Aliança de hotéis independentes planeja ter 300 associados no Brasil
Grupo Hotusa almeja ampliar sua atuação no País com a Keytel para além da broker Restel
Com três empresas e linhas de atuação diferentes na hotelaria, o grupo espanhol Hotusa anunciou na WTM Latin America 2024 que quer ampliar sua atuação no Brasil. Atualmente, sua empresa mais consolidadas no País é a broker Restel, que já está no mercado brasileiro há 15 anos, seu segundo mercado mais importante, atrás apenas da própria Espanha. Agora, o grupo planeja emplacar suas duas outras marcas: Keytel e Eurostars Hotel Company.
A Keytel já conta com um plano mais definido de desenvolvimento no País. Com 3,6 mil hotéis associados no mundo, a aliança de hotéis independentes conta com apenas 70 deles localizados no Brasil. Mas com convenção de associados e novo escritório em Natal, a Keytel planeja alcançar entre 250 e 300 propriedades brasileiras associadas até 2026 "com um modelo de desenvolvimento orgânico e grande nível de compromisso", segundo Alberto Barredo, diretor do Grupo Hotusa.
"Com a Keytel, conseguimos ajudar os hotéis independentes brasileiros a desenvolver suas estratégias de vendas, convencidos de que desenvolveremos venda direta, buscando sempre o equilíbrio. Venda direta não é uma solução completa, mas tem de ter um papel na estratégia do hotel. Conhecemos a operação e sabemos como ajudá-los".
Alberto Barredo, diretor do Grupo Hotusa
Dentre os 3,6 mil hotéis associados à Keytel, 1 mil estão na Espanha, 1,5 mil no restante da Europa e 1,1 mil nas Américas, Oriente Médio e Ásia. A aliança é um modelo de negócio complementar à Restel, já que a broker conta com 150 mil hotéis em sua plataforma, mas 70% de sua receita vem dos 3,6 mil hotéis da Keytel, apontou Barredo.
Desenvolvimento de hotéis no Brasil
A Eurostars Hotel Company, terceira linha de atuação do Grupo Hotusa, é uma desenvolvedora de hotéis com 260 unidades em 19 países, fundamentalmente quatro e cinco estrelas. De acordo com Barredo, aproximadamente 40% das propriedades são próprias da empresa, enquanto os 60% restantes funcionam em modelo de empréstimo a longo prazo.
O Grupo Hotusa também pretende desenvolver hotéis no Brasil, mas em um momento futuro, por ser uma "operação mais custosa", explicou o executivo.