Beatrice Teizen   |   02/01/2023 17:06

Abear diz que queda de 11,6% no preço do QAV é insuficiente

Na comparação com 2019, o QAV chegou a aumentar 121%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP)

Divulgação
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
A Abear considera positiva a redução de 11,6% no preço do querosene de aviação (QAV) publicada hoje (2) pela Petrobras. Apesar disso, cabe destacar que essa medida é insuficiente para cobrir a alta do preço do combustível nos últimos anos. Na comparação com 2019, o QAV chegou a aumentar 121%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No acumulado do ano de 2022, o QAV teve alta de 49,6%.

O cenário atual de intensa volatilidade nos preços do barril de petróleo e do dólar pressionam diariamente as empresas aéreas, pois 60% do custo é dolarizado, e somente o QAV representa cerca de 40% desses custos.

“O anúncio de redução é importante, mas essa queda ainda é insuficiente, assim como as anteriores. O combustível segue precificado como se viesse do Exterior, sendo que mais de 90% desse insumo é produzido no País. O QAV disparou nos últimos três anos e isto impacta custos estruturais e preços de bilhetes. Defendemos a revisão desta política de precificação para que possamos retomar o crescimento da aviação brasileira e seguirmos competitivos nos mercados doméstico e internacional”, afirma o presidente da associação, Eduardo Sanovicz.

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