7 dicas para o empresário enfrentar a crise do coronavírus
Objetivo é ajudar no planejamento pelos próximos três meses
A necessidade da quarentena para evitar ainda mais a proliferação do coronavírus interferiu drasticamente na economia, com 460 mil estabelecimentos impedidos de realizar atendimentos presenciais no Estado de São Paulo, o que representa 70% do comércio, responsável por 1,3 milhão de empregos formais e faturamento médio de R$ 1 bilhão por dia.
Diante desse cenário, em março o Índice de Confiança do Consumidor sofreu queda de 5,5%. Já o endividamento atingiu o maior patamar da série histórica com 63,8% das famílias com algum tipo de dívida. A inadimplência subiu para 21,8%, diante dos 19,7% do mês anterior.
Assim, as expectativas não são promissoras para compras a curto prazo e portanto a FecomercioSP orienta o empresariado a fazer um planejamento de crise para os próximos três meses.
CONFIRA AS DICAS
- com as portas fechadas, o primeiro ponto é adaptar-se rapidamente às vendas on-line, por aplicativos e deliveries;
- também se sugere que recebam os pagamentos por meio on-line como PicPay, Mercado Pago, AME, por exemplo, para que não haja a necessidade de levar a máquina de cartão;
- não façam demissões neste momento, pois com o fim da quarentena o comerciante vai precisar dos funcionários e provavelmente os custos com demissões, novas contratações e treinamentos serão altos (melhor opção é analisar as alternativas descritas na MP N.º 927/20, como férias coletivas, compensação de horas, antecipação de feriados, entre outras);
- reveja as contas dos custos fixos para saber se haverá dinheiro em caixa durante esse período de crise e renegociar contratos, aluguéis, pedir que fornecedores estendam os prazos (algumas instituições financeiras já liberaram a opção de suspensão de parcelas de financiamentos a vencer nos próximos 90 dias);
- o governo tem disponibilizado algumas linhas de crédito com juros mais baixos, pois o crédito adquirido e bem planejado é melhor do que deixar de pagar os compromissos, tornar-se inadimplente e ter que correr atrás de juros maiores;
- a Caixa Econômica Federal, por exemplo, além de postergar os prazos de financiamentos, disponibilizou R$ 60 bilhões em crédito para capital de giro e reduziu a taxa máxima de juros de 2,76% a.m para 1,51% a.m.
- o BNDES suspendeu o pagamento das prestações de empréstimos já contraídos por até seis meses e também ampliou a linha de crédito de capital de giro. Além disso, em uma ação conjunta entre BNDES, Tesouro Nacional, Banco Central do Brasil (BCB) e Federação Brasileira de Bancos (Febraban) serão disponibilizados R$ 40 bilhões em crédito para a folha de pagamento que vão beneficiar 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores nos próximos dois meses, a taxa de juros será de 3,75% ao ano