. Somente no país, os navios movimentaram 3,2 milhões de passageiros em 2018 e realizaram 852 escalas em 20 portos diferentes.
EXPECTATIVA
Para 2019, a Costa espera um aumento no número de passageiros transportados, graças ao retorno do Costa Fortuna à região. Com saídas semanais, o navio deve transportar 170 mil hóspedes a partir do porto de Gênova no próximo ano. Para 2020, a expectativa é de que sejam mais 185 mil passageiros, quando essas saídas regulares passarem a ser feitas pelo navio Costa Pacifica, com maior capacidade.
Savona é o principal porto da Costa Cruzeiros, tendo recebido 850 mil passageiros em 2018, o que acarretou numa contribuição econômica de 125 milhões de euros e 700 postos de trabalho. Com a chegada do navio Costa Smeralda, já no final de 2019, Savona deve presenciar um crescimento nos próximos anos. Para acomodar o novo navio, a Costa investiu, juntamente com a Autoridade Portuária do Oeste da Ligúria, mais de 20 milhões de euros na reestruturação do cais principal.