Hotelaria de Salvador supera pré-pandemia em ocupação em 2024
Diária média ficou em R$ 643,11, bem acima da de 2023 (R$ 543,22), o que garantiu um Revpar de R$ 412,53
A Hotelaria de Salvador fechou o ano de 2024 com uma ocupação média de 64,15%, superior à observada no ano anterior (61,19%) e no período pré-pandemia (62,49% em 2019). A diária média ficou em R$ 643,11, bem acima da de 2023 (R$ 543,22), o que garantiu um Revpar (indicador utilizado na hotelaria que expressa a evolução da ocupação e diária) de R$412,53.
O último mês de dezembro seguiu a tendência de alta do segundo semestre com taxa de ocupação de 66,63%, maior que a do mesmo período do ano anterior (63,81%), embora abaixo da de novembro de 2024 (78,12%).
Da mesma forma, a diária média de dezembro de 2024 (R$ 752,72) ficou 15,5% acima da de dezembro de 2023 (R$ 651,75). Se retirarmos da amostra os hotéis de luxo, chega-se a uma diária de R$ 558,58 para esse último mês de 2024.
Os hotéis de lazer tiveram melhor desempenho do que os corporativos neste último mês do ano, com destaque para o polo de Itapuã-Stella Maris (77,71% de ocupação), seguido por Barra-Ondina (76,31%) e Pituba-Tancredo Neves (58,59%).
De acordo com Wilson Spagnol, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Seção Bahia – ABIH-BA, a hotelaria vem registrando procura expressiva neste verão em quase todas as 13 regiões turísticas, promovendo o aumento de contratações temporárias em quase todos os destinos.
“A hotelaria é um segmento altamente empregador, pois funciona em três turnos, absorvendo mão de obra de diferentes qualificações. Precisamos enfrentar os desafios ainda não solucionados, sobretudo na baixa estação que começa logo após o verão, para que essa mão de obra temporária possa ser efetivada”
Wilson Spagnol, presidente da ABIH-BA
Lavagem do Bonfim
A Lavagem do Bonfim é uma data estratégica para o turismo. A festa acontece no momento em que a rede hoteleira de Salvador espera uma taxa de ocupação superior a 70%.
Segundo o diretor de Comunicação e Marketing da ABIH-BA e ex-presidente da entidade, Luciano Lopes, a Lavagem do Bonfim une turismo, cultura e fé. "Temos uma das maiores festas religiosas do Brasil, que acontece há mais de dois séculos. Todos os anos, Salvador atrai centenas de milhares de baianos e turistas do mundo inteiro para curtir. A cidade não é apenas turismo de sol e praia. Nossa diversidade vai muito além, pois temos também o turismo histórico, cultural, religioso, gastronômico, de negócios e muito mais”, afirma Luciano Lopes.
Expectativas 2025
Para a vice-presidente da ABIH-BA, Liliane Pinheiro, a hotelaria está muito otimista para o ano de 2025, pois todos os polos turísticos da Bahia estão sendo muito procurados pelos viajantes que buscam o descanso de sol e praia, mas também à diversidade cultural e histórica que a Bahia oferece.
"O trade está muito confiante, pois Salvador e a Bahia como um todo têm se requalificado no que se refere a parte turística, tanto na questão corporativa, como na questão de lazer. Muita coisa nova está acontecendo. Na capital baiana temos os museus e centros culturais, enquanto que no interior temos diversas rotas turísticas, inclusive o enoturismo, que envolve as vinícolas, por exemplo em Mucugê. Então acreditamos que a força do produto turístico Bahia vai favorecer o aumento na demanda por viagens", destaca Liliane Pinheiro.
Os números do desempenho hoteleiro de Salvador aqui divulgados são frutos da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH Bahia e Brasil. O levantamento é digital e os dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. A média resultante constitui o indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.