Beatrice Teizen   |   21/07/2021 13:30

Extravio de bagagens caiu para 3,5 malas por mil passageiros

Relatório da Sita traz números e informações sobre como aéreas e aeroportos estão trabalhando

A pandemia de covid-19 transformou a indústria de transporte aéreo. Apesar da redução da força de trabalho em aeroportos e companhias aéreas, a taxa per capita de malas extraviadas continuou a diminuir, mas a queda no número de passageiros e a pressão para redesenhar as operações para atender às mudanças nos regulamentos de viagens colocaram novos desafios.

Dreamstime
Extravio de bagagens caiu para 3,5 malas por mil passageiros
Extravio de bagagens caiu para 3,5 malas por mil passageiros
O relatório Baggage IT Insights, da Sita, deste ano explora esses desafios e as formas inovadoras que as transportadoras e os aeroportos estão enfrentando. Como nos anos anteriores, a empresa também coletou informações sobre as operações de bagagem de associações relevantes da indústria.

Um resultado positivo foi a aceleração dos projetos de digitalização, com um impulso combinado e unificado em direção a tecnologias e operações de autoatendimento e sem contato. Três quartos dos aeroportos e companhias aéreas estão priorizando opções de etiquetagem de bagagem contactless.

QUEDA NOS NÚMEROS
Tendo estagnado entre 2018 e 2019, o número de malas extraviadas caiu para 3,5 malas por mil passageiros. Depois de atingir um máximo de 4,54 bilhões de passageiros em 2019, a pandemia fez com que o número de viajantes caísse para 1,8 bilhão, o menor desde que a Sita começou a relatar as tendências em 2007. Como tal, o número de bagagens perdidas caiu drasticamente, sendo de 6,3 milhões em 2020, uma redução de 87% dos 46,9 milhões em 2007.

A Iata prevê que as viagens aéreas não retornarão aos níveis anteriores à crise até 2023. Ainda assim, aeroportos e companhias aéreas estão acelerando os investimentos em processos de autoatendimento sem contato para tornar a viagem pelo aeroporto mais segura e eficiente para passageiros e funcionários.

Entre 2007 e 2020, a taxa de extravio por mil passageiros foi reduzida em 81%, de 18,88 malas para 3,5. A fatura anual da indústria de transporte aéreo por malas extraviadas foi de US$ 600 milhões em 2020, uma redução de 85% dos US$ 4,2 bilhões em 2007.

Bagagens atrasadas continuam sendo a principal razão para malas extraviadas, representando 69% de total em 2020 – uma redução de 6% em relação a 2019. Ao mesmo tempo, o número de malas perdidas e roubadas reduziu em um ponto percentual, indo para 4% que foram danificadas, com as roubadas aumentando para 27%.

DIGITALIZAÇÃO
Com a pandemia, companhias aéreas e aeroportos passaram a investir em opções de autoatendimento touchless, com o objetivo de minimizar o contato em todos os pontos com os passageiros.

Três quartos dos aeroportos (79%) e companhias aéreas (74%) estão priorizando opções de etiquetagem de bagagem sem toque que dependem de quiosques e dispositivos móveis dos próprios passageiros. A maioria das aéreas (79%) e a maioria dos aeroportos (67%) planejam disponibilizar a entrega de malas sem ajuda e sem contato até 2023. As transportadoras (66%) e os aeroportos (22%) também estão planejando fornecer relatórios e rastreamento de bagagem perdida sem contato e por meio do celular do viajante.

O relatório completo da Sita sobre extravio de bagagens e o que as companhias aéreas e aeroportos estão fazendo nesse sentindo, com a implementação de recursos virtuais, pode ser conferido aqui.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados