ABIH se opõe a novo complexo em Porto de Galinhas
ABIH Nacional e pernambucana temem que novo complexo turístico em Porto de Galinhas gere super oferta e desequilíbrio para a hotelaria do destino.
A transformação do edifício conhecido como Casa do Governador, na região de Porto de Galinhas (PE), em um mega complexo turístico voltou a ser assunto. Com um manifesto direcionado à imprensa, ABIH Nacional (Associação Brasileira de Indústria de Hotéis), ABIH-PE e Porto de Galinhas CVB marcaram posição contra o desenvolvimento do complexo. As associações hoteleiras asseguram que a obra é inadequada para a região e reprovada pela comunidade turística local, que teme a superoferta no destino.
De acordo com o presidente da associação, Manoel Linhares, a construção é um excesso pois há oferta hoteleira o suficiente para atender a demanda na região. O executivo lembra que o destino reúne 20 hotéis e 200 pousadas, o que tornaria o desenvolvimento de um complexo com cerca de mil novos apartamentos desnecessário. "O ideal seria usar o espaço para outras finalidades", comenta Linhares.
O espaço ao qual o presidente se refere compreende um terreno de 70 hectares que foi leiloado pelo Estado em 2006 e arrematado pelo grupo português Teixeira Duarte, que é o responsável pelo avanço da obra.
Para a ABIH, o que gera mais receio é a presença de imóveis que funcionariam como flats e condomínios. "Esse tipo de empreendimento é de extremo risco, pois gera diversos problemas aos destinos turísticos, como a superoferta de leitos e o não recolhimento de tributos ao município", pondera o vice-presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, Otaviano Maroja. O executivo comenta que é necessário refletir sobre o impacto que a obra pode ter sobre o equilíbrio já adquirido no Turismo local. "Certamente irá descompensar o equilíbrio da indústria hoteleira e não servirá sequer como impulsionador do Turismo e gerador de emprego, pois os flats geram apenas um décimo dos empregos criados pelos hotéis", complementa.
O líder ainda sugere utilizações complementares ao Turismo que podem ser aplicadas ao terreno. "A área poderia ser utilizada também para expansão da vila, que hoje se encontra congestionada. Precisamos lembrar que o local é uma área estratégica para o desenvolvimento consistente e durável do destino turístico de Porto de Galinhas, sendo a última área de grande porte existente, então precisa ser muito bem utilizada", aponta.
"Esta é uma região que já conta com mais de 15 mil leitos, com uma ocupação média de 75%. Acreditamos que o Governo Bolsonaro e a Embratur se sensibilizem para que possamos encontrar uma destinação para a área que esteja atrelada a estruturação e criação de novos atrativos turísticos para os visitantes que chegam a Porto de Galinhas”, comenta Mário Pilar.
O secretário disse, ainda, que a região hoje é responsável por 25 mil empregos diretos, ou seja, mais que o dobro da população dos municípios de Ipojuca e Maracaípe, os dois principais da região. “Com isso, criando oportunidades para habitantes de cidades vizinhas”, destacou.
De acordo com o presidente da associação, Manoel Linhares, a construção é um excesso pois há oferta hoteleira o suficiente para atender a demanda na região. O executivo lembra que o destino reúne 20 hotéis e 200 pousadas, o que tornaria o desenvolvimento de um complexo com cerca de mil novos apartamentos desnecessário. "O ideal seria usar o espaço para outras finalidades", comenta Linhares.
O espaço ao qual o presidente se refere compreende um terreno de 70 hectares que foi leiloado pelo Estado em 2006 e arrematado pelo grupo português Teixeira Duarte, que é o responsável pelo avanço da obra.
Para a ABIH, o que gera mais receio é a presença de imóveis que funcionariam como flats e condomínios. "Esse tipo de empreendimento é de extremo risco, pois gera diversos problemas aos destinos turísticos, como a superoferta de leitos e o não recolhimento de tributos ao município", pondera o vice-presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, Otaviano Maroja. O executivo comenta que é necessário refletir sobre o impacto que a obra pode ter sobre o equilíbrio já adquirido no Turismo local. "Certamente irá descompensar o equilíbrio da indústria hoteleira e não servirá sequer como impulsionador do Turismo e gerador de emprego, pois os flats geram apenas um décimo dos empregos criados pelos hotéis", complementa.
O líder ainda sugere utilizações complementares ao Turismo que podem ser aplicadas ao terreno. "A área poderia ser utilizada também para expansão da vila, que hoje se encontra congestionada. Precisamos lembrar que o local é uma área estratégica para o desenvolvimento consistente e durável do destino turístico de Porto de Galinhas, sendo a última área de grande porte existente, então precisa ser muito bem utilizada", aponta.
PODER PÚBLICO
A opinião contrária à construção do complexo também está na esfera pública. Mostra disso é que hoje (7) o secretário de Turismo de Ipojuca, Mário Pilar, levou ao diretor de marketing do Embratur, Osvaldo Matos de Melo Junior, uma carta assinada pelo trade turístico de Porto de Galinhas, pedindo apoio para que no terreno seja convertido num espaço de atrativos para viajantes."Esta é uma região que já conta com mais de 15 mil leitos, com uma ocupação média de 75%. Acreditamos que o Governo Bolsonaro e a Embratur se sensibilizem para que possamos encontrar uma destinação para a área que esteja atrelada a estruturação e criação de novos atrativos turísticos para os visitantes que chegam a Porto de Galinhas”, comenta Mário Pilar.
O secretário disse, ainda, que a região hoje é responsável por 25 mil empregos diretos, ou seja, mais que o dobro da população dos municípios de Ipojuca e Maracaípe, os dois principais da região. “Com isso, criando oportunidades para habitantes de cidades vizinhas”, destacou.