Beatrice Teizen   |   06/07/2021 11:00

Para 81%, risco de cancelamento é barreira para reservar viagens

Período de grandes cancelamentos durante início da pandemia levou a problemas com reembolsos dos viajantes

Uma pesquisa recente da Amadeus, feita com 5 mil pessoas de todo o mundo, destaca o impacto que a incerteza sobre reembolsos está tendo sobre a confiança dos viajantes e reservas durante 2021, quando a indústria começa sua recuperação. O período de grandes cancelamentos durante o início da pandemia de covid-19 levou a problemas com o reembolso dos viajantes, com alguns deles levando muitos meses para serem processados.

Divulgação/Hibou
Para 81% dos viajantes, risco de cancelamento é barreira para reservar viagens
Para 81% dos viajantes, risco de cancelamento é barreira para reservar viagens
De acordo com o estudo, 81% dos viajantes confirmaram que o aumento do risco de cancelamentos devido à crise sanitária é uma barreira às reservas de viagens neste ano, com a incerteza do reembolso (46%) e o inconveniente do processo de reembolso (38%), que superam as preocupações quando se cancela um voo.

Diante disso, as companhias aéreas estão tomando medidas proativas para superar a incerteza de reembolso por meio de novas opções de pagamento. Uma transportadora europeia assumiu a liderança com a opção “Pague ao Voar” (PWYF – Pay When you Fly), permitindo que os viajantes façam uma reserva de voo (que também inclui um hotel ou aluguel de carro) pagando um depósito de cerca de 15% e, em seguida, acertando o saldo algumas semanas antes da viagem.

Segundo o levantamento, o PWYF é a opção de pagamento mais atraente (39%) em comparação aos esquemas tradicionais de pagamento na reserva (36%) e o “Compre agora, pague depois” (BNPL – Buy Now Pay Later), que exige que o viajante celebre um contrato de crédito para todo o saldo (24%).

Além de aumentar a confiança ao superar a incerteza de reembolso, esta modalidade pode aumentar as receitas da indústria com os viajantes dispostos a gastar 36% a mais por viagem, em média, e 49% dos passageiros mais propensos a incluir serviços adicionais, como refeições e bagagens, se o PWYF for oferecido pela companhia aérea.

“Estamos entrando em uma fase crítica para a recuperação das viagens e nosso setor precisa criar confiança em todas as oportunidades. Acreditamos que o PWYF aumentará a confiança do viajante, incentivando o planejamento e a reserva de viagens, mesmo em um ambiente incerto, com mudanças nas restrições governamentais. A nova abordagem também pode resultar em reservas de maior valor, porque os passageiros só precisam fazer o saldo do pagamento quando estiver claro que o voo partirá conforme planejado”, diz o head de Incubação de Produtos de Pagamento na Amadeus Payments, Nicolas Ortiz.

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