Filip Calixto   |   12/06/2023 13:51
Atualizada em 12/06/2023 15:15

Resorts brasileiros apresentam maior alta desde 2019; veja dados

Enquanto a ocupação subiu 14%, a rentabilidade por apartamento ocupado cresceu mais de 30%


Divulgação/Transamerica Comandatuba
O levantamento leva em consideração números colhidos em aproximadamente 30 resorts que reúnem 17.122 quartos
O levantamento leva em consideração números colhidos em aproximadamente 30 resorts que reúnem 17.122 quartos

Instalados em cidades de praia ou no campo, os resorts brasileiros tiveram um começo de ano promissor. Números da 7ª edição do Radar Resorts Brasil, divulgado pela Resorts Brasil, mostram que esse tipo de empreendimento apresentou alta em todos os índices no fechamento do primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo período em 2019, antes da pandemia, os principais destaques foram a ocupação média, que subiu 14%, e os crescimentos TrevPOR (33%) e TravPAR (52%), que são índices que medem, respectivamente, a receita total por apartamento ocupado e a receita total por apartamento disponível.

O relatório, que faz comparações com o desempenho dos últimos quatro anos, foi elaborado em parceria com JLL, myHotel, Senac-SP e STR Global.

A análise geral do levantamento mostra ainda uma trajetória de crescimento consistente desde 2022, após a queda significativa de 2020, com a pandemia, e as primeiras tentativas de recuperação, em 2021.

A taxa de ocupação de quartos atual desses empreendimentos, que chegou a ser de 24% em março de 2020, fechou o trimestre em 66%. Ao passo que a receita gerada por apartamento ocupado nos três primeiro meses do ano é de R$ 1.222.

Quando se observa os diferentes tipos de empreendimentos, o relatório mostra que os resorts situados no interior cresceram mais em ocupação, enquanto as propriedades de praia rentabilizaram melhor suas vendas. Os resorts de interior aumentaram em 21% sua ocupação, já a receita gerada por apartamento subiu 40%, indo para R$ 1.017 por unidade habitacional. No caso das unidades de praia, a ocupação cresceu 9%, mas a receita por quarto aumentou 72%, chegando a R$ 1.474 por apartamento.

Na avaliação da associação, tal cenário reforça a importância dos resorts se atentarem para a eficiência operacional. "Os indicadores operacionais apresentados no Radar em parceria com a JLL mostram que os resorts têm conseguido ser mais eficientes no controle de custos, melhorando seus índices.

Vale lembrar que o levantamento leva em consideração números colhidos em aproximadamente 30 resorts e 17.122 quartos.

DADOS DE REPUTAÇÃO

Em relação aos dados de reputação on-line de resorts, oferecidos pela myHotel, a Resorts Brasil conclui que as propriedades analisadas tiveram um primeiro trimestre interessante, conseguindo melhorar a percepção de qualidade de serviços.

"O Radar Resorts Brasil tem se tornado uma ferramenta essencial para tomada de decisões e análises estratégicas por parte dos profissionais do setor hoteleiro. Observamos cada vez mais associados participando do compartilhamento de dados e trabalhando de forma cooperativa pelo desenvolvimento do setor. Esperamos seguir aperfeiçoando nosso informativo e ajudando os resorts em suas análises e estratégias", afirma a gerente executiva da entidade, Juliana Salles.

OFERTA FUTURA

O estudo também identifica as novidades de mercado e os possíveis projetos que ampliarão o setor. Segundo informa o relatório, foram identificados que, atualmente, há dez projetos futuros de resorts, com 2,6 mil novos quartos.

Oito deles ficarão em praias do Nordeste, sendo que dois têm previsão de abertura até 2023, dois até 2024 e quatro até 2025. Os outros dois projetos apontados ficam no interior do Sudeste e têm inaugurações previstas para até 2024.

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