Aos 35 anos, Ancoradouro recusou propostas de venda e bate recordes
Empresa de Campinas promete reforçar presença no Sul e Centro-Oeste em 2023
O Grupo Ancoradouro comemora este mês 35 anos, celebrados, entre outras ações, com um almoço na sede da empresa, em Campinas (SP), nesta quinta-feira, 15. Os sócios-diretores Juarez Cintra Filho, fundador da empresa, e Juarez Neto, há 29 anos trabalhando com o pai, falaram ao Portal PANROTAS sobre as conquistas dessa marca.
“Começamos com uma sala alugada, eu, Silvia (Cintra), Rosângela e Rachel (ex-sócias), tive ajuda de muitos amigos, especialmente o Goiaci (Guimarães), da Rextur, e chegamos a 2022, aos 35 anos, com o DNA de seriedade, ética e compromisso com os agentes de viagens que cultivamos desde o início”, disse Juarez Cintra, também reconhecendo a felicidade de ter encontrado em seu sucessor um grande parceiro, que ajudou a formar uma equipe, que, para ele, faz a diferença na Ancoradouro.
O grupo conta com cerca de 200 colaboradores, entre consolidadora e a operadora Mondiale by Ancoradouro, somando-se Campinas (matriz), Ribeirão Preto, São Paulo e Rio de Janeiro. Outras regiões que também contam com suporte de atendimento são Curitiba, São José dos Campos, Bauru, Londrina, Maringá, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Governador Valadares.
Confira a seguir as entrevistas com os líderes da Ancoradouro.
JUAREZ CINTRA FILHO, SÓCIO-DIRETOR E FUNDADOR
PANROTAS – Qual o balanço olhando lá para trás, quando você fundou a empresa e analisando a relevância que o grupo atingiu hoje?
JUAREZ CINTRA – O balanço é positivo. Começamos em uma salinha de 40 metros, alugada, eu a Silvia, a Rosângela e a Raquel. Fomos tocando, tivemos muita ajuda de amigos. Ancoradouro foi um consórcio de amigos, como do querido Goiaci (Guimarães) e sua equipe, como o Cássio e o Cassulino. O próprio Elói (Oliveira) no começo me ajudou muito. Eles queriam que tivesse um consolidador no interior de São Paulo e me ajudaram muito.
PANROTAS – O senhor citou dois nomes que eram ícones já na época em que a Ancoradouro apareceu, mas que venderam suas empresas e saíram do mercado. Como o senhor vê esse movimento?
JUAREZ – Eu sinto muito pela saída dos dois, pois era muito divertido ter reuniões com eles. Éramos um grupo coeso, que depois teve a adesão do Marcelo Sanovicz (que também vendeu sua empresa) e criamos o G4. Conversávamos muito e as empresas aéreas naquela época faziam as reuniões com nós quatro, para dar as condições. Hoje isso é inviável, as aéreas não querem nem duas consolidadoras na mesma sala. Sinto falta dos dois, espero continuar por muito tempo, pois amo essa minha profissão.
PANROTAS – O senhor teve proposta para vender a Ancoradouro?
JUAREZ – Tive, diversas. Não vedemos por várias razões. Primeiro, porque nunca demonstramos interesse. Segundo que o modelo que queriam nos pagar, nunca gostei. Funcionou bem com a RexturAdvance (na venda para a CVC) e foi um sucesso. Prova é que venderam por um valor e receberam quase o dobro, pois havia mais de 50% em ações. Eu não invisto meu dinheiro em ações, pois não confio em ações. Não gosto desse jogo, não tenho temperamento para esse jogo. Meu dinheiro pessoal e mesmo da empresa é tudo aplicação sem risco. As propostas que tive era tudo em ações. Não vou trocar minha empresa por ações e ainda trabalhar para me pagar. Se fosse pagar cash, pelo valor que chegaram a me oferecer, teria vendido sim. Seria uma oportunidade irrecusável. Mas daqui para frente acredito que esse tipo de movimento no Turismo (aquisições) vai ser um pouco mais demorado. Se acontecer. Veja, hoje temos a BeFly, que no meu entender é um sucesso. No começo fiquei meio assim, estavam comprando tudo, que projeto é esse? Mas agora comecei a perceber que o projeto se encaixa. Eles contrataram pessoas fantásticas, gente que entende do negócio.
PANROTAS – Por falar em gente que entende, o senhor deu “sorte” de formar e ter um sucessor que pegou gosto e conhece bem o seu negócio...
PANROTAS – E conseguiu manter esse DNA intacto há 35 anos? Afinal, são muitas as tentações do mercado...
JUAREZ – Conseguimos e isso devo muito à Silvia (Cintra, sua esposa). Mesmo fora do dia a dia da empresa nos últimos anos, ela sempre conversa com a gente sobre como é fundamental manter a ética, os valores, não fazer a venda a qualquer custo. E eu consegui passar para o Ju e para a equipe tudo isso. Lucro não vem acima de tudo, mas a empresa tem de ter lucro. Por isso a venda não pode ser a qualquer custo.
PANROTAS – E nisso, a pandemia serviu para acertar o curso da empresa...
JUAREZ – Sim. Foi muito importante a reestruturação que fizemos. Foi uma crise grave, econômica e de saúde, mas com o que fizemos saímos muito fortes da pandemia. Tomamos decisões rápidas, enxugamos o número de colaboradores, renegociamos com fornecedores. E hoje, já com as viagens a toda, temos uma empresa que vende 40% mais que antes da pandemia, com uma despesa 40% menor e também menos funcionários. A Ancoradouro é uma empresa mais eficiente e lucrativa. Essa virada foi um marco para a gente. O ano passado, 2021, havia sido o melhor ano da história da Ancoradouro em rentabilidade. Em 2022, está sendo o dobro de 2021. Hoje estamos focados nisso. Não só em vendas, mas também em rentabilidade e segurança.
PANROTAS – Falando um pouco do Ju Neto, o que ele puxou do pai, do que o senhor se orgulha mais?
JUAREZ – Bom, é a minha cópia né. Meus amigos chamam de Bob Pai e Bob Filho. É uma cópia melhorada, graças a Deus. Os dois têm TOC, gostam de tudo em ordem, organizado. E usamos isso na administração da empresa, na qualidade da gestão, no cuidado com os detalhes, atenção aos colaboradores, aos agentes de viagens. Não deixamos de atender o telefone de nenhum cliente. Gostamos muito de ouvir os agentes e saber de críticas, sugestões... Eles são nossos auditores. O Ju tem a qualidade de ter nascido mais ponderado que eu. No meu início eu era muito agressivo, reativo, explodia muito. O Ju sempre foi mais equilibrado e assim formou uma equipe e tem liderança sobre ela muito maior do que eu tive.
PANROTAS – E no que ele é completamente diferente do pai?
JUAREZ – Pão duro. O Ju é seguro. Para gastar, pensa. Ele faz cálculos, não vai no impulso. Eu sempre fui mais impulsivo. Nisso ele puxou a mãe, que sempre foi mais ponderada (com gastos).
JUAREZ NETO, SÓCIO-DIRETOR
PANROTAS – Qual o balanço de um ano que começou com ômicron, com temporada de cruzeiros suspensa, e termina com uma certa euforia, além de tarifas nas alturas?
JUAREZ NETO – 2022 foi um ano muito bom para a Ancoradouro, acredito que para todo o setor. Uma recuperação forte, dando sequência a um bom quadrimestre no final de 2021. De fato tivemos um susto por causa da ômicron em janeiro, mas a partir de fevereiro voltamos a crescer, especialmente no primeiro semestre, até julho e agosto.
PANROTAS – Mais que o segundo semestre?
JU NETO – Sim. O segundo semestre foi bom, claro, mas tivemos eleições, Copa do Mundo, que acabam atrapalhando. Mas sem dúvida 2022 fica na história.
PANROTAS – Em termos de vendas, comparando com 2019, como ficou?
JU NETO – Ajuda, tanto no nacional quanto no internacional. E acredito que deva continuar. No doméstico não vejo muito espaço para cair. Pode haver leve queda, mas sabemos que os principais custos das aéreas são em dólar. No internacional, há algum espaço, mas não muito. O internacional retomou muito forte, mas deu uma diminuída de ritmo com eleição e Copa, mas já sentimos, depois da desclassificação do Brasil, que o mercado pegou mais ritmo. Acreditamos em um final de ano bom.
