Brasil recupera 96% do tráfego de passageiros pré-pandemia em março
Alta aponta que América Latina e Caribe superaram pela 3ª vez o número de pessoas transportadas em 2019
Em março de 2023, a América Latina e o Caribe (LAC) superou pela terceira vez o número de passageiros transportados em 2019. Um marco que a região já havia alcançado em setembro e dezembro de 2022. Até o final do ano passado, a região liderou a recuperação global no tráfego de passageiros, mas agora, a África ocupa esse lugar com 101,7% em comparação a 2019, informa o Relatório de Tráfego de Passageiros elaborado pelo Alta.
“O mês de março apresentou uma leve recuperação em relação aos dois meses anteriores, mas as projeções econômicas para a LAC este ano refletem uma desaceleração que terá um impacto negativo na demanda de passageiros aéreos da região. As mais recentes estimativas de crescimento econômico do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no final de abril de 2023, indicam que a região crescerá 1,6% em 2023, valor que representa uma desaceleração de 0,2 pontos em relação às suas projeções”, destaca o diretor executivo e CEO da entidade, José Ricardo Botelho, que explica que este abrandamento econômico se traduzirá também em uma menor procura pelo serviço de transporte aéreo.
Outra estimativa do FMI é que a LAC fechará o ano com uma inflação de 13%. Esta variável, além de afetar as políticas monetárias dos países da região, impactará negativamente a demanda por serviços no setor de viagens e Turismo. Além disso, as moedas embora tenham apresentado tendência de valorização nos últimos meses, apresentam desvalorização em relação a 2019. “Em geral, o câmbio afeta negativamente as companhias aéreas porque 75% de sua estrutura de custos é dolarizada”, diz Botelho.
Os preços dos combustíveis caíram em relação aos meses anteriores, mas estão em níveis mais altos do que os pré-pandêmicos. “Todos esses dados nos apontam para um 2023 difícil de administrar em termos econômicos”, alerta o CEO da Alta, que reitera seu apelo aos governos da região para que trabalhem juntos agendas de Estado em prol de um setor essencial para a população como o aéreo, e que as tratativas os ajudem a enfrentar a crise econômica que está afetando a região.
Março também trouxe crescimento positivo para Argentina e Chile. Pela terceira vez seguida, a Argentina superou os níveis de 2019 e o Chile, pela primeira vez, praticamente atingiu os níveis pré-pandemia. Por outro lado, o Brasil está cada vez mais próximo, chegando a 96%.
Em relação ao tráfego internacional de passageiros, em março de 2023, vários países da região continuaram se destacando com crescimento muito positivo. Colômbia e México cresceram 19% e 10%, respectivamente, em relação aos níveis de 2019, porém o México apresentou uma leve desaceleração em comparação a fevereiro.
Por sua vez, a República Dominicana atingiu 109% dos níveis de 2019, enquanto Brasil, Chile e Argentina atingiram 79%, 78% e 71%, respectivamente.
Quanto às taxas de crescimento, estas foram positivas para México, Colômbia, Argentina e República Dominicana. O restante dos países não recuperou os níveis de 2019, sendo Cuba o mais afetado, com uma redução de 34% em relação aos níveis pré-pandêmicos.
“O mês de março apresentou uma leve recuperação em relação aos dois meses anteriores, mas as projeções econômicas para a LAC este ano refletem uma desaceleração que terá um impacto negativo na demanda de passageiros aéreos da região. As mais recentes estimativas de crescimento econômico do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no final de abril de 2023, indicam que a região crescerá 1,6% em 2023, valor que representa uma desaceleração de 0,2 pontos em relação às suas projeções”, destaca o diretor executivo e CEO da entidade, José Ricardo Botelho, que explica que este abrandamento econômico se traduzirá também em uma menor procura pelo serviço de transporte aéreo.
Outra estimativa do FMI é que a LAC fechará o ano com uma inflação de 13%. Esta variável, além de afetar as políticas monetárias dos países da região, impactará negativamente a demanda por serviços no setor de viagens e Turismo. Além disso, as moedas embora tenham apresentado tendência de valorização nos últimos meses, apresentam desvalorização em relação a 2019. “Em geral, o câmbio afeta negativamente as companhias aéreas porque 75% de sua estrutura de custos é dolarizada”, diz Botelho.
Os preços dos combustíveis caíram em relação aos meses anteriores, mas estão em níveis mais altos do que os pré-pandêmicos. “Todos esses dados nos apontam para um 2023 difícil de administrar em termos econômicos”, alerta o CEO da Alta, que reitera seu apelo aos governos da região para que trabalhem juntos agendas de Estado em prol de um setor essencial para a população como o aéreo, e que as tratativas os ajudem a enfrentar a crise econômica que está afetando a região.
Tráfego nacional e internacional com números positivos
Em relação ao tráfego doméstico de passageiros, alguns países se destacaram: a Colômbia superou em 14% os níveis de março de 2019, um número muito positivo, porém inferior ao de fevereiro, quando havia atingido 127%. O México, por sua vez, ficou 21% acima de seus níveis pré-pandêmicos, portanto, os dois países apresentaram desaceleração em seu crescimento em relação a fevereiro deste ano.Março também trouxe crescimento positivo para Argentina e Chile. Pela terceira vez seguida, a Argentina superou os níveis de 2019 e o Chile, pela primeira vez, praticamente atingiu os níveis pré-pandemia. Por outro lado, o Brasil está cada vez mais próximo, chegando a 96%.
Em relação ao tráfego internacional de passageiros, em março de 2023, vários países da região continuaram se destacando com crescimento muito positivo. Colômbia e México cresceram 19% e 10%, respectivamente, em relação aos níveis de 2019, porém o México apresentou uma leve desaceleração em comparação a fevereiro.
Por sua vez, a República Dominicana atingiu 109% dos níveis de 2019, enquanto Brasil, Chile e Argentina atingiram 79%, 78% e 71%, respectivamente.
América Latina muito desigual no 1º trimestre
Em termos gerais, durante o primeiro trimestre de 2023, a região apresentou uma recuperação desigual em relação ao primeiro trimestre de 2019. Neste contexto, os principais mercados em termos de número de passageiros foram: Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile.Quanto às taxas de crescimento, estas foram positivas para México, Colômbia, Argentina e República Dominicana. O restante dos países não recuperou os níveis de 2019, sendo Cuba o mais afetado, com uma redução de 34% em relação aos níveis pré-pandêmicos.