Sintia Gomes, do Sheraton: a tecnologia facilita muito a vida dos colaboradores
Gerente-geral do Sheraton conta as principais transformações e desafios da hotelaria nos últimos 50 anos
Na edição de 50 anos da Revista PANROTAS, abordamos a evolução da hotelaria no Rio de Janeiro sob o olhar de quatro mulheres que hoje desempenham papéis essenciais em três grandes hotéis, ícones da cidade e símbolos da hospitalidade carioca. A reportagem reflete sobre as transformações sociais, econômicas e culturais pelas quais o setor passou nas últimas cinco décadas.
Nossa primeira profissional é Sintia Gomes (@sintiagom), gerente-geral do Sheraton, que começou a trabalhar na propriedade como gerente de Reservas na segunda metade da década de 1980. Naquela época, com o impulso da abertura econômica do País, o Rio de Janeiro começava a realizar eventos internacionais e a se promover novamente como destino turístico e a receber mais visitantes estrangeiros.
50 anos de transformações
“Fiquei um tempo na área de Vendas, depois fui selecionada para um treinamento nos Estados Unidos e voltei apaixonada pelas operações hoteleiras”, relata. Em 2003, tornou-se a primeira mulher brasileira a gerenciar um hotel de rede internacional, assumindo a gestão do Sheraton Porto Alegre, uma posição dominada por homens, majoritariamente estrangeiros.
Para ilustrar o quanto a hotelaria mudou nos últimos 50 anos, Sintia lembra como eram feitas as reservas na era pré-internet no Brasil. “Se o hóspede ia ficar cinco noites, você fazia cinco tracinhos ao lado do nome dele. E a loucura que era quando a chave do quarto era guardada no escaninho errado em um hotel de 538 quartos como o Sheraton?”, relembra a gerente.
De acordo com Sintia, a internet foi um marco e a tecnologia facilita muito a vida dos colaboradores e dos hóspedes. Mas as máquinas nunca vão substituir as pessoas na hotelaria, porque o contato humano é fundamental. “O hóspede quer se sentir único. E o de um hotel de alto padrão como o Sheraton Grand Rio é ainda mais exigente”, completa.
Ela também destaca a importância crescente do segmento de luxo, que cada dia mais exige para além do básico, é preciso oferecer internet de alta velocidade e televisão com os aplicativos de streaming. “Se não for além de uma cama gostosa e um ótimo chuveiro, o hotel não entrega o que o espera um hóspede que busca qualidade e requinte. E experiências. Gastronomia hoje é importantíssimo. Foi-se o tempo em que restaurante de hotel era um quebra-galho. As pessoas pensam muito mais em qualidade de vida”, conclui.
Revista PANROTAS Especial 50 anos
Esta matéria é parte integrante da Revista Especial de 50 anos da PANROTAS, onde você encontra histórias do Turismo nestas últimas cinco décadas, além de dicas e ferramentas para turbinar seu negócio.