Em meio a polêmicas, EUA crescem menos que média global em reservas
Os Estados Unidos têm crescimento de 2,9% em reservas nos próximos três meses. Ainda assim, está abaixo dos 5,9% registrados no mundo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está mais uma vez em evidência na indústria de viagens. E não é por causa da rede hotéis que leva seu sobrenome. A sua polêmica proibição de entrada a visitantes de países muçulmanos voltou a ganhar força com a discussão da medida na Corte Suprema do país.
Enquanto não sabe se o veto imigratório terá aval dos juízes, o destino norte-americano presenciou uma queda de 6,5% desde o primeiro anúncio do banimento até o bloqueio temporário a esses visitantes, apontou a consultora Forward Keys. Esse fenômeno conhecido como Trump Slump (crise de Trump, em tradução livre).
A empresa acrescenta que as viagens internacionais para os Estados Unidos tiveram uma queda de 1,4% até 20 de abril deste ano. Em contrapartida, o setor de viagens mundial cresceu 5% em comparação ao período equivalente ao ano passado.
Por outro lado, nos próximos três meses, de 1 de maio a 31 de julho, as reservas de voos para os Estados Unidos estão 2,9% acima do período equivalente do ano anterior.
Ainda assim, as reservas aéreas em todo o mundo no mesmo período estão 5,9% à frente. Mesmo com um indicador
positivo, os norte-americanos registram um desempenho inferior ao global. No entanto, a consultora não culpa Trump por essa retração.
“Nós não alegamos que as dificuldades de viagens dos Estados Unidos são causadas pelas políticas de Donald Trump, até porque as taxas de câmbio têm sido desafiadoras. Por exemplo, no período de janeiro de 2017 a março de 2018, a libra esterlina e o euro valorizaram entre 13% e 16%, respectivamente, em relação ao dólar, tornando os Estados Unidos um destino significativamente mais caro”, relatou o diretor executivo da Forward Keys, Olivier Jager.