Antártica a bordo da Ponant; acompanhe nossa nova série - parte 1
Ao longo dos próximos dias, relato com detalhes a experiência - do planejamento às descobertas
O convite da Qualitours, operadora especializada em cruzeiros marítimos e fluviais, e uma das grandes incentivadores do produto "expedições marítimas", surgiu e lá fui eu representar a PANROTAS em um cruzeiro expedicionário pela Antártica, a bordo do Le Soléal, da francesa Ponant. A viagem ocorreu na última semana e, ao longo dos próximos dias, relato aqui no Portal PANROTAS a experiência — do planejamento e expectativa ao aprendizado e descobertas. A empresa é representada pela Qualitours, que tem Ilya Hirsch, um dos grandes conhecedores do segmento de cruzeiros em nossa indústria, como um dos diretores.
O primeiro artigo nessa série começa como qualquer outra viagem, com projeção e com organização. Não tendo ideia do que esperar de um cruzeiro que une as palavras "luxo" e "expedicionário" na mesma descrição, fui pesquisar o que me aguardava. Vi que conforto e sofisticação dominariam a parte a bordo. Vi também que o ambiente ao qual eu rumava não seria apenas cenário, o navio navegaria para a Antártica para que eu a explorasse a fundo, in loco e com todos os meus sentidos.
Fazer a mala numa situação dessas é algo um tanto quanto desafiador. Eu precisaria ter equipamentos que suportassem frio extremo e fossem totalmente à prova d'água, ao mesmo tempo que deveria ter espaço para trajes cotidianos e roupas de gala. Optei pelo excesso, levei tudo o que tinha a meu dispor (e, mais pra frente, fui perceber que nem isso foi o suficiente).
Em voo charter saindo de Buenos Aires, providenciado pela Ponant, cheguei a Ushuaia, no extremo Sul da Argentina. A passagem pela cidade foi rápida dada a agenda a cumprir, já que o navio sairia nas primeiras horas daquela tarde. A logística padrão de cruzeiros de luxo foi seguida: entusiasmadas boas-vindas com champagne, malas diretamente na espaçosa cabine e preparação para a partida.
As primeiras 36 horas seriam de enclaustro. Para chegar à península antártica, há um bicho papão chamado Passagem de Drake. A rota mais curta entre o sul da América do Sul e as primeiras ilhas da Antártica também é o caminho da Corrente Circumpolar Antártica e de seu volume de água 600 vezes maior que o do rio Amazonas.
Mar agitado com grandes ondas em looping. Horas e horas de corredores chacoalhando e pernas igualmente vacilantes. Pior do que sentir mal estar com a situação é ouvir da tripulação que tínhamos dado sorte, que havíamos atravessado um Drake até que manso. O registro era de ondas de no máximo quatro metros, besteira. Ou seja, expedição também é aventura e sorte. E conhecimento e expertise do que vamos encontrar. O capitão do Le Soléal, o francês David Marionneau-Châtel, brincava com todos: "para visitar a Antártica temos que conquistar o convite." E era o que queríamos.
Está tão ansioso como eu? Bom, este foi o primeiro artigo sobre o cruzeiro expedicionário da Ponant rumo à Antártica. Fique ligado nos próximos dias no Portal PANROTAS para acompanhar a jornada completa a bordo do Le Soléal e viaje com a gente em uma expedição de luxo, aventura e experiências para toda a vida.
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O Portal PANROTAS viajou a convite da Qualitours e da Ponant