Descubra Toronto: Onde comer no multiétnico Kensington Market
As características das dezenas de etnias que compõe Toronto chamam a atenção em qualquer passeio pela cidade e, com razão, são motivo de orgulho para os moradores
Por Carla Lencastre, especial para o Portal PANROTAS
Toronto (Canadá). As características das dezenas de etnias que compõe Toronto chamam a atenção em qualquer passeio pela cidade e, com razão, são motivo de orgulho para os moradores. Das seis milhões de pessoas na área metropolitana da maior cidade do Canadá, quase metade delas é imigrante.A gastronomia é um convite à descoberta de novos sabores.
No verão, uma das maneiras mais divertidas de ter uma ideia da variedade gastronômica de Toronto é fazer um tour guiado a pé pela área do Kensington Market com o Chopsticks+Forks, uma empresa local. Tem duas horas e meia de duração e não é barato (custa CAD$ 79, em torno de R$ 230). Mas justifica cada dólar canadense gasto e o valor inclui comida o suficiente para substituir uma boa refeição. A bebida é por conta de cada um.
O tour é oferecido o ano todo, debaixo de sol, chuva ou neve. Mas fica melhor nesta época do ano. Dá para admirar a arquitetura das casas em estilo vitoriano do final do século 19 e alguns cafés, que são bem pequenos, oferecem mesas ao livre no verão. O guia conta várias histórias dos lugares, que ajudam a formar o panorama multiétnico de Toronto, e dá várias outras dicas que justificam um segundo passeio pelo bairro, desta vez por conta própria.
O nosso roteiro guiado pela cozinha internacional da área começou no final da manhã pelo Nu Bügel, na Augusta Avenue, uma padaria que desde 2013 faz em forno a lenha o que são considerados os melhores bagels da cidade. O premiado sanduíche de truta defumada é realmente imperdível. As paradas seguintes do tour foram em dois clássicos do Kensington Market: Golden Patty, espécie de padaria jamaicana com pão de coco e salgados (alguns podem ser bem apimentados), e Jumbo, boteco chileno que há quase 30 anos serve empanadas e humitas, salgado de creme de milho que lembra pamonha.
Seguimos para o aclamado Pow Wow Cafe, uma adição mais recente que ainda não completou três anos, onde o chef canadense Shawn Adler serve pratos inspirados nos povos indígenas da América do Norte, como tacos sobre bannock em vez de tortillas. Atravessamos o mundo gastronômico até o Tibet Cafe e Bar, com deliciosos momos, bolinhos no vapor que lembram dumplings, mas são redondos e um pouco maiores. Para encerrar, biscoitos de gengibre em formato de rena no Fika, uma graça de cafeteria sueca.
Pessoas com dietas restritivas e alérgicos (como veganos e celíacos) não são encorajadas a participar deste tour porque perdem muito da experiência multicultural. Mas o passeio guiado satisfaz vegetarianos. Basta avisar antes. O importante é ir com disposição para se aventurar além da zona de conforto e ser surpreendido por novos sabores e texturas.
Yorkville, o bairro das lojas de grife, é repleto de bons restaurantes, como o franco-canadense Sassafraz, em um conjunto de casas vitorianas recentemente renovadas, e frequentado por celebridades, principalmente durante o Toronto International Film Festival, em setembro; o sempre bom Café Boulud, no Four Seasons Hotel; uma das três filiais em Toronto do italiano Cibo Wine Bar, de Miami, e o primeiro asiático-vegetariano Planta, aberto em 2016. Para uma noite com música, além de boa comida, a aposta pode ser em uma mesa no pátio (coberto e aberto o ano todo) do sobrado vitoriano que abriga o informal Bar Reyna, onde bons drinques e pratos de inspiração mediterrânea conquistam as mesas enquanto a voz de Jessica Rose torna especiais as noites de quinta-feira com um repertório de blues e jazz.
De volta ao Centro, um dos hotéis históricos da cidade tem novidades gastronômicas nesta temporada. O Fairmont Royal York completou 90 anos mês passado e comemora com uma grande renovação, que inclui dois novos bares e restaurantes, o Clockwork Champagne & Cocktails e o Reign Restaurant Bar, ambos no térreo. O Reign é uma brasserie de cozinha canadense com inspiração francesa em um ambiente bonito e sofisticado, com um bom bar na entrada. O Clockwork é um animado bar no lobby, com fila de espera na happy hour.
O hotel tem um gim feito em parceria com a Dillon’s, destilaria artesanal na região de Niagara. O Dillon’s 14th in Line usa botânicos colhidos no jardim do terraço do 14º andar, que tem também um apiário. Lançado ano passado, é exclusivo do Royal York. Há diferentes drinques com ele e fica ótimo com tônica. Acompanha bem uma tábua com três diferentes tipos de queijos de pequenos produtores canadenses e chutney da casa.
Na categoria brunch, as panquecas mais famosas da cidade estão há quase três décadas no Mildred’s Temple Kitchen. O restaurante fica em um salão amplo e iluminado, com janelões, no Liberty Village. O bairro é um pouco afastado do Centro, e aos sábados e domingos a casa não aceita reservas. Ainda assim muita gente vai até lá só por causa das panquecas de massa leve e fofa com blueberries, creme de leite batido e xarope de folha de bordo orgânico.
