Sindicato ouve aeroviários sobre condições de trabalho

O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) iniciou a campanha “Condições Seguras do Trabalho na Aviação Civil” com uma pesquisa realizada junto à categoria, entre os dias 9 e 16 de janeiro. O resultado e a série de denúncias recebidas por parte dos profissionais da aviação rendeu um vasto material, que será divulgado nas redes sociais do SNA ao longo dos próximos dias.

O objetivo do Sindicato Nacional dos Aeroviários é acionar empresas aéreas e o Ministério do Trabalho e Previdência para debater a situação atual, que além de colocar em risco a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras dos aeroportos, implica na segurança de voo. Com a campanha, o sindicato pretende promover a prática de normas reguladoras que garantam um ambiente seguro e agradável.

A primeira postagem do SNA foi feita com o resultado da pergunta "A sua empresa garante condições adequadas de higiene e conforto no ambiente de trabalho?". Confira abaixo os principais tópicos levantados pelos aeroviários.

EMPRESAS PRECISAM

• Oferecer condições mínimas de conforto e higiene;
• Garantir um acompanhamento nos programas de saúde;
• Fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual) quando necessário, além de orientar os profissionais sobre a importância de sua utilização;
• Ter uma gestão que saiba como orientar a equipe de forma apropriada, evitando a prática de assédio moral;
• Oferecer jornada de trabalho que não implique nas condições físicas, mentais e emocionais da categoria.

Porém, levantamento realizado pelo SNA indica que essas premissas básicas não são plenamente atendidas no setor de aviação civil. 33,8% dos entrevistados informaram que a empresa aonde atuam não garante condições adequadas de higiene e conforto no ambiente de trabalho.

MAIORES QUEIXAS

• Demora na troca/reposição dos uniformes;
• Banheiros insuficientes, muito distantes do local de trabalho ou insalubres;
• Não há disponibilização de um espaço para a realização das refeições;
• Não há a disponibilização de um espaço para descanso.

A direção do SNA já denunciou a terceirização e condições precárias de trabalho na aviação civil, em audiência com a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Durante a sessão, presidida pelo senador Paulo Paim (PT), a diretora do SNA, Salma Balbino, apresentou um dossiê sobre a situação vivenciada pela categoria, com implicâncias na segurança do trabalho e de voo.