Com 30 anos, Atrio quer protagonizar a 'hotelaria moderna'
A Atrio Hotel Management, até duas semanas atrás Atrio Hotéis, comemorou hoje seus 30 anos de mercado.
Chegar à terceira década é para poucos. Manter os negócios ininterruptamente é um feito para a minoria. Começar pequeno e hoje estar entre os cinco maiores operadores de hotéis é uma conquista e tanto.
A Atrio Hotel Management, até duas semanas atrás Atrio Hotéis, comemorou hoje seus 30 anos de mercado. Estabelecida em Joinville (SC), a administradora hoteleira carrega um orgulho exaltado por seus sócios e executivos da alta cúpula: iniciou e honrou todos os contratos firmados para gerir propriedades no Brasil.
De uma propriedade afastada dos grandes centros, a empresa, hoje presidida por Paulo Roberto Caputo, ou simplesmente Beto Caputo, conta com 53 propriedades abertas em território nacional, todas sob as marcas da gigante francesa Accor Hotels. Motivo de orgulho para os mais de 1,4 mil colaboradores.
Ibis, Ibis Styles, Ibis Budget, Novotel e Mercure compõem o guarda-chuva das cinco bandeiras presentes em 45 cidades e 12 Estados. Para este ano, além da abertura de mais dois hotéis – Ibis Carlos Barbosa (RS) e Ibis Itatiba (SP), a operadora espera dobrar o faturamento do ano para R$ 300 milhões nesses pouco mais três meses que restam de 2018.
Muito próxima do público corporativo, a Atrio alcançou suas conquistas graças à expertise em hotéis midscale, os chamados quatro estrelas, e os econômicos. “A operadora independente tem a melhor bandeira para cada projeto e a incorporadora tem à disposição a escolha do melhor projeto para crescer”, destacou o diretor-presidente da companhia, Roberto Caputo.
BRASIL E FRANÇA
Fiel à Accor, o profissional vê essa parceria crescer nos próximos anos. Mas esse incremento não estará limitado às bandeiras já conhecidas de seu portfólio. O que foge à regra é a administração de 17 hotéis da Doispontozero Hotéis, detentora das marcas, Arco e Zii, que passarão a ser Ibis Styles
“O nosso modelo pressupõe que haverá outras marcas”, disse ele. “O Ibis é vantajoso porque tem o investimento e retorno mais competitivo. Precisamos ser fortes [em outros segmentos] como somos no midscale. Os hotéis cinco estrelas estão muito limitados a grandes cidades...”, completou.
Para carregar o peso de um cinco estrelas, o executivo assinala que a Atrio entraria nesse negócio para administrar um “hotel ícone”, ou seja, que transmita uma história e um passado de riqueza e representatividade para o destino.
LADO B
E grandes cidades parecem ser um objetivo secundário para a marca. Como as futuras marcas já mencionadas, a Atrio chegará em até dois anos em Criciúma, Itajaí (SC), Ponta Grossa (PR), Santa Maria, Farroupilha (RS) e abriu uma propriedade em Curitiba, o Novotel Batel.
A administradora quer estar em lugares pouco ou nada povoados pela concorrência e levar consigo o nome de uma marca reconhecida internacionalmente. Com essa estratégia, quer ser protagonista do que seu diretor-presidente chama de “hotelaria moderna”.
O próximo passo da empresa será o da internacionalização. Essa expansão para outras praças já foi pensada com a mudança de nome e identidade visual. Como o Portal PANROTAS já revelou com exclusividade, a Atrio irá gerir propriedades em países vizinhos da América do Sul e pretende subir no mapa até a América do Norte, destacou o diretor de Marketing e Vendas, César Nunes.
Mais econômico em sua fala, Caputo vê com bons olhos essa possibilidade e pontua o Paraguai como um destino em potencial. “Já temos uma operação forte em Foz do Iguaçu [cidade fronteiriça ao país]. Mas nós precisamos de volume. Uma operação com dois ou três hotéis em um país não é interessante”, sugere.