Karina Cedeño   |   20/07/2023 12:18
Atualizada em 20/07/2023 17:18

Aviva projeta receita superior a R$ 1 bilhão neste ano

Receita bruta acumulada no primeiro semestre de 2023 foi de R$ 376 milhões


Divulgação
Alessandro Cunha, CEO da Aviva
Alessandro Cunha, CEO da Aviva

A Aviva, detentora das marcas Hot Park e dos destinos Rio Quente Resorts (GO) e Costa do Sauípe (BA), registrou, no primeiro semestre deste ano, resultados recordes e projeta receita superior a R$ 1 bilhão neste ano, um aumento de 39% em relação a 2022.

A receita bruta acumulada no primeiro semestre de 2023 teve alta de 33% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 376 milhões. O resultado líquido da Aviva teve uma virada, passando de um prejuízo de R$ 21 milhões em 2022, ainda sob os efeitos da pandemia, para um lucro de R$ 19 milhões. Só nos três primeiros meses do ano, o EBIT (lucro antes dos juros e tributos) já tinha alcançado R$ 55,1 milhões, 62% acima da projeção para o período.

Aviva Vacation Club

Parte destes bons resultados vêm do timeshare, que contempla o direito de uso de um imóvel turístico por período definido. A Aviva foi precursora do modelo de negócio no Brasil e, por meio do Aviva Vacation Club, oferece serviços exclusivos em seus destinos.

O Aviva Vacation Club manteve sua receita constante durante a pandemia. Durante todo o ano de 2022, o modelo foi responsável por um faturamento de vendas de R$ 580 milhões. Neste primeiro semestre de 2023, o clube de férias gerou R$ 346 milhões em produtos de fidelização que clientes utilizarão em suas hospedagens nos próximos anos, dependendo da duração de seus contratos, o que representa um crescimento de 45 % em relação ao mesmo período de 2022.

“Durante a pandemia, o Aviva Vacation Club nos manteve gerando uma receita constante e nos ajudando a superar o patamar de 2019 este ano, enquanto o setor projeta um crescimento mais lento”, afirma o CEO da Aviva, Alessandro Cunha. “As perdas que a pandemia causou ao setor superam os R$ 160 bilhões e a recuperação levaria cinco anos, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O timeshare, que é hoje um dos principais motores do Turismo, perdeu cerca de 63% em faturamento de 2019 para 2020 e, mesmo assim, foi o que manteve de pé diversas hoteleiras”, completa o executivo.

Não à toa, a empresa planeja novos investimentos para este segmento de “vacation ownership”, retomando o projeto de multipropriedade na Bahia – onde ficava o resort Ala Água da Costa do Sauípe – com entrega prevista para 2025, e o projeto InCasa Residence Club, em Goiás, um condomínio fechado de casas próximo ao Rio Quente Resorts.

Foco no entretenimento

Outro destaque entre os resultados vem do eixo central da Aviva: o entretenimento. O parque aquático Hot Park impulsionou os números. Além do tíquete médio maior, o lançamento de uma nova atração radical chamada Turbilhados impulsionou os números da companhia. Foi o melhor mês de janeiro para o parque aquático desde sua abertura, em 1997.

Neste contexto, a companhia tem realizado uma série de investimentos nos últimos anos. No Turbilhados foram R$ 31 milhões e, para 2023, o investimento no parque – que, junto com Rio Quente Resorts, recebe cerca de 1,5 milhão de pessoas por ano, entre hóspedes e visitantes – deve ser de cerca de R$ 50 milhões, já começando a definir suas áreas temáticas. Esse processo começou com o Turbilhados, em janeiro, e seguiu com a inauguração do restaurante temático Maraé, em maio, que recebeu o aporte de cerca de R$ 6 milhões.

Na Costa do Sauípe, já foram investidos mais de R$ 100 milhões desde sua aquisição em 2018, incluindo mudanças estruturais e a criação de experiências para hóspedes, indo de opções de lazer a uma reformulação gastronômica e há previsão de aplicação de aproximadamente a mesma cifra para o futuro próximo. Além disso, já está em fase de projeto executivo, no destino, o Hot Park Baía das Tartarugas, que terá uma narrativa conectado com a conexão do complexo com o Projeto Tamar para preservação das tartarugas marinhas.

O investimento na hotelaria também já começa a render resultados, com ocupação média acima da que foi projetada para o primeiro semestre de 2023. A demanda consolidada de clientes do Rio Quente Resorts, Hot Park e Costa do Sauípe subiu cerca de 20% em relação ao mesmo período de 2022. Após concluir o “retrofit” do hotel Grand Premium Brisa, na Costa do Sauípe, a Aviva já tem em seu radar reformas em outro hotel do complexo baiano, que recebe anualmente, cerca de 700 mil hóspedes, além de melhorias nos hotéis de Rio Quente Resorts.


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