Ethiopian tem novo diretor e gerente comercial no Brasil
Companhia aérea africana reafirma seu compromisso com o País, ao qual não deixou de voar na pandemia

A Ethiopian Airlines tem um novo diretor no Brasil. Michael Bekele chega para substituir Girum Abebe, que por sua vez voltará à matriz da companhia aérea africana para novos desafios após cerca de seis anos em nosso mercado. Apesar da situação trágica enfrentada por todo setor aéreo durante esta pandemia, o novo diretor da Ethiopian no País reafirma seu compromisso com o mercado latino-americano e acredita que, quando a crise passar, a Ethiopian estará em posição fortalecida.
LEIA TAMBÉM: Lista atualizada 2021 de países aos quais o brasileiro já pode voar
A Ethiopian Airlines é representada no Brasil pela Aviareps. Neste mês, Thomas Munnich assumiu como gerente comercial da companhia etíope e trabalhará lado a lado com Bekele.
"Não paramos de voar em nenhum momento de nosso hub em Adis Abeba ao Brasil. Assim que a covid-19 foi decretada pandemia, realizamos várias adaptações em nosso serviço para que toda a jornada do cliente, desde o aeroporto até a bordo, fosse a mais segura possível para viajantes e tripulantes, com procedimentos sem toque e seguindo todas as regras dos órgãos regulamentadores para higiene e segurança", afirma Bekele, em entrevista ao Portal PANROTAS. "Reafirmamos nosso compromisso com o Brasil e a América Latina, região onde ainda vemos um enorme potencial para a companhia", completa o novo diretor.
No fim de março, a companhia começou a voar de duas a três vezes por semana ao Brasil e hoje opera com quatro operações semanais, das quais uma por semana também conecta a Argentina. O objetivo é incrementar a operação ao país vizinho para três frequências semanais a partir de fevereiro, caso não haja novos impedimentos como lockdowns.
NOVO TERMINAL
Há cerca de quatro meses, durante a pandemia, a Ethiopian Airlines concluiu seu novo terminal de passageiros em seu hub na capital etíope. A companhia e o aeroporto se tornaram uma das principais referências em conexão de passageiros da África para o mundo, e garante que este novo terminal, por ter sido estabelecido durante a pandemia, está preparado para entregar o máximo em segurança e higiene ao viajante.
INDÚSTRIA TRANSFORMADA
Para Bekele e Girum Abebe, o modo de voar será transformado pós-pandemia em termos de protocolos de higiene tanto quanto o aspecto de segurança depois do 11 de setembro. De olho nessas transformações e no atual contexto, a Ethiopian lançou um seguro global contra covid-19 a todos seus clientes, que contam com 100 mil euros se diagnosticados com a doença durante suas viagens, além da cobertura de 150 euros por dia com os custos da quarentena.

RELACIONAMENTO COM O TRADE
"Estreitamos muito nosso relacionamento com o mercado brasileiro e queremos ainda mais proximidade. Do nosso lado, temos esse compromisso tanto com os agentes de viagens quanto com o consumidor", afirmou Abebe.
RECEITA COM CARGAS
Os executivos também mencionam a adaptação de aeronaves de passageiros em carga como uma alternativa bem-sucedida de busca de receitas durante a crise.
CONECTIVIDADE
Apesar de a demanda por viagens corporativas ter declinado fortemente durante a pandemia, a Ethiopian enxerga uma crescente busca por destinos exóticos e de natureza, principalmente na África e na Ásia, e a companhia tem a estratégia de conectividade em seu hub como uma prioridade. Menos de 5% dos brasileiros que voam Ethiopian têm a Etiópia como destino.
"Madagascar, Tanzânia, Seychelles, Maldivas, entre outros, estão entre os destinos mais buscados durante a pandemia, e nós certamente oferecemos a melhor conexão por meio de Adis Abeba, pois somos o maior grupo de aviação da África", concluiu Bekele que, apesar de novo no Brasil, já tem 17 anos de experiência na aérea.
A Ethiopian concorre com gigantes como a Emirates em termos de conexão na África. O aeroporto da capital da Etiópia concorre de igual para igual com Dubai como o terminal mais movimentado do continente, chegando a superar o terminal árabe em alguns anos como em 2018.