MSC quer investir no Brasil, mas pede melhores condições
Diretor geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli revela esperar um entendimento crescente, tanto do mercado quanto do governo, para que o segmento cresça
RIO DE JANEIRO – A chegada do MSC Seaview é um marco para o segmento de cruzeiros no País, mas ainda existem muitos problemas a serem resolvidos. Altas taxas portuárias e custos operacionais estão entre os exemplos citados pelo diretor geral da armadora no Brasil, Adrian Ursilli, que revelou esperar um governo que compactue com a evolução do mercado e facilite a operação de empresas, como a MSC, que querem investir na economia do País.
"O Brasil precisa amadurecer profissionalmente, parar de pensar em soluções imediatistas e aprender a se planejar. A experiência e a capacidade de visão para que eles vejam que estamos criando empregos e gerando renda para o País é fundamental para que não só nós, mas todo o ramo de cruzeiros evolua", afirmou Ursilli. "Não é a toa que muitas empresas internacionais deixaram de operar no Brasil".
A fala do futuro ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, no evento que levou algumas das principais lideranças e autoridades do setor turístico a bordo do Seaview traz alívio à expectativa do mercado. Segundo ele, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, aponta o Turismo como uma das prioridades em seu governo, enquanto Ursilli e o ramo de cruzeiros aguardam por menos burocracias e mais oportunidades.
A MSC, inclusive, está disposta a investir em infraestrutura para ampliar sua operação no Brasil, segundo o diretor. Já experiente no negócio de construção e desenvolvimento de terminais de cruzeiros no Exterior, a companhia busca por oportunidades. "A partir de janeiro, vamos buscar entender como fica o negócio de parcerias público-privadas para, então, chegar a alguma conversa", disse.
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