Hotelaria de Natal perde hotéis que já foram referência
A hotelaria de Natal, apesar da razoável ocupação registrada em janeiro, registra várias baixas ano a ano, como o Parque da Costeira e o Pirâmide Palace
A hotelaria de Natal, apesar da razoável ocupação registrada em janeiro, registra várias baixas ano a ano. O principal ícone da hotelaria local, o histórico Hotel dos Reis Magos, na Praia dos Artistas, que estava fechado há mais de 20 anos, foi totalmente demolido na semana passada mediante ação da Justiça e após uma verdadeira "guerra" entre os que defendiam a demolição e os que lutavam pelo tombamento como patrimônio. O terreno pertence à família de um ex-secretário de Turismo de Recife, Samuel Oliveira.
Dois hotéis da Via Costeira, que ofereciam, cada um, mais de 300 apartamentos, estão fechados: o Parque da Costeira, que vai a leilão em 18 de março para quitação de dívidas trabalhistas, por valor inicial de R$ 146,2 milhões, e o Pirâmide Palace, ex-Blue Tree, que tirou os tapumes de uma longa obra, reformou a recepção mas ainda não entregou os apartamentos. O esqueleto resultante de um imbróglio do que seria um hotel da BRA também contribui para o abandono na principal e mais bonita avenida turística de Natal, que sofre com iluminação deficiente.
Mais adiante, na Praia do Meio, o Residence Praia também fechou suas portas há quase dois anos. Fica numa região insegura de Natal, na qual o turista é desaconselhado a andar a pé. O hotel estava arrendado à rede Aram, que manteve suas outras unidades em Natal (entre elas o Natal Mar e o Imirá, ambos na Via Costeira). Já na Praia da Redinha, há quase 20 anos não existem mais os dois únicos hotéis da região: Atlântico Norte e Redinha Praia, cada um com cerca de 150 UHs.