Carla Lencastre viajou a convite do Turismo de Toronto e com proteção GTA
Veja mais fotos no álbum abaixo e amanhã, na Parte 4, traremos sugestões de bares e restaurantes com as melhores vistas da cidade. Não perca
Toronto (Canadá). As características das dezenas de etnias que compõe Toronto chamam a atenção em qualquer passeio pela cidade e, com razão, são motivo de orgulho para os moradores. Das seis milhões de pessoas na área metropolitana da maior cidade do Canadá, quase metade delas é imigrante.A gastronomia é um convite à descoberta de novos sabores.
No verão, uma das maneiras mais divertidas de ter uma ideia da variedade gastronômica de Toronto é fazer um tour guiado a pé pela área do Kensington Market com o Chopsticks+Forks, uma empresa local. Tem duas horas e meia de duração e não é barato (custa CAD$ 79, em torno de R$ 230). Mas justifica cada dólar canadense gasto e o valor inclui comida o suficiente para substituir uma boa refeição. A bebida é por conta de cada um.
O tour é oferecido o ano todo, debaixo de sol, chuva ou neve. Mas fica melhor nesta época do ano. Dá para admirar a arquitetura das casas em estilo vitoriano do final do século 19 e alguns cafés, que são bem pequenos, oferecem mesas ao livre no verão. O guia conta várias histórias dos lugares, que ajudam a formar o panorama multiétnico de Toronto, e dá várias outras dicas que justificam um segundo passeio pelo bairro, desta vez por conta própria.
O nosso roteiro guiado pela cozinha internacional da área começou no final da manhã pelo Nu Bügel, na Augusta Avenue, uma padaria que desde 2013 faz em forno a lenha o que são considerados os melhores bagels da cidade. O premiado sanduíche de truta defumada é realmente imperdível. As paradas seguintes do tour foram em dois clássicos do Kensington Market: Golden Patty, espécie de padaria jamaicana com pão de coco e salgados (alguns podem ser bem apimentados), e Jumbo, boteco chileno que há quase 30 anos serve empanadas e humitas, salgado de creme de milho que lembra pamonha.
Seguimos para o aclamado Pow Wow Cafe, uma adição mais recente que ainda não completou três anos, onde o chef canadense Shawn Adler serve pratos inspirados nos povos indígenas da América do Norte, como tacos sobre bannock em vez de tortillas. Atravessamos o mundo gastronômico até o Tibet Cafe e Bar, com deliciosos momos, bolinhos no vapor que lembram dumplings, mas são redondos e um pouco maiores. Para encerrar, biscoitos de gengibre em formato de rena no Fika, uma graça de cafeteria sueca.
Pessoas com dietas restritivas e alérgicos (como veganos e celíacos) não são encorajadas a participar deste tour porque perdem muito da experiência multicultural. Mas o passeio guiado satisfaz vegetarianos. Basta avisar antes. O importante é ir com disposição para se aventurar além da zona de conforto e ser surpreendido por novos sabores e texturas.
BARES E RESTAURANTES IMPERDÍVEIS NA MAIOR CIDADE DO CANADÁ
Yorkville, o bairro das lojas de grife, é repleto de bons restaurantes, como o franco-canadense Sassafraz, em um conjunto de casas vitorianas recentemente renovadas, e frequentado por celebridades, principalmente durante o Toronto International Film Festival, em setembro; o sempre bom Café Boulud, no Four Seasons Hotel; uma das três filiais em Toronto do italiano Cibo Wine Bar, de Miami, e o primeiro asiático-vegetariano Planta, aberto em 2016. Para uma noite com música, além de boa comida, a aposta pode ser em uma mesa no pátio (coberto e aberto o ano todo) do sobrado vitoriano que abriga o informal Bar Reyna, onde bons drinques e pratos de inspiração mediterrânea conquistam as mesas enquanto a voz de Jessica Rose torna especiais as noites de quinta-feira com um repertório de blues e jazz.
De volta ao Centro, um dos hotéis históricos da cidade tem novidades gastronômicas nesta temporada. O Fairmont Royal York completou 90 anos mês passado e comemora com uma grande renovação, que inclui dois novos bares e restaurantes, o Clockwork Champagne & Cocktails e o Reign Restaurant Bar, ambos no térreo. O Reign é uma brasserie de cozinha canadense com inspiração francesa em um ambiente bonito e sofisticado, com um bom bar na entrada. O Clockwork é um animado bar no lobby, com fila de espera na happy hour.
O hotel tem um gim feito em parceria com a Dillon’s, destilaria artesanal na região de Niagara. O Dillon’s 14th in Line usa botânicos colhidos no jardim do terraço do 14º andar, que tem também um apiário. Lançado ano passado, é exclusivo do Royal York. Há diferentes drinques com ele e fica ótimo com tônica. Acompanha bem uma tábua com três diferentes tipos de queijos de pequenos produtores canadenses e chutney da casa.
Na categoria brunch, as panquecas mais famosas da cidade estão há quase três décadas no Mildred’s Temple Kitchen. O restaurante fica em um salão amplo e iluminado, com janelões, no Liberty Village. O bairro é um pouco afastado do Centro, e aos sábados e domingos a casa não aceita reservas. Ainda assim muita gente vai até lá só por causa das panquecas de massa leve e fofa com blueberries, creme de leite batido e xarope de folha de bordo orgânico.
Carla Lencastre viajou a convite do Turismo de Toronto e com proteção GTA
Veja mais fotos no álbum abaixo e amanhã, na Parte 4, traremos sugestões de bares e restaurantes com as melhores vistas da cidade. Não perca