Accor foca em lazer e lifestyle e vê 2021 com otimismo no Brasil
Em coletiva de imprensa on-line, empresa apresentou os principais resultados do ano passado e as novidades
Com um 2020 marcado pela palavra resiliência e um 2021 com foco na recuperação, a Accor apresentou hoje (25) os principais resultados do ano passado e as novidades para este e os próximos anos. A pandemia de covid-19 continua e as restrições de viagens são muitas, mas com a vacinação em vista, a empresa está otimista.
“O primeiro segmento que vemos recuperar é o domestico e essa é uma vantagem da América do Sul, uma região onde 75% a 80% dos negócios são no mercado nacional. Sabemos que o grosso do setor corporativo ainda vai demorar, algo de 12 a 15 meses, mas muitos dos nossos hóspedes são de pequenas e medias empresas, de negócios locais, então já vemos algum movimento corporativo em nossos hotéis”, conta o CEO da rede para América do Sul, Thomas Dubaere.
IMPACTO NA RECEITA
A companhia registrou, globalmente, em 2020, uma queda de 62% no RevPAR, uma diminuição de 55% na receita – totalizando 1,62 bilhão de euros – e um EBITDA negativo em 391 milhões de euros. Na América do Sul, houve uma contração de 61,9% no RevPAR e uma receita de 76 milhões de euros. Depois de muitos meses de paralisação quase que total, 90% dos hotéis da rede na região reabriram, com todos os protocolos de higiene e segurança.
ABERTURAS SE MANTIVERAM
Apesar da crise sem precedentes, a empresa conseguiu manter o ritmo de aberturas e de assinaturas. Foram 29 mil quartos e 205 hotéis abertos em 2020 – sendo 12 mil (40% do total) na China. Outros 50 mil novos apartamentos e 287 propriedades foram assinadas.
Na América do Sul, hoje, são 393 hotéis em operação e 62 mil quartos. O pipeline da rede conta com 97 unidades e 13,5 mil apartamentos, o que garante um crescimento para os próximos dois a três anos. Além disso, foram abertos 14 novos hotéis e 1,8 mil quartos em todos os segmentos, sendo 10% no luxo, 10% no midscale e 80% na categoria eco.
“Franquias também fazem parte do nosso plano estratégico e, no ano passado, assinamos 13 contratos, sendo, então, 13 hotéis e 1.565 quartos. Crescemos 18% em gerenciamento de propriedades e 82% em franqueamento”, comenta o vice-presidente de Desenvolvimento de Novos Negócios para América do Sul, Abel Castro.
LIFESTYLE
A Accor vem apostando fortemente no segmento de lifestyle, com o número de inaugurações de hotéis previsto para triplicar até 2023. Do total da oferta de quarto global, 2% são de marcas de estilo de vida, com um crescimento de 10% visto nos últimos anos.
“Uma das maiores mudanças em 2020 foi a parceria com a Ennismore, na qual construímos um segmento de lifestyle de mais de 13 marcas, divididas em midscale & economy e upscale & luxury. Investimentos para ter 25% do crescimento do pipeline focado em lifestyle, globalmente. São marcas, como Faena, SLS, Delano, Gleneagles, Mondrian, Mama Shelter, entre outras”, conta Dubaere.
INAUGURAÇÕES
Para março de 2021 a Accor está preparando o lançamento do By Mercure Olympia, em Olímpia (SP), o primeiro hotel da marca no mundo. O resort, atrelado a lazer, terá mais de 400 quartos.
“Buscamos, com essa marca, trazer conversões de hotéis independentes, de produtos bem localizados e de boa qualidade, para que façam parte do nosso ecossistema. Ele receberá o endosso By Mercure, terá acesso a nossa plataforma de distribuição, aos manuais de franquia e terá um tempo para se adaptar à nova marca”, explica Castro.
Também em São Paulo está o Novotel São Paulo Jardins, inaugurado neste mês. A conversão do hotel, localizado na Alameda Campinas, no bairro dos Jardins, já aconteceu e o hotel passará por alguns novos ajustes.
Outras novidades em termos de hotéis são o JO&JOE Largo do Boticário, no Rio de Janeiro, com 350 camas, previsto para o quarto trimestre; o Costaneiro Hotel, em Montevidéu (Uruguai), sob a bandeira M Gallery, com 92 quartos, programado para o segundo trimestre; o SLS Buenos Aires, na Argentina, que contará com 180 apartamentos e teve seu lançamento adiado por conta da pandemia, mas abrirá no segundo trimestre; o Sofitel Baru, em Cartagena, na Colômbia, com abertura no segundo trimestre e que terá 187 quartos; e o Faena Buenos Aires, de 88 apartamentos e abertura prevista também para o segundo trimestre.
SERVIÇOS DIGITAIS E TECNOLOGIA
Além disso, a Accor vem focando em serviços digitais e inovação em tecnologia. Com a pandemia, foi necessário implementar serviços para reduzir o contato, como a digitalização da papelaria nos hotéis, ferramenta Whatsapp para comunicação entre equipe e hóspedes, easy check in e check out e a chave digital, que chegará ao primeiro hotel na região ainda no primeiro trimestre e terá uma implementação massiva ao longo deste ano e do ano que vem.
Com foco na necessidade dos eventos híbridos e virtuais, a empresa fez uma parceria com a Microsoft para lançar o All Connect, um novo conceito com suporte do Microsoft Teams que oferecerá reuniões físicas e digitais aos hóspedes em todo o mundo.
Atualmente, 55% dos hotéis Accor com salas de reunião já oferecem soluções de reuniões híbridas, por enquanto, para pequenos encontros, de duas a 50 pessoas, mas a ideia é expandir até 2022 para todos os espaços, incluindo os maiores. Mais de 800 salas na América do Sul possuem a tecnologia.
MUDANÇAS QUE PERMANECERÃO
Diante da crise, a indústria inteira de Turismo precisou se reinventar, aplicar novos serviços e protocolos e alterar muitas das coisas que vinha fazendo. Algumas das mudanças são pontuais, outras continuarão diante das novas mudanças.
“Segurança é a número 1, manteremos esse foco daqui para frente. Além disso, 20% do nosso negócio corporativo desaparecerá, porque pequenas reuniões se manterão virtuais, não teremos mais tantas viagens, então será uma parcela que perderemos. Já estamos vendo um crescimento no segmento de lazer, por isso, temos de olhar para mais destinos de passeio, de praia, montanhas, os clientes querem estar mais na natureza”, pontua o CEO.
Outra ambição do companhia é o crescimento do modelo de franquias, com mais da metade dos hotéis no continente latino-americano sendo franqueada em um ou dois anos. Marcas de lifestyle também serão cada vez mais importantes, com bandeiras adicionais nos planos do futuro.
“O foco para a América do Sul é que temos um potencial de dobrar nosso negócio, 70% dos hotéis são independentes, por isso temos o desejo de duplicar as 39 propriedades já existentes nos próximos cinco ou dez anos”, finaliza.
“O primeiro segmento que vemos recuperar é o domestico e essa é uma vantagem da América do Sul, uma região onde 75% a 80% dos negócios são no mercado nacional. Sabemos que o grosso do setor corporativo ainda vai demorar, algo de 12 a 15 meses, mas muitos dos nossos hóspedes são de pequenas e medias empresas, de negócios locais, então já vemos algum movimento corporativo em nossos hotéis”, conta o CEO da rede para América do Sul, Thomas Dubaere.
IMPACTO NA RECEITA
A companhia registrou, globalmente, em 2020, uma queda de 62% no RevPAR, uma diminuição de 55% na receita – totalizando 1,62 bilhão de euros – e um EBITDA negativo em 391 milhões de euros. Na América do Sul, houve uma contração de 61,9% no RevPAR e uma receita de 76 milhões de euros. Depois de muitos meses de paralisação quase que total, 90% dos hotéis da rede na região reabriram, com todos os protocolos de higiene e segurança.
ABERTURAS SE MANTIVERAM
Apesar da crise sem precedentes, a empresa conseguiu manter o ritmo de aberturas e de assinaturas. Foram 29 mil quartos e 205 hotéis abertos em 2020 – sendo 12 mil (40% do total) na China. Outros 50 mil novos apartamentos e 287 propriedades foram assinadas.
Na América do Sul, hoje, são 393 hotéis em operação e 62 mil quartos. O pipeline da rede conta com 97 unidades e 13,5 mil apartamentos, o que garante um crescimento para os próximos dois a três anos. Além disso, foram abertos 14 novos hotéis e 1,8 mil quartos em todos os segmentos, sendo 10% no luxo, 10% no midscale e 80% na categoria eco.
“Franquias também fazem parte do nosso plano estratégico e, no ano passado, assinamos 13 contratos, sendo, então, 13 hotéis e 1.565 quartos. Crescemos 18% em gerenciamento de propriedades e 82% em franqueamento”, comenta o vice-presidente de Desenvolvimento de Novos Negócios para América do Sul, Abel Castro.
LIFESTYLE
A Accor vem apostando fortemente no segmento de lifestyle, com o número de inaugurações de hotéis previsto para triplicar até 2023. Do total da oferta de quarto global, 2% são de marcas de estilo de vida, com um crescimento de 10% visto nos últimos anos.
“Uma das maiores mudanças em 2020 foi a parceria com a Ennismore, na qual construímos um segmento de lifestyle de mais de 13 marcas, divididas em midscale & economy e upscale & luxury. Investimentos para ter 25% do crescimento do pipeline focado em lifestyle, globalmente. São marcas, como Faena, SLS, Delano, Gleneagles, Mondrian, Mama Shelter, entre outras”, conta Dubaere.
INAUGURAÇÕES
Para março de 2021 a Accor está preparando o lançamento do By Mercure Olympia, em Olímpia (SP), o primeiro hotel da marca no mundo. O resort, atrelado a lazer, terá mais de 400 quartos.
“Buscamos, com essa marca, trazer conversões de hotéis independentes, de produtos bem localizados e de boa qualidade, para que façam parte do nosso ecossistema. Ele receberá o endosso By Mercure, terá acesso a nossa plataforma de distribuição, aos manuais de franquia e terá um tempo para se adaptar à nova marca”, explica Castro.
Também em São Paulo está o Novotel São Paulo Jardins, inaugurado neste mês. A conversão do hotel, localizado na Alameda Campinas, no bairro dos Jardins, já aconteceu e o hotel passará por alguns novos ajustes.
Outras novidades em termos de hotéis são o JO&JOE Largo do Boticário, no Rio de Janeiro, com 350 camas, previsto para o quarto trimestre; o Costaneiro Hotel, em Montevidéu (Uruguai), sob a bandeira M Gallery, com 92 quartos, programado para o segundo trimestre; o SLS Buenos Aires, na Argentina, que contará com 180 apartamentos e teve seu lançamento adiado por conta da pandemia, mas abrirá no segundo trimestre; o Sofitel Baru, em Cartagena, na Colômbia, com abertura no segundo trimestre e que terá 187 quartos; e o Faena Buenos Aires, de 88 apartamentos e abertura prevista também para o segundo trimestre.
SERVIÇOS DIGITAIS E TECNOLOGIA
Além disso, a Accor vem focando em serviços digitais e inovação em tecnologia. Com a pandemia, foi necessário implementar serviços para reduzir o contato, como a digitalização da papelaria nos hotéis, ferramenta Whatsapp para comunicação entre equipe e hóspedes, easy check in e check out e a chave digital, que chegará ao primeiro hotel na região ainda no primeiro trimestre e terá uma implementação massiva ao longo deste ano e do ano que vem.
Com foco na necessidade dos eventos híbridos e virtuais, a empresa fez uma parceria com a Microsoft para lançar o All Connect, um novo conceito com suporte do Microsoft Teams que oferecerá reuniões físicas e digitais aos hóspedes em todo o mundo.
Atualmente, 55% dos hotéis Accor com salas de reunião já oferecem soluções de reuniões híbridas, por enquanto, para pequenos encontros, de duas a 50 pessoas, mas a ideia é expandir até 2022 para todos os espaços, incluindo os maiores. Mais de 800 salas na América do Sul possuem a tecnologia.
MUDANÇAS QUE PERMANECERÃO
Diante da crise, a indústria inteira de Turismo precisou se reinventar, aplicar novos serviços e protocolos e alterar muitas das coisas que vinha fazendo. Algumas das mudanças são pontuais, outras continuarão diante das novas mudanças.
“Segurança é a número 1, manteremos esse foco daqui para frente. Além disso, 20% do nosso negócio corporativo desaparecerá, porque pequenas reuniões se manterão virtuais, não teremos mais tantas viagens, então será uma parcela que perderemos. Já estamos vendo um crescimento no segmento de lazer, por isso, temos de olhar para mais destinos de passeio, de praia, montanhas, os clientes querem estar mais na natureza”, pontua o CEO.
Outra ambição do companhia é o crescimento do modelo de franquias, com mais da metade dos hotéis no continente latino-americano sendo franqueada em um ou dois anos. Marcas de lifestyle também serão cada vez mais importantes, com bandeiras adicionais nos planos do futuro.
“O foco para a América do Sul é que temos um potencial de dobrar nosso negócio, 70% dos hotéis são independentes, por isso temos o desejo de duplicar as 39 propriedades já existentes nos próximos cinco ou dez anos”, finaliza.