ABIH-MG registra fechamento de 65% dos hotéis no Estado
Segundo a ABIH-MG, a estimativa é que 4.500 funcionários do setor sejam demitidos em todo o Estado.
Um balanço feito pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG) revelou que, até o momento, 42 hotéis suspenderam suas atividades, o que representa 32% do total de 132 meios de hospedagem da cidade. Segundo a associação, a estimativa é de que 1.800 funcionários sejam demitidos na grande BH e 4.500 em todo o Estado.
"Muitas incertezas ainda rondam o setor e os 90 hotéis que estão operando na cidade ainda podem suspender as atividades, se medidas urgentes não forem adotadas pelos governos, pois o isolamento deve ser ampliado ainda mais e terá um grande efeito dominó em toda a cadeia hoteleira", afirma o presidente da ABIH-MG, Guilherme Sanson.
Em Belo Horizonte e região, já anunciaram o fechamento os hotéis Fasano, Mercure Lourdes, BHB, Quality Pampulha, Classic, BH Plaza, Bristol Merit, ESuites Lagoa dos Ingleses, San Diego Barro Preto, Intercity BH Expo, Boulevard Express e Boulevard Park. A previsão é que mais hotéis sejam fechados ainda este mês. Para o presidente da associação, a paralisação dos hotéis só pode ser revertida com a tomada de decisões mais rápida do governo.
No Estado de Minas Gerais, estima-se que 65% dos hotéis estejam fechados, ou seja, em torno de 2.581 estabelecimentos. "A situação é terrível porque hotéis das cidades turísticas foram afetados diretamente e suspenderam as atividades e faz que o percentual seja elevado. São muitos os problemas enfrentados e um deles é que os pleitos da entidade ainda não foram atendidos, que são a isenção do IPTU, redução do ICMS e ISS", ressaltou Sanson.
Outra solicitação da entidade para o Governo Federal é que a MP 936 seja prorrogada pelo menos por mais seis meses para ajudar na manutenção dos empregos e das empresas. Além disso, o segmento luta pela aprovação da MP 948 contra a cobrança de taxa do ECAD pelo direito autoral das músicas dentro dos apartamentos. "É fora de propósito esta cobrança de direito autoral dentro dos apartamentos, é como pagar pela música na sua residência ou pagar pelo frigobar sem usar", afirma o presidente da ABIH-MG.