Havaí suporta impacto de vulcão e mantém ocupação alta
Nenhum hotel havaiano foi fechado, e embora as estimativas de cancelamento girassem nos 50% um mês atrás, a ocupação não chegou a cair mais que 2%
Pouco mais de um mês atrás foi reportado uma estimativa de que 50% das reservas feitas para a ilha do Havaí até julho, tanto em acomodações quanto em passeios e demais atividades, haviam sido canceladas em decorrência da erupção do vulcão Kilauea. Hoje, porém, a STR revelou os níveis de ocupação dos hotéis da região, e ao menos até o final de maio, os números se mantiveram em alta.
Os dados da empresa de pesquisa mostram que os níveis de ocupação nas ilhas de Kauai e Havaí (o vulcão fica na segunda) estavam em 73,9% na primeira semana de maio, e em 77,2% na penúltima, terminada no dia 26 daquele mês.
Os números representam, inclusive, um aumento de ocupação na comparação ano a ano nas três primeiras semanas do mês. Quedas foram registradas apenas na semana encerrada em 26 de maio, de 1,6%, além de outros 0,7% na semana encerrada em 2 de junho - ou seja, nenhuma redução acima dos 2% foi observada, muito menos próxima dos 50% estimados.
A percepção dos viajantes, porém, ainda é difícil de medir devido à proximidade da erupção, comentou a diretora sênior de consultoria e análise da STR, Alison Hoyt.
Segundo a executiva, o efeito das fissuras vulcânicas será difícil de se isolar em comparação com os furacões devido a inexistência, no Havaí, da sazonalidade comum no Caribe. “Geralmente, todas as ilhas têm uma alta ocupação. Não há tanta sazonalidade quanto outros mercados", comentou, acrescentando que, até o momento, a erupção não obrigou nenhum hotel havaiano a paralisar suas operações.