Hotelaria também apresenta reivindicações em evento da ABIH
Evento da ABIH-SP continuou ouvindo as reivindicações de líderes do setor
Na sequência do painel que apresentou as reivindicações do setor do Turismo, a Encontro Anual da ABIH-SP ouviu hoteleiros. Na segunda metade do debate ficaram com a palavra os presidentes de Resorts Brasil, Sérgio Souza; Fohb, Eduardo Giestas; ABIH Nacional, Manoel Linhares; e Unedestinos, Toni Sando. Cada um deles apresentando seu ponto de vista para o momento que o mercado vive.
Eles forma provocados a falar a partir de uma questionamento feito por Antonio Dias, do grupo Royal Palm. O executivo perguntou aos painelistas o que falta para que a atividade retome sua rota com êxito depois de superar os desafios da pandemia.
Para responder à pergunta, Manoel Linhares, da ABIH Nacional, ressaltou que sente falta de mais união e de voz política. "A solução está em nossas mãos. O turismo carece de força política. Dá pra contar em uma mão o número de deputados que defendem o Turismo em compensação, enquanto o setor agro tem mais de 200 deputados que o defendem. Temos agora que destacar e reconhecer quem é que defende o nosso setor", apontou o presidente.
O líder da Resorts Brasil ponderou que a necessidade imediata é que o Turismo passe a ser visto como uma política de Estado e não de governo. "E o segundo passo é mostrar que se for encarado assim ele funciona, tal qual aconteceu em outros lugares pelo mundo", teorizou.
"Somos indutores de desenvolvimento turístico, inclusão social, sustentabilidade e economia. A força da nossa cadeia é muito grande pois somos sim uma atividade essencial e se formos vistos dessa maneira podemos ter um crescimento na geração de riqueza para o País", completou Souza.
Já o líder as Unesdestinos falou sobre a relevância do trabalho feito por associações setoriais. "Podemos e devemos trabalhar juntos, porque essa atuação é de extrema importância para embalarmos o que já temos. O que é necessário é pegar toda essa estrutura e trabalhar ela para garantir que sejamos um setor cada vez mais forte", considerou.
CRÍTICAS
Eduardo Giestas, presidente do Fohb, foi mais crítico nos comentários e classificou as ações da administração pública no socorro à hotelaria como inócuas. "Nossos gestores em nível federal, municipal ou estadual não entendem nada de Turismo e isso ficou patente durante a pandemia, com uma série de medidas inócuas", reforçou.
O líder do Fohb ainda pediu para que o setor permaneça unido como se viu na criação do G20. "Devemos aproveitar a mobilização e continuar com essa cruzada pois o entendimento do governo sobre nossa atividade é zero".