Da Redação   |   10/11/2022 15:53
Atualizada em 10/11/2022 15:54

RIW: inteligência de dados é essencial para o futuro da hotelaria

Na TurisTech Zone, o assunto do segundo dia de Rio Innovation Week foi hotelaria

Por Carla Lencastre, especial para a PANROTAS

O segundo dia da Rio Innovation Week, realizada esta semana no Píer Mauá, no Centro do Rio de Janeiro, começou ensolarado. Foi uma boa oportunidade para os milhares de participantes de fora da cidade apreciarem o belo panorama da Baía de Guanabara com a Ponte Rio-Niterói ao fundo. Na TurisTech Zone, área do evento voltada para inovações no Turismo, a hotelaria foi o tema predominante ao longo do dia.

PANROTAS / Marluce Balbino
Ana Biseli Aidar, da Resorts Brasil
Ana Biseli Aidar, da Resorts Brasil
Um dos principais destaques foi o painel “Inovação na hotelaria: presente e futuro”, sobre inteligência de dados, mediado por Juliana Bettini, especialista em turismo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O debate reuniu Patricia Zulato, country manager da STR, empresa americana especializada em business intelligence para hotelaria há mais de três décadas no mercado, presente há dez anos no Brasil; Flavia Zülcke, CMO da Rede Deville, que administra, entre outras propriedades, o Marriott São Paulo Airport (e estará à frente do novo Westin São Paulo), e Ana Biseli Aidar, presidente da Resorts Brasil.

"Com a pandemia, a coleta análise de dados na hotelaria ficou ainda mais importante”, destacou Patricia Zulato. “Como acompanhamos a hotelaria internacional, conseguimos trazer um panorama mais amplo para os hoteleiros brasileiros. É preciso usar dados confiáveis para tomar decisões. Inteligência de dados é um investimento, tanto da empresa quanto dos próximos colaboradores. Entender os dados posiciona o funcionário em outro patamar”.

Para Flavia Zülcke, business intelligence é ainda mais fundamental em um universo em transformação como o da hotelaria: “Precisamos de um banco de dados bem abastecido para que a tomada de decisões seja rápida. Os hotéis administrados pela Deville sempre foram voltados para o público corporativo. Com a pandemia, percebemos um aumento significativo no número de crianças. Em alguns, a quantidade de famílias dobrou. A análise de dados tem que ser ágil para deixarmos uma melhor impressão no cliente. Sei que meu público está mudando, mas de onde ele chega? O que consome? As ferramentas já existem, mas as análises ainda são incipientes. Podemos melhorar muito e incrementar os serviços.”

Ana Biseli Aidar lembrou que a Resorts Brasil tem um e-book sobre o tema. O material foi lançado em parceria com o Centro de Estudo de Marketing Digital da Escola de Administração de Empresa do Estado de São Paulo da FGV (Fundação Getulio Vargas Eaesp), na WTM Latin America passada. "O e-book 'A gestão da jornada do viajante' traz sugestões digitais. Existe um esforço grande dos resorts brasileiros para trabalhar com inovações em um contexto que está transformando os negócios. O grande desafio é manter a capacitação contínua. Hoje vemos novas funções na hotelaria, como cientistas de dados, para gerir melhor. Já tivemos avanços tecnológicos importantes, mas ainda é pouco quando se fala de inovação".

Também no segundo dia de RIW, a gestora da Resorts Brasil mediou um painel com Heber Garrido, do Hot Beach, e Alessandre Marcelino, gerente de TI do mesmo complexo.

PANROTAS / Marluce Balbino
Heber Garrido, do Hot Beach
Heber Garrido, do Hot Beach
Eles lembraram que Olímpia se transformou em polo turístico depois da descoberta de águas termais e hoje reúne dois parques aquáticos entre os mais visitados da América Latina. A cidade é também considera a “capital nacional do folclore”, ainda que este título seja pouco explorado turisticamente. Diante da ampla oferta hoteleira da cidade, a estratégia do Hot Beach é se firmar principalmente como hub de entretimento, com a hospitalidade como meio.

"Nossos hotéis são integrados ao parque e trabalhamos com marcas nas quais acreditamos do ponto de vista socioambiental”, destacou Garrido. “Isso é fundamental para se falar sobre inovação. Do lado tecnológico, há oportunidades com o sistema de multipropriedades", completou.

Alessandre Marcelino complementou: "É preciso quebrar de uma vez por todas as barreiras entre Turismo e tecnologia. São duas áreas que têm tudo a ver uma com a outra. Estamos comprometidos em investir em tecnologia para conservar o meio ambiente, com controles de água e temperatura, por exemplo, e para melhor a experiência dos hóspedes e dos visitantes".

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