Falece José Eduardo Guinle, ex-Copacabana Palace e Riotur

O hoteleiro José Eduardo Guinle faleceu hoje em São Paulo, aos 77 anos. Ex-diretor geral do Copacabana Palace, quando sua família era dona do hotel, Guinle também trabalhou à frente do Turismo do Rio, tanto no Rio CVB quanto na Riotur. Também foi diretor geral do Saint Andrews, hotel seis estrelas de Guilherme Paulus, em Gramado.

Amigo de Guinle, o professor Bayard do Coutto Boiteux, fez uma homenagem ao hoteleiro, por meio de um artigo, que você confere abaixo.

“José Eduardo Guinle: um apaixonado pelo Rio que nos deixa

Por Bayard Do Coutto Boiteux, vice-presidente da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ, professor e escritor

Zé Eduardo, como os amigos sempre o chamavam, foi um exemplo de luta pelo Turismo e pela hotelaria carioca e brasileira. Quando o conheci, nos anos 1980, iniciando minha carreira no setor público, ele, além de comandar o Copacabana Palace, com sua mãe D.Mariazinha, era presidente da AHT-Associação de Hotéis de Turismo do Rio de Janeiro, que congregava os equipamentos de luxo. Foi um encontro de almas, que nos uniu como amigos até hoje, quando aos 77 anos, nos deixou.

Não posso esquecer sua gentileza e educação, atenção e preocupação com o próximo e apoio constante a vários projetos que desenvolvi, desde o programa de capacitação para as forças de segurança do Estado do RJ ao trabalho com o Corpo Consular e correspondentes estrangeiros e ao projeto Embaixadores do Turismo do RJ, que desenvolvemos juntos desde os seus primordios, na administração Saturnino Braga, quando a primeira edição aconteceu em jantar black tie no Golden Room do Copacabana Palace, com apresentação de Carlos Machado.

Jose Eduardo foi presidente e fundador do Rio Convention & Visitors Bureau, dirigiu o curso de Turismo e Hotelaria da Universidade Estácio de Sá, foi secretário de Turismo do RJ e presidente da Riotur. Na Riotur e Secretaria de Turismo, fui seu assessor especial, onde aprendi muito.

Sempre com uma fidalguia, que aprendeu com os pais, trazia no coração a vontade de viver grandes amores e ser um pai presente. Seus ternos eram impecáveis, assim como suas canetas. Era exigente consigo mesmo e com os que trabalhavam com ele. Inspirava emoção, razão, resiliência e era um empreendedor, tendo assessorado inúmeros hotéis no Brasil.

Vou sentir muito a sua falta, com quem conversei muitas vezes durante a pandemia e sempre se mostrou solidário. Era alguém que estará para sempre no meu coração.

Um dia, vamos nos encontrar! Meu respeito e minha admiração!”