Recuperação da aviação em outubro desaponta Iata
A demanda caiu 70,6% em comparação com outubro de 2019, melhoria modesta em relação ao 72,2% de setembro

A demanda de passageiros internacionais em outubro caiu 87,8% em comparação a outubro de 2019, praticamente inalterada em relação ao declínio ano a ano de 88,0% registrado em setembro. A capacidade ficou 76,9% abaixo dos níveis do ano anterior e a taxa de ocupação encolheu 38,3 pontos percentuais para 42,9%.
Já a demanda doméstica registrou uma pequena recuperação com o tráfego doméstico em outubro caindo 40,8% em comparação com o ano anterior. Isto foi uma melhora de um declínio de 43% ano a ano em setembro. A capacidade ficou 29,7% abaixo dos níveis de 2019 e a taxa de ocupação caiu 13,2 pontos percentuais para 70,4%.
“Novos surtos de covid-19 e a dependência contínua dos governos de quarentenas violentas resultaram em outro mês catastrófico para a demanda por viagens aéreas. Embora o ritmo de recuperação seja mais rápido em algumas regiões do que em outras, o quadro geral para viagens internacionais é sombrio. Esta recuperação desigual é mais pronunciada nos mercados domésticos, com o mercado doméstico da China quase se recuperando, enquanto a maioria dos outros continua profundamente reprimido”, afirmou o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.
Mercados internacionais

Mercados domésticos

O tráfego doméstico da Rússia caiu de volta para números negativos em outubro, queda de 10% após dois meses de crescimento. Novos casos de covid afetaram a confiança dos viajantes, apesar de poucas restrições a viagens domésticas.
“Esta crise é implacável. Nossa última previsão econômica é de que as companhias aéreas percam US$ 118,5 bilhões este ano, ou US$ 66 para cada passageiro transportado. Supondo que as fronteiras sejam reabertas em meados de 2021, o setor "só" perderá US$ 38,7 bilhões em 2021. Agora é a hora de os governos se manifestarem. Os US$ 173 bilhões de apoio fornecido até o momento permitiram que a indústria sobrevivesse, mas é necessário mais para levar a indústria até o próximo verão. A Iata identificou uma série de opções de estímulo de mercado que apoiarão a viabilidade das rotas aéreas e, ao mesmo tempo, estimularão as pessoas a viajar. Sem a contribuição de US$ 3,5 trilhões da aviação para o PIB global, não pode haver uma recuperação econômica mais ampla”, concluiu de Juniac.