1 ano de operação: Aerticket Brasil foca em expansão e sistema próprio
CEO da empresa no País, Rui Alves conta como está a operação depois do início em 2022
Com um pouco mais de um ano de operação no Brasil, a consolidadora Aerticket Brasil, que tem Rui Alves, ex-Flytour e Gapnet, como CEO no País, vem colhendo os frutos de seu trabalho neste período. Apesar de enfrentar alguns percalços tecnológicos e precisar revisar alguns processos, a companhia está crescendo – foi de oito funcionários para 14 – e pretende finalizar 2023 45% acima do budget em vendas. Com 106 clientes ativos, o objetivo é chegar a 500 até o final do ano que vem.
Além de contar com a equipe da sede na Alemanha, o time do Brasil agora tem também à disposição João Múrias, que entrou em janeiro deste ano e atua como diretor sênior de Desenvolvimento de Negócios para América Latina, Espanha e Portugal. Português, o executivo tem extensa experiência em aviação. Começou na Tam em 2007, e por lá (Latam) ficou até dezembro de 2022, saindo para ir para a Aerticket.
“Ter o João, que fala a nossa língua e que tem todo esse histórico de companhia aérea, que entende a cultura, é muito bom. Desde junho, tivemos muitas surpresas positivas, o mercado vem nos surpreendendo e reconhecendo nossa posição. Temos um plano de cinco anos e mais investimentos em tecnologia para o próximo ano”, conta Alves.
Sistema próprio
Entre os investimentos tecnológicos está a criação de um sistema próprio da Aerticket para ser usado no Brasil. Algumas filiais da consolidadora em outros países já contam com uma plataforma proprietária, sem a intervenção e necessidade de utilizar desenvolvedores.
“Estamos satisfeitos com o que temos agora, mas um sistema nosso pode dar mais possibilidade de negócio do que o que usamos atualmente. Teremos mais conteúdo, mais abordagens para os clientes e uma experiência de uso mais amigável. Há detalhes que precisamos traduzir e adaptar para o Brasil, como as formas de pagamento, que são bem diferentes. Então, estamos no caminho para resolver isso”
Rui Alves
“Queremos trazer uma solução que seja realmente adaptada para o mercado brasileiro e não somente uma cópia traduzida do nosso sistema alemão, por exemplo. Entendemos que temos de adaptar e tecnologia leva tempo”, pontua Múrias.
Outros tipos de conteúdo
Em outros países o conteúdo oferecido pela Aerticket abrange também outros tipos, como trens e hotéis. No Brasil, a empresa começou pelo aéreo, sendo ele o foco, mas, agora, também estão inclusas opções de hotelaria, aluguel de carro e seguro viagem. Trens fora do País também entrarão em breve.
“E este tipo de transporte entra na discussão ambiental. Podemos substituir partes dos voos, especialmente aqueles pequenos de conexão, por trem. Se for muito bem integrado, se puder reservar em uma plataforma e se for ofertado, não é preciso voar 45 minutos. Pega um trem, na Europa geralmente as estações são dentro do próprio aeroporto. É uma questão ambiental e ecológica”, reforça o vice-presidente de Novos Negócios e Implementações da companhia, Wolfgang Lehr.
Expansão na América Latina
Além de um sistema próprio, a Aerticket Brasil também focará, em 2024, em uma expansão para outros países da América Latina. Seja com outros escritórios – a depender do país – ou por meio da operação pela sede em São Paulo.
“O Brasil é uma grande região, mas tem outros mercados importantes, como Argentina, Colômbia, Peru. A América Latina tem uma série de peculiaridades e estamos pensando em como colaborar, estudando diferentes opções”, conclui João Múrias.