PANROTAS – E o que está vendendo mais no internacional?
JU NETO – As vendas para os Estados Unidos retomaram com força. Europa também tem boa procura. A retomada dos voos foi importante, com mais oferta de voos para a Europa, mas em vendas estão equiparados.
PANROTAS – O que você espera para 2023, que não ocorreu em 2022?
JU NETO – Vai ter uma adequação do boom que tivemos em 2022. A demanda reprimida estava grande. Mas ainda vamos ter um 2023 muito bom. Ficou a lição da pandemia. Todos querem continuar viajando, a sensação é de que a vida é agora. Vamos entender como será a evolução do mercado corporativo, principalmente as pequenas e médias empresas, que é o mercado que a gente atende na consolidação. Com a mudança de governo, está tendo uma maior atenção a isso. Mas vai ser um ano muito bom para o Turismo.
PANROTAS – Em termos de investimentos da Ancoradouro o que podemos esperar?
JU NETO – Estamos com investimentos programados. Já fizemos um investimento grande na filial de São Paulo, estamos com uma estrutura bem maior para atender a demanda do mercado. E estamos olhando alguns outros mercados para aumentar também a estrutura, a força de vendas. Isso já no primeiro trimestre de 2023. Já temos executivos no Sul, estamos chegando agora em Santa Catarina, com a Clarissa, que será anunciada em breve. Vamos fortalecer e focar mais nesses mercados do Sul e também do Centro-Oeste.
Veja como foi o almoço de 35 anos do Grupo Ancoradouro, em Campinas (SP)
“Começamos com uma sala alugada, eu, Silvia (Cintra), Rosângela e Rachel (ex-sócias), tive ajuda de muitos amigos, especialmente o Goiaci (Guimarães), da Rextur, e chegamos a 2022, aos 35 anos, com o DNA de seriedade, ética e compromisso com os agentes de viagens que cultivamos desde o início”, disse Juarez Cintra, também reconhecendo a felicidade de ter encontrado em seu sucessor um grande parceiro, que ajudou a formar uma equipe, que, para ele, faz a diferença na Ancoradouro.
O grupo conta com cerca de 200 colaboradores, entre consolidadora e a operadora Mondiale by Ancoradouro, somando-se Campinas (matriz), Ribeirão Preto, São Paulo e Rio de Janeiro. Outras regiões que também contam com suporte de atendimento são Curitiba, São José dos Campos, Bauru, Londrina, Maringá, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Governador Valadares.
Confira a seguir as entrevistas com os líderes da Ancoradouro.
JUAREZ CINTRA FILHO, SÓCIO-DIRETOR E FUNDADOR
PANROTAS – Qual o balanço olhando lá para trás, quando você fundou a empresa e analisando a relevância que o grupo atingiu hoje?
JUAREZ CINTRA – O balanço é positivo. Começamos em uma salinha de 40 metros, alugada, eu a Silvia, a Rosângela e a Raquel. Fomos tocando, tivemos muita ajuda de amigos. Ancoradouro foi um consórcio de amigos, como do querido Goiaci (Guimarães) e sua equipe, como o Cássio e o Cassulino. O próprio Elói (Oliveira) no começo me ajudou muito. Eles queriam que tivesse um consolidador no interior de São Paulo e me ajudaram muito.
PANROTAS – O senhor citou dois nomes que eram ícones já na época em que a Ancoradouro apareceu, mas que venderam suas empresas e saíram do mercado. Como o senhor vê esse movimento?
JUAREZ – Eu sinto muito pela saída dos dois, pois era muito divertido ter reuniões com eles. Éramos um grupo coeso, que depois teve a adesão do Marcelo Sanovicz (que também vendeu sua empresa) e criamos o G4. Conversávamos muito e as empresas aéreas naquela época faziam as reuniões com nós quatro, para dar as condições. Hoje isso é inviável, as aéreas não querem nem duas consolidadoras na mesma sala. Sinto falta dos dois, espero continuar por muito tempo, pois amo essa minha profissão.
