Victor Fernandes   |   07/02/2023 11:24

Recuperação da demanda de passageiros se manteve em 2022

Segundo a Iata, o tráfego total de 2022 aumentou 64,4% em comparação com 2021

Divulgação
Willie Walsh, diretor geral da Iata
Willie Walsh, diretor geral da Iata
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) anunciou que a recuperação das viagens aéreas se manteve em dezembro de 2022 e no ano inteiro.

O tráfego total de 2022 (medido em passageiro pagante por quilômetro, ou RPKs) aumentou 64,4% em comparação com 2021. Globalmente, o tráfego em 2022 ficou em 68,5% dos níveis pré-pandemia (2019). O tráfego total de dezembro de 2022 aumentou 39,7% em relação a dezembro de 2021 e atingiu 76,9% do nível de dezembro de 2019.

O tráfego internacional de 2022 aumentou 152,7% em relação a 2021 e atingiu 62,2% dos níveis de 2019. O tráfego internacional de dezembro de 2022 aumentou 80,2% em relação a dezembro de 2021, atingindo 75,1% do nível de dezembro de 2019.

O tráfego doméstico de 2022 aumentou 10,9% em relação ao ano anterior, atingindo 79,6% do nível de 2019. O tráfego doméstico de dezembro de 2022 aumentou 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e ficou em 79,9% do tráfego de dezembro de 2019.

“O setor saiu de 2022 muito mais forte do que quando começou, já que a maioria dos governos suspendeu as restrições de viagens relacionadas à covid-19 durante o ano e as pessoas aproveitaram a sua liberdade de viajar. Esperamos essa mesma força no ano novo, apesar das reações exageradas de alguns governos à reabertura da China”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.

MERCADOS INTERNACIONAIS

Divulgação

As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico apresentaram aumento de 363,3% no tráfego internacional de 2022 em comparação com 2021, mantendo a taxa ano a ano mais forte entre as regiões. A capacidade aumentou 129,9% e a taxa de ocupação subiu 37,3 pontos percentuais, atingindo 74%. O tráfego de dezembro de 2022 aumentou 302,7% em relação a dezembro de 2021.

As companhias aéreas da Europa apresentaram aumento de 132,2% no tráfego de 2022 em relação a 2021. A capacidade aumentou 84% e a taxa de ocupação aumentou 16,7 pontos percentuais, atingindo 80,6%. Em dezembro, a demanda subiu 46,5% em relação ao mesmo mês de 2021.

As companhias aéreas do Oriente Médio apresentaram crescimento de 157,4% no tráfego de 2022 em comparação com 2021. A capacidade aumentou 73,8% e a taxa de ocupação subiu 24,6 pontos percentuais, atingindo 75,8%. A demanda de dezembro aumentou 69,8% em relação ao mesmo mês de 2021.

As companhias aéreas da América do Norte apresentaram aumento de 130,2% no tráfego de 2022 em comparação com 2021. A capacidade aumentou 71,3% e a taxa de ocupação aumentou 20,7 pontos percentuais, atingindo 80,8%. O tráfego de dezembro de 2022 aumentou 61,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As companhias aéreas da América Latina apresentaram crescimento de 119,2% no tráfego de 2022 em relação a 2021. A capacidade anual aumentou 93,3% e a taxa de ocupação subiu 9,7 pontos percentuais, atingindo 82,2%, o maior entre as regiões. A demanda de dezembro aumentou 37% em relação a dezembro de 2021.

As companhias aéreas da África apresentaram aumento de 89,2% no tráfego de 2022 em relação ao ano anterior. A capacidade aumentou 51% em 2022 e a taxa de ocupação aumentou 14,5 pontos percentuais, atingindo 71,7%, o menor entre as regiões. Para as companhias aéreas desta região, o tráfego aumentou 118,8% em dezembro de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior.

MERCADOS DOMÉSTICOS

Divulgação
O tráfego doméstico da Índia aumentou 48,8% em 2022 versus 2021, atingindo 85,7% do nível registrado em 2019.

Os RPKs domésticos do Japão aumentaram 75,9% em 2022 e atingiram 74,1% do nível registrado em 2019.

Divulgação

CONCLUSÃO

“Esperamos que 2022 se torne conhecido como o ano em que os governos eliminaram para sempre as restrições regulatórias que mantiveram seus cidadãos presos em solo por tanto tempo. É vital que os governos aprendam a lição de que as restrições de viagens e o fechamento de fronteiras pouco ajudam para retardar a propagação de doenças infecciosas em nosso mundo globalmente interconectado. Mas essas restrições têm um enorme impacto negativo na vida e nos empregos das pessoas, bem como na economia global, que depende do movimento irrestrito de pessoas e mercadorias”, disse Walsh.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados