April Brasil: CEO dá todos os detalhes da compra da operação
Em vídeo, CEO explica como em plena pandemia a empresa de seguro viagem compra operação dos franceses
Caixa em nível recorde, liberdade operacional, maior adequação dos produtos às preferências do viajante brasileiro e relacionamento estreito com os agentes de viagens. É isso que todo o mercado pode esperar da April Brasil após os diretores nacionais da empresa comprarem a operação de seguro viagem no País, segundo seu CEO, Luiz Gustavo Costa. O anúncio foi feito nesta semana, mas as negociações ocorrem há seis meses, portanto antes da pandemia, mas ele admite que a crise tenha acelerado o bater do martelo.
O CEO afirma que se trata de um movimento natural e com precedentes para a empresa francesa, visto que já houve essa separação em outros países, principalmente na América Latina. Isso porque a matriz está abrindo mão de suas frentes de seguro, como a de viagens, para se focar apenas no segmento de saúde. E como aconteceu com os latinos, a exemplo do México, a April Brasil também deve enxugar sua operação, e se livrar de amarras, regras e globais e, com isso, ampliar o portfólio de produtos.
“Não só ampliar, mas também adaptar ao mercado brasileiro. Agora não precisaremos seguir processos e regras internacionais para rodar a operação. Adequaremos os produtos com as demandas do público daqui, principalmente em termos de cobertura”, afirma Luiz Gustavo Costa. No entanto, nem tudo foi desfeito após a compra dos brasileiros. A seguradora que fornece os produtos, Axa, se mantém, tal como toda a rede internacional de prestadores de serviço, tecnologia e suporte fornecida pelos franceses.
“Poderemos usar essa estrutura durante cinco anos, contando com a Axa como nosso principal provedor de serviço. Não temos qualquer mudança em relação à seguradora. É bom continuar com a melhor do mundo”, esclarece. “Vale lembrar que nossa central de atendimento é 100% brasileira e toda nossa operação gerenciada aqui. Não vislumbramos mudança nesse sentido. Vamos manter a operação, o dia a dia e continuar com os nossos diferenciais. A unidade do Brasil era a de melhor resultado no segmento de viagens para a April, tanto que fomos os últimos a deixar a matriz.
APORTE FINANCEIRO
Em relação ao caixa, Costa destaca a importância do aporte feito pelos “novos” investidores. “É um aporte muito importante, o que nos capacita a estarmos no melhor momento de caixa em 30 anos de empresa no Brasil”, crava o CEO, somando os tempos em que a empresa ainda era Coris. “Com uma boa saúde financeira para a operação, podemos focar em nosso negócio prioritário, nosso core business”, conclui.
JÁ TEM LANÇAMENTOS
Mudanças já imediatas na April Brasil depois do negócio dos brasileiros Claudia Brito (Comercial), Bruno Venancio (Jurídico e Compliance), Marcelo Galbe (Tecnologia e Inovação), Juliana Paschoa (Financeiro), Juçara Serrano (Operações) e Taís Mahalem (Marketing e Digital). Hoje a empresa já lança novos upgrades, coberturas e serviços, como por exemplo assistência psicológica no portfólio VIP. Mais novidades como essa podem ser esperadas pelos agentes de viagens.
“Dentro deste semestre que se inicia, vamos trazer novas assistências, novos serviços, novos produtos que serão adicionados. Não ficaremos restritos ao ato da viagem, isto é, temos uma gama de produtos adicionais que o viajante possa querer contratar, mas que não sejam necessariamente úteis apenas quando estão no destino.”
AGENTES DE VIAGENS
"Os agentes de viagens são e continuarão como nosso principal canal de distribuição. Vamos continuar com a mesma postura dos últimos 30 anos, tendo o agente como principal parceiro. Com donos brasileiros, vamos nos aproximar ainda mais deles. Temos interesse em reforçar a parceria, novos negócios, novos produtos, dando oportunidades e o foco para esse canal", conclui o CEO da April Brasil, Luiz Gustavo Costa.
Confira todos os detalhes no vídeo