PANROTAS – O senhor teve proposta para vender a Ancoradouro?
JUAREZ – Tive, diversas. Não vedemos por várias razões. Primeiro, porque nunca demonstramos interesse. Segundo que o modelo que queriam nos pagar, nunca gostei. Funcionou bem com a RexturAdvance (na venda para a CVC) e foi um sucesso. Prova é que venderam por um valor e receberam quase o dobro, pois havia mais de 50% em ações. Eu não invisto meu dinheiro em ações, pois não confio em ações. Não gosto desse jogo, não tenho temperamento para esse jogo. Meu dinheiro pessoal e mesmo da empresa é tudo aplicação sem risco. As propostas que tive era tudo em ações. Não vou trocar minha empresa por ações e ainda trabalhar para me pagar. Se fosse pagar cash, pelo valor que chegaram a me oferecer, teria vendido sim. Seria uma oportunidade irrecusável. Mas daqui para frente acredito que esse tipo de movimento no Turismo (aquisições) vai ser um pouco mais demorado. Se acontecer. Veja, hoje temos a BeFly, que no meu entender é um sucesso. No começo fiquei meio assim, estavam comprando tudo, que projeto é esse? Mas agora comecei a perceber que o projeto se encaixa. Eles contrataram pessoas fantásticas, gente que entende do negócio.
PANROTAS – Por falar em gente que entende, o senhor deu “sorte” de formar e ter um sucessor que pegou gosto e conhece bem o seu negócio...
JUAREZ – Eu ia chegar nisso. Nós criamos nossa equipe, tivemos oportunidade de não precisar contratar ninguém. E a grande felicidade de ter o Ju (Juarez Neto, filho de Juarez Cintra), que veio para cá aos 17 anos, já há quase 30 anos. Ele pegou gosto, se dedica, tem a inteligência no negócio, e formamos uma equipe com profissionais excelentes e tão bons como os que eu estava elogiando na BeFly ou Rextur. Pessoas há 20, 30 anos, com o DNA da nossa empresa. Daí vem o sucesso da Ancoradouro. Hoje somos uma empresa muito sólida, capitalizada, todos escritórios próprio e com um DNA fantástico.
PANROTAS – E conseguiu manter esse DNA intacto há 35 anos? Afinal, são muitas as tentações do mercado...
JUAREZ – Conseguimos e isso devo muito à Silvia (Cintra, sua esposa). Mesmo fora do dia a dia da empresa nos últimos anos, ela sempre conversa com a gente sobre como é fundamental manter a ética, os valores, não fazer a venda a qualquer custo. E eu consegui passar para o Ju e para a equipe tudo isso. Lucro não vem acima de tudo, mas a empresa tem de ter lucro. Por isso a venda não pode ser a qualquer custo.
PANROTAS – E nisso, a pandemia serviu para acertar o curso da empresa...
JUAREZ – Sim. Foi muito importante a reestruturação que fizemos. Foi uma crise grave, econômica e de saúde, mas com o que fizemos saímos muito fortes da pandemia. Tomamos decisões rápidas, enxugamos o número de colaboradores, renegociamos com fornecedores. E hoje, já com as viagens a toda, temos uma empresa que vende 40% mais que antes da pandemia, com uma despesa 40% menor e também menos funcionários. A Ancoradouro é uma empresa mais eficiente e lucrativa. Essa virada foi um marco para a gente. O ano passado, 2021, havia sido o melhor ano da história da Ancoradouro em rentabilidade. Em 2022, está sendo o dobro de 2021. Hoje estamos focados nisso. Não só em vendas, mas também em rentabilidade e segurança.
PANROTAS – Falando um pouco do Ju Neto, o que ele puxou do pai, do que o senhor se orgulha mais?
