Atrio reabre seus 55 hotéis e já tem unidades com lucro operacional
Rede tem 55 empreendimentos geridos e deve abrir mais cinco até o final do ano.
A Atrio Hotel Management, empresa gestão hoteleira e incorporação, está, aos poucos, virando a página da crise gerada pela pandemia. A rede, que tem mais de 30 anos de atuação nesse mercado, terá seus 55 empreendimentos reabertos até o final do mês e prevê fechar 2020 com 60 unidades administradas. Nos empreendimentos que já voltaram ao atendimento, há casos de resultados surpreendentemente positivos e lucro operacional capaz de cobrir os prejuízos da inatividade recente.
"Nosso movimento de reabertura começou em junho e em cerca de 15 hotéis já obtivemos resultados positivos, com lucro operacional real", relata o presidente da companhia, Paulo Roberto Caputo. Como exemplo positivo, o executivo cita o Ibis Porto Alegre Aeroporto, que, com a volta das operações, já conseguiu recuperar as perdas dos últimos meses e voltar a pagar os investidores da propriedade.
O caso do Ibis da capital gaúcha revela a conjuntura que pode fazer um hotel se recuperar de maneira mais ágil. Posicionamento do hotel, movimentação da cidade e localização influenciam nessa equação. De acordo com o presidente da Atrio, os empreendimentos localizados em mercados consolidados estão à frente nesse corrida na direção da recuperação. "Em mercados que vinham bem antes da crise, chegar ao equilíbrio pode ser mais rápido. Já em destinos que ainda estavam em consolidação esse processo pode demorar mais", aposta. "Claro, não estamos falando de patamares que tínhamos antes da crise mas de um bom direcionamento", ressalva.
Mais um fator que conta no caminho pavimentado para a recuperação, segundo o gestor, é a força das marcas que a rede representa e o tipo de púlbico que elas atendem. Quase a totalidade dos empreendimentos da empresa é parte do portfólio da francesa Accor. A maior parte é da franquia Ibis, que é de hotéis econômicos e voltados ao segmento corporativo. Mas há também hotéis das bandeiras Novotel e Mercure, igualmente especializada no atendimento ao público executivo.
O esforço para a volta das operações se soma ao desejo por novos negócios. Mesmo afetada pela crise, a rede não paralisou nenhum dos seus projetos de abertura e ainda assumiu unidades, aumentando seu inventário. Na semana passada, a empresa assumiu a operação de um hotel Ibis em Vitória. " O que tivemos de alteração foi um atraso de obra na construção de um Ibis Styles em Porto Alegre", lembra Caputo. Os planos da rede seguem prevendo mais três aberturas neste trimestre.
AÇÃO RÁPIDA
A possibilidade de voltar bem, segundo lembra o líder da Atrio, foi construída a partir de ações rápidas tomadas assim que as notícias de chegada da pandemia no Brasil começaram a aparecer. Caputo recorda que, assim que meios de hospedagem começaram a interromper suas operações, a rede aderiu. Fechou todos os hotéis e colocou sua força de trabalho em férias coletivas.
Em um segundo momento, a ação foi a adesão às medidas provisórias disponibilizadas para o setor com as possibilidades de redução de jornada e vencimentos dos colaboradores. "Assim preservamos o caixa e minimizamos as perdas que eram inevitáveis", conta.
A compreensão de fornecedores e investidores nesse momento também foi fundamental. "A maioria dos investidores e fornecedores foi muito parceira. As pessoas estão vendo o que acontece e quando notam seriedade no trato eles entendem", considera.
Caputo afirma que o objetivo agora é continuar melhorando os resultados e voltar a honrar os compromissos financeiros dos hotéis. "Apesar da incerteza em volta do fim da pandemia, a sensação é que os negócios vão retornar mais rápido que o previsto, principalmente para quem não dependia tanto do mercado internacional. Devemos ter uma volta positiva com bastante apoio do Turismo doméstico", finaliza.
"Nosso movimento de reabertura começou em junho e em cerca de 15 hotéis já obtivemos resultados positivos, com lucro operacional real", relata o presidente da companhia, Paulo Roberto Caputo. Como exemplo positivo, o executivo cita o Ibis Porto Alegre Aeroporto, que, com a volta das operações, já conseguiu recuperar as perdas dos últimos meses e voltar a pagar os investidores da propriedade.
O caso do Ibis da capital gaúcha revela a conjuntura que pode fazer um hotel se recuperar de maneira mais ágil. Posicionamento do hotel, movimentação da cidade e localização influenciam nessa equação. De acordo com o presidente da Atrio, os empreendimentos localizados em mercados consolidados estão à frente nesse corrida na direção da recuperação. "Em mercados que vinham bem antes da crise, chegar ao equilíbrio pode ser mais rápido. Já em destinos que ainda estavam em consolidação esse processo pode demorar mais", aposta. "Claro, não estamos falando de patamares que tínhamos antes da crise mas de um bom direcionamento", ressalva.
Mais um fator que conta no caminho pavimentado para a recuperação, segundo o gestor, é a força das marcas que a rede representa e o tipo de púlbico que elas atendem. Quase a totalidade dos empreendimentos da empresa é parte do portfólio da francesa Accor. A maior parte é da franquia Ibis, que é de hotéis econômicos e voltados ao segmento corporativo. Mas há também hotéis das bandeiras Novotel e Mercure, igualmente especializada no atendimento ao público executivo.
O esforço para a volta das operações se soma ao desejo por novos negócios. Mesmo afetada pela crise, a rede não paralisou nenhum dos seus projetos de abertura e ainda assumiu unidades, aumentando seu inventário. Na semana passada, a empresa assumiu a operação de um hotel Ibis em Vitória. " O que tivemos de alteração foi um atraso de obra na construção de um Ibis Styles em Porto Alegre", lembra Caputo. Os planos da rede seguem prevendo mais três aberturas neste trimestre.
AÇÃO RÁPIDA
A possibilidade de voltar bem, segundo lembra o líder da Atrio, foi construída a partir de ações rápidas tomadas assim que as notícias de chegada da pandemia no Brasil começaram a aparecer. Caputo recorda que, assim que meios de hospedagem começaram a interromper suas operações, a rede aderiu. Fechou todos os hotéis e colocou sua força de trabalho em férias coletivas.
Em um segundo momento, a ação foi a adesão às medidas provisórias disponibilizadas para o setor com as possibilidades de redução de jornada e vencimentos dos colaboradores. "Assim preservamos o caixa e minimizamos as perdas que eram inevitáveis", conta.
A compreensão de fornecedores e investidores nesse momento também foi fundamental. "A maioria dos investidores e fornecedores foi muito parceira. As pessoas estão vendo o que acontece e quando notam seriedade no trato eles entendem", considera.
Caputo afirma que o objetivo agora é continuar melhorando os resultados e voltar a honrar os compromissos financeiros dos hotéis. "Apesar da incerteza em volta do fim da pandemia, a sensação é que os negócios vão retornar mais rápido que o previsto, principalmente para quem não dependia tanto do mercado internacional. Devemos ter uma volta positiva com bastante apoio do Turismo doméstico", finaliza.