Juliana Monaco   |   25/09/2020 14:57

Hotéis de luxo estão sofrendo golpes on-line, alerta BLTA

Dos 39 empreendimentos associados, somente dois não foram vítimas de golpes no Facebook e Instagram


Emerson Souza
Simone Scorsato, diretora executiva da BLTA
Simone Scorsato, diretora executiva da BLTA
Com o aumento do uso das redes sociais pelas empresas durante a pandemia, cibercriminosos passaram a criar perfis falsos para aplicarem golpes por meio da obtenção indevida de dados dos seguidores de hotéis e pousadas. De acordo com a diretora executiva da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), Simone Scorsato, os fraudadores estão atuando em todo o País e, dos 39 empreendimentos associados, somente dois não foram vítimas de golpes no Facebook e Instagram.

"Isso não é uma situação exclusiva da BLTA, outras associação de hotelaria e Turismo relatam o mesmo problema. No grupo de WhatsApp dos membros da BLTA, se tornou frequente os relatos de contas fakes e pedidos de denúncia", explica Simone. Embora não exista uma estatística atual, há indícios de que o número de vítimas de golpes de clonagem de WhatsApp já ultrapassa três milhões de usuários no Brasil em 2020, segundo previsão do Psafe - laboratório especializado em segurança digital.

Alguns dos empreendimentos já foram vítimas de fraude mais de uma vez, como a Pousada Estrela D'Água, em Trancoso (BA), que teve duas contas falsas criadas com seu nome que ofereciam sorteios diários. No Estado de São Paulo, os hotéis Unique e Unique Garden lutam para excluir cinco perfis fakes ainda ativos no Instagram. Todos já foram denunciados, mas os porta-vozes da plataforma afirmam que as contas falsas não ferem suas diretrizes.

No Ceará, o Rancho do Peixe teve seu perfil clonado três vezes. Em todos os casos, o hotel orientou seus seguidores a não compartilharem nenhum dado pessoal e a solicitarem a imediata denúncia da conta fake. Na capital fluminense, o Janeiro Hotel teve seu perfil clonado quatro vezes. Segundo o CEO da propriedade, Carlos Werneck, há uma necessidade de tornar público esses golpes cujo objetivo é o mesmo: usar o perfil falso para pedir informações pessoais dos seguidores para clonarem o WhatsApp e, assim, extorquir dinheiro da lista de contatos.

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