JUAREZ – Bom, é a minha cópia né. Meus amigos chamam de Bob Pai e Bob Filho. É uma cópia melhorada, graças a Deus. Os dois têm TOC, gostam de tudo em ordem, organizado. E usamos isso na administração da empresa, na qualidade da gestão, no cuidado com os detalhes, atenção aos colaboradores, aos agentes de viagens. Não deixamos de atender o telefone de nenhum cliente. Gostamos muito de ouvir os agentes e saber de críticas, sugestões... Eles são nossos auditores. O Ju tem a qualidade de ter nascido mais ponderado que eu. No meu início eu era muito agressivo, reativo, explodia muito. O Ju sempre foi mais equilibrado e assim formou uma equipe e tem liderança sobre ela muito maior do que eu tive.
PANROTAS – E no que ele é completamente diferente do pai?
JUAREZ – Pão duro. O Ju é seguro. Para gastar, pensa. Ele faz cálculos, não vai no impulso. Eu sempre fui mais impulsivo. Nisso ele puxou a mãe, que sempre foi mais ponderada (com gastos).
JUAREZ NETO, SÓCIO-DIRETOR
PANROTAS – Qual o balanço de um ano que começou com ômicron, com temporada de cruzeiros suspensa, e termina com uma certa euforia, além de tarifas nas alturas?
JUAREZ NETO – 2022 foi um ano muito bom para a Ancoradouro, acredito que para todo o setor. Uma recuperação forte, dando sequência a um bom quadrimestre no final de 2021. De fato tivemos um susto por causa da ômicron em janeiro, mas a partir de fevereiro voltamos a crescer, especialmente no primeiro semestre, até julho e agosto.
PANROTAS – Mais que o segundo semestre?
JU NETO – Sim. O segundo semestre foi bom, claro, mas tivemos eleições, Copa do Mundo, que acabam atrapalhando. Mas sem dúvida 2022 fica na história.
PANROTAS – Em termos de vendas, comparando com 2019, como ficou?
JU NETO – Vai ser em torno de 50% acima de 2019. Mas o mais importante, principalmente porque depois da pandemia voltamos olhando outros fatores, outros pontos da empresa, é a última linha. Terminamos 2022 com o resultado quase 400% acima de 2019. Isso é muito satisfatória pra gente. Graças à reestruturação, melhoramos a qualidade da venda, o back.PANROTAS – O tíquete médio mais alto também ajudou?
JU NETO – Ajuda, tanto no nacional quanto no internacional. E acredito que deva continuar. No doméstico não vejo muito espaço para cair. Pode haver leve queda, mas sabemos que os principais custos das aéreas são em dólar. No internacional, há algum espaço, mas não muito. O internacional retomou muito forte, mas deu uma diminuída de ritmo com eleição e Copa, mas já sentimos, depois da desclassificação do Brasil, que o mercado pegou mais ritmo. Acreditamos em um final de ano bom.
PANROTAS – E o que está vendendo mais no internacional?
JU NETO – As vendas para os Estados Unidos retomaram com força. Europa também tem boa procura. A retomada dos voos foi importante, com mais oferta de voos para a Europa, mas em vendas estão equiparados.
PANROTAS – O que você espera para 2023, que não ocorreu em 2022?
JU NETO – Vai ter uma adequação do boom que tivemos em 2022. A demanda reprimida estava grande. Mas ainda vamos ter um 2023 muito bom. Ficou a lição da pandemia. Todos querem continuar viajando, a sensação é de que a vida é agora. Vamos entender como será a evolução do mercado corporativo, principalmente as pequenas e médias empresas, que é o mercado que a gente atende na consolidação. Com a mudança de governo, está tendo uma maior atenção a isso. Mas vai ser um ano muito bom para o Turismo.
PANROTAS – Em termos de investimentos da Ancoradouro o que podemos esperar?
JU NETO – Estamos com investimentos programados. Já fizemos um investimento grande na filial de São Paulo, estamos com uma estrutura bem maior para atender a demanda do mercado. E estamos olhando alguns outros mercados para aumentar também a estrutura, a força de vendas. Isso já no primeiro trimestre de 2023. Já temos executivos no Sul, estamos chegando agora em Santa Catarina, com a Clarissa, que será anunciada em breve. Vamos fortalecer e focar mais nesses mercados do Sul e também do Centro-Oeste.
Veja como foi o almoço de 35 anos do Grupo Ancoradouro, em Campinas